Não está em causa a necessidade de avaliar o desempenho dos trabalhadores, duvido mesmo que sem essa avaliação qualquer organização funcione. O que duvido é que faça sentido avaliar trabalhadores sem avaliar os gestores e sem qualquer grelha de avaliação dos resultados da Administração Pública.
Se uma escola apresenta resultados acima da média que impacto terão estes resultados na avaliação dos seus professores? Se um serviços de finanças tiver cobrado tudo o que havia para cobrar como serão avaliados os seus trabalhadores? Com um modelo que parte do princípio de que quase todos os trabalhadores são medianos, fracos, burros ou mesmo gandulos, reservando os parâmetros máximos para 5% de eleitos os professores da escola e os funcionários dos serviços de finanças serão avaliados como na antiga União Soviética, um de cada serviço receberá a medalha de herói do trabalho enquanto todos os outros desenvolverão estratagemas para trabalharem menos já que o se esforço não foi premiado.
Este conceito de avaliação é tão caricato que num serviço om resultados exemplares todos os trabalhadores poderão ser considerados inadaptados para as funções, como num serviço com resultados desastrosos os seus dirigentes poderão ser elogiados no Diário da República como, aliás, é da praxe. Se daqui a cinco anos forem feitas as estatísticas dos resultados das avaliações concluiremos que os resultados tendem a ser idênticos independentemente dos resultados dos serviços.
Imaginemos que uma empresa deixa de ser avaliada em função dos seus resultados, que apenas 5% dos seus trabalhadores poderão ser premidos e que a sua avaliação é independente dos resultados da empresa. Não é difícil de adivinhar que essa empresa não sobreviverá muitos anos, terá o destino de muitas empresas da ex-URSS, trabalhadores e gestores começarão a trabalhar em função dos parâmetros da avaliação e não dos resultados, o seu destino a falência.
Todos os fundamentalistas são idiotas (como é o caso do tal secretários de estado que ameaçou atropelar os que se metessem no seu caminho) e os que pretendem avaliar só por avaliar, convencidos de que isso substitui a competência dos gestores são idiotas. Qualquer modelo de avaliação que despreze e nõ tenha em consideração os resultados das organizações é uma aberração, inicialmente terá os resultados conseguidos pela imposição do medo, mas a médio prazo estará votado ao fracasso, mas nessa altura os idiotas estarão longe, como já está o secretário de Estado que implementou a actual reforma da Administração Pública.
Ao fim de quatro anos de governo e de reforma da Administração Pública quantos dirigentes foram avaliados? Quantos foram demitidos por incompetênia? Nenhum, são todos execepcionais, no país onde só 5% dos trabalhadores são bons temos sorte porque todos os dirigentes são competentíssimos, basta teremn fgrequentado um curso da treta ministrado pelo INA.