Na primeira parte Sócrates não permitiu que Belmiro marcasse um golo à gosma, a Opa sobre a Sonae falhou. Apesar do namoro inicial, com Belmiro a assegurar que tinha avisado previamente o primeiro-ministro do seu desejo de aumentar a sua fortuna pessoal comprando a PT ao preço da uva mijona, o homem dos contraplacados sentiu-se rasteirado já à entrada da área, com o árbitro vindo de Belém sem apitar apesar de algumas indicações do fiscal de linha do lado da CNVM. A jogada foi bem desenhada mas o adiantamento defensivo da Caixa-Geral de Depósitos deixou Belmiro em fora de jogo, com a brilhante jogada interrompida antes de chegar ao fim.
Com o golo falhado na PT e o novo aeroporto a ficar mais distante dos empreendimentos de Tróia do que o futuro aeroporto de Beja, Belmiro de Azevedo teria que reagir para fragilizar o adversário, pelo menos poderia levar o jogo para prolongamento, perdida a PT havia que impedir a Ota a todo o custo.
Belmiro reúne a equipa e põe e regressado do balneário põe o Púbico em campo, o Mantorras da equipa da Sonae, apesar de só dar prejuízo sempre que entra em jogo costuma marcar. Com o jogo quase perdido restava investigar os rumores de que Sócrates não tinha habilitações para treinador da equipa principal, dizia-se por aí que ele tinha obtido o diploma de curso num sorteio feito por uma linha de valor acrescentado.
Com a equipa adversária atarantada, depois de falharem as pressões sobre a arbitragem, o Público marcou, de nada servindo as palavras de Sócrates à televisão, quando ia a caminho dos balneários depois de ouvido o apito final.
No final do tempo extra a vitória acabou por ir para Sócrates, com os jogadores adversários entretidos a discutir o seu currículo a equipado governo marcou tranquilamente na Ota apesar de ter vários jogadores lesionados, desde o Manuel Pinho que disse que a sua equipa era melhor porque os jogadores não tinham dinheiro para comprar botas até ao Jaime Silva que mandou metade da equipa para o banco sem verificar primeiro quem eram os lesionados.
Foi um jogo para esquecer, Sócrates jogou mal, Belmiro jogou mal, a arbitragem fez que não viu a maior parte das faltas e até o apanha-bolas Marques Mendes só teve uma actuação desgraçada.
Mesmo que o conselho de justiça se venha a pronunciar sobre as alegadas pressões feitas pelos assessores de Sócrates sobre alguns jornais o certo é que o campeonato lá vai, enquanto se vai discutindo se o primeiro-ministro tem ou não habilitações tudo lhe fica mais fácil na Ota, nos despedimentos da administração Pública ou noutros torneios que acabaram por fica esquecidos.
Daqui a algum tempo ninguém se vai lembrar se Sócrates é treinador de futebol de onze ou se as suas habilitações só dariam para futebol de praia, o certo é que quando foi contratado ninguém lhe pediu para mostrar o diploma e depois do campeonato ganho serão muitos os que dirão que em equipa ganhadora não se muda o treinador.