Quando foi ministra das Finanças Ferreira Leite vendeu milhões de euros de dívidas dos contribuintes a um banco internacional e os termos desse negócio ficaram em segredo. A mesma Manuela Ferreira Leite que fez negócios com s dívidas fiscais sem que os contribuintes tivessem conhecimento das condições em que obteve uma receita fiscal que lhe permitiu cumprir as regras do pacto de estabilidade, mais tarde seguiu a lógica da extrema-esquerda e defende que um primeiro-ministro deve tornar público tudo o que sabe.
Que bom e que grande bandalheira seria se todos os portugueses soubessem os pormenores de todos os negócios. Por exemplo, seria muito interessante saber os contornos do negócio que estava a ser feito pela Fomentivest (empresa de que Ângelo Correia é presidente e Passos Coelho era administrador) para a compra da GALP. Como foi denunciado por Francisco Louçã, a Carlyle dos Bush pretendia comprar a GALP com dinheiro da CGD, será que Manuela Ferreira Leite desconhecia totalmente este negócio estranho?
Mas apesar de derrotada o PSD quer vingar o facto de os eleitores terem entendido que há melhores palácios para serem transformados em lares da terceira idade do que a residência oficial de São Bento. Por isso juntou-se à extrema-esquerda e promoveu uma comissão de inquérito que está a proposrcionar um péssimo espectáculo.
É ridículo ver uma dúzia de deputados armados em cabos de esquadra a fazerem interrogatórios dignos de de um posto da GNR de outros tempos. O do BE tenta dar ares de inspector Colombo, o Pacheco Pereira que é mais fino esforça-se por dar ares de um senador americano, todos se esforçam por tentar provar o que acham ser a verdade. Aquilo não é uma comissão de inquérito parlamentar, é uma aula de de interrogatórios ministrada a uma turmas de candidatos a praças da guarda.
É um disparate pegado, não há a mais pequena regra, os inquiridos têm menos direitos de defesa do que um homicida interrogado pela Polícia Judiciária, os interrogadores aramados de blocos de notas não passam de aprendizes de interrogadores.
E em tempos de crise é nisto que o parlamento gasta o dinheiro dos contribuintes. Aquilo nem para espectáculo serve, tem mesnos audiêencia do que qualquer telenovela, incluindo as brasileiras. Ainda não repararam que só os políticos e os jornalistas estão interessados no tema.