A Igreja ainda não percebeu que não é com evasivas ou com truques de propaganda que se livra do problema da pedofilia, os bispos ainda não entenderam que o problema não está nos padres pedófilos, está sim no seu encobrimento ao longo de décadas. Durante muitos anos a Igreja em vez de enfrentar os problema e livrar-se dos padres pedófilos optou por os encobrir e proteger. Durante décadas usou do seu poder junto da sociedade para proteger a sua imagem sem nada fazer contra os seus criminosos.
Tão silenciosos como andou a Igreja durante muitos anos são os nossos magistrados, habitualmente dados a jogos de comunicação optaram por submergir no caso dos submarinos. Apanhados de surpresa pelo Ministério Público alemão lá se desculparam com o argumento de que as autoridades alemãs não lhes ligam nenhuma, o que, aliás, é compreensível, se eu fosse um magistrado alemão e me pedissem informações perguntava se queriam que as mandasse para a PGR ou as enviasse logo para a Felícia Cabrita. Mais nervosos ficaram os almirantes, houve mesmo um que alertou para o encerramento da Autoeuropa se o negócio fosse suspenso, como se a VW e a Alemanha fosse um país de corruptos.
EM silêncio ficaram os governantes do PSD que fizeram o negócio, os amigos de Durão Barros informaram mesmo que o primeiro-ministro nada teve a ver com o maior negócio do seu governo, só soube dele na reunião conselho de ministros que o aprovou, isto é, o CDS ficou com o negócio dos submarinos e o PSD com as famosas obras de reconstrução do Iraque, o argumento usado para o envio da GNR para aquele país. Paulo Porta optou por fugir para a frente e veio garantir que não tinha medo de processos, em 80 apenas perdeu um. Enfim, mais processo, menos processo.
Igualmente silencioso que nem um submarino anda Pedro Passos Coelho, o mesmo já não se pode dizer de Ângelo Correia, o seu patrocinador. O patrão de Ângelo Correio não conteve a excitação e durante a semana deu entrevistas em tão grande número que ultrapassou mesmo as liturgias católicas dedicadas a esta semana.