FOTOGRAFIA JUMENTO
Flor do Parque Florestal de Monsanto
FOTOGRAFIAS DOS VISITANTES
Cavalos da Coudelaria de Alter (Fotografia de A. Cabral)
IMAGEM DO DIA
[Reuters]
«SWAMP RESCUE: Zheng Xianyu, who is 39 years old and seven months pregnant, was rescued by firemen from a swamp on the outskirts of Wuhan, Hubei province, China, Tuesday. Ms. Zheng had been trapped in the swamp without food and water for four days before she was rescued alive. The status of her baby was unknown, local media reported.» [The Wall Street Journal]
JUMENTO DO DIA
Cavaco Silva
Ao enviar o diploma do casamento gay para o Tribunal Constitucional o Presidente da República evitou um veto político que teria custos eleitorais para a sua candidatura presidencial, a confirmar-se a inconstitucionalidade do diploma Cavaco Silva dispensava-se de tomar posição e lavaria as mãos como Pilatos, passando a mensagem de que a culpa era dos descuidos do PS. Teve azar, o TC vai deixar passar o diploma.
«O Tribunal Constitucional prepara-se para dar luz verde à lei que torna possível o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão, que responde (pela negativa) às reservas colocadas pelo Presidente da República, deverá ser anunciada ainda esta semana.
Cavaco Silva enviou para o Tribunal Constitucional o diploma aprovado no Parlamento (tendo por base uma proposta do Governo, com os votos favoráveis da esquerda e contrários da direita) no passado dia 13 de Março. Não explicou as suas reservas, deixando apenas claro que requereria a fiscalização da inconstitucionalidade de todos os artigos do diploma, menos daquele que mais dúvidas de constitucionalidade suscitava: o que impedirá um casal de pessoas do mesmo sexo de se candidatar à adopção de crianças.» [DN]
O '31 DA ARMADA' QUE SE CUIDE
Os vídeos da Katyzinha6 estão a fazer mais sucesso na web do que roubar bandeiras para homenagear o Afonsinho.
Até já há uma petição online a pedir o seu regresso e página no Facebook. Só ainda não percebi de onde vem o diminutivo "inha". a moçoila de inha não tem nada.
QUEM DERRUBOU OU AJUDOU A DERRUBAR PEDRO SANTANA LOPES
Depois do que disse Paes do Amaral é esta a questão que se coloca, até porque a família Moniz nunca trabalhou para o PS. Para quem trabalhava Moniz ao tentar derrubar Pedro Santana Lopes?
Se fosse há uns tempos atrás diria que tinham sido os assessores de Belém, mas nesse tempo Cavaco Silva ainda não era presidente e limitava-se a escrever artigos sobre a má moeda.
O país não pode aceitar que os governantes eleitos sejam sucessivamente derrubado por golpes baixos dados por gente que não mostra a cara, ontem foi Santana Lopes, agora estão tentando fazer o mesmo a José Sócrates, o próximo ou cede a esta gente ou irá pelo mesmo caminho.
COMENTÁRIOS DOS VISITANTES
Comentário de B.M., coronel "inconveniente":
«POLÍTICA DE DEFESA - PESSOAL
A política do regime de Abril parece fatalmente destinada a acabar nas mãos de políticos girinos e oficiais mercenários graças aos bons ofícios da totalidade do espectro político.
Lei 43/99: aprova medidas para a revisão da situação de militares que participaram na transição para a democracia. DR 34-2ªsérie (18Fev10): promove oficiais e sargentos a postos superiores, no pressuposto de terem sido prejudicados por terem participado no processo revolucionário. Prejuízos que estes quadros não se coibiram de comprovar mediante testemunhos a revelar as inexistentes causas de terem deixado o serviço nos postos em que o fizeram. Um saudável sintoma da moral republicana: atribuição de distinções com base em declarações falsas, ou se não falsas, sem nada a ver com o objectivo.
Parabéns pois ao MDN (Santos Silva), ao Almirante (Martins Guerreiro) chefe da Comissão de Reconstituição de Carreiras no Ministério, ao General Chefe do Estado-Maior & Cia (Deputados).
Conseguiram ao abrigo do seu zelo profissional, dar azo a que oficiais que tendo deixado o serviço militar por opção própria e optado por outras carreiras profissionais, acabem de ver com o governo do PS (apoiado pelos restantes partidos) a cereja em cima do bolo: elevar pensão de reforma (mais dinheiro) e estatuto social (posto militar) à custa dos contribuintes, sem que nada nos processos individuais o justificasse.
Responsáveis, o MDN, o Almirante chefe do Grupo de Reconstituição de Carreiras junto da Defesa, o/s Generais Chefes de Estado-Maior, coadjuvados pelos 230 magníficos da AR.
Os bravos Soldados Schweik ao abrigo do Artigo 1º: «militares que participaram na transição para a democracia... e, em consequência do seu envolvimento directo no processo político desencadeado pelo derrube da ditadura, foram afastados ou se afastaram ou cuja carreira tenha sido interrompida ou sofrido alteração anómala».
Sendo que «o homem é ele próprio e a sua circunstância» (Ortega y Gasset), o novo capitão/coronel Frias Barata, nem será o mais culpado pela sua melhoria curricular e financeira. Tenente em 25Abr74, sem qualquer actividade substantiva até 25Noc75, deixou o serviço por sua iniciativa em 1982, pago pelo Exército até 1991 e passar à reforma.
Com novo percurso profissional civil, aproveitando o ar do tempo, porque não saltar três postos militares e respectivo bónus financeiro, sem nada ter contribuído para isso?
B.M.
Coronel inconveniente.»
UMA QUESTÃO DE DECÊNCIA
«Por interposto cronista do Público tomei conhecimento de que o director de um semanário (por mim há anos não frequentado) tinha revelado, publicamente, a conversa telefónica mantida com um alto dirigente político. Os tolejos do tal director (director, enfim…) tornaram-se maçadores por persistentes; eu cria, no entanto, que o sentido da medida e as regras da arte manteriam o predomínio sobre a abjecção. Enganara-me.
O período intervalar no qual nos encontramos não pode legitimar esta identificação com a leviandade, que tem humilhado um sistema de valores e transformado a dignidade do jornalismo num conceito anacrónico, a eliminar. A confidência pressuposta naquela conversa, de natureza particular, exige o princípio fundamental do sigilo. Se, na vida social, esse requisito constitui a marca d'água da boa educação, em jornalismo faz parte do código de honra.
Não me interessa discutir o carácter, ou a falta dele, do tal director. A sua mediocridade é conhecida, e os escassos recursos profissionais que se lhe atribuem libertam-no de imputação. Mas o facto em si, pelo que envolve de violenta ruptura da responsabilidade individual do jornalista com a subjacente responsabilidade colectiva, obriga a uma análise mais cuidadosa. O exercício da imprensa implica uma cultura da discrição e do recato, como reafirmação das suas características específicas, as quais sempre se identificaram com a comunidade de destinos e com a referência (mais procurada do que alcançada) à "independência" e à "imparcialidade". Claro que tomo estas noções apoiando-me em todas as precauções devidas.
A quem serve a divulgação daquela conversa telefónica?, porque a alguém, pela positiva ou pela negativa, vai certamente servir. Mais: a violência (de poder, de domínio) contida na difusão do diálogo beneficia quê, que estratégia, que objectivos, que finalidades? Jornalísticos não o serão, certamente. As novas verdades que nos propõem, diariamente, ainda não são suficientemente verdadeiras para que as aceitemos de ânimo leve, nem o tal director é intelectualmente importante ou pessoalmente acreditável para que o tomemos a sério. É aí que está o busílis.
Pode haver vacuidade na violência, quando a violência se exprime por explosão de vaidade, por insegurança, por fragilidade de temperamento. Aquilo a que chamamos "pôr-se nos bicos dos pés" é, neste caso, de mais razoável aplicação. Porém, não deixa de ser uma indignidade, uma ausência absoluta de princípios - e, pior, um insulto a todos os que fizeram da imprensa portuguesa, mesmo nos tempos mais tenebrosos, um motivo de orgulho e de honra.» [DN]
Parecer:
Por Baptista Bastos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
MEU DEUS! MEU MESSI!
«Ontem soube-se, de vez, quem é o segundo maior futebolista de sempre: Lionel Messi. Acima, só Fred Astaire e o seu celebérrimo toque genial: saltar para as costas de um sofá, deixar este cair lentamente e sair do malabarismo com toda a elegância. Mas isso foi nos tempos em que o futebol era a preto e branco, os regulamentos modernos da FIFA não permitindo hoje a entrada de sofás em campo. Tirando Astaire, é Messi e nem falo dos seus quatro golos de ontem. Falo dele a aproximar-se de um colega caído no chão - o árbitro apitara falta a favor do Barcelona. Como mirone em lugar de acidente, Messi junta-se à multidão que por ali estacionava. Estavam todos ocupados com o trivial e vê-se o argentino a ser atingido por um raio cósmico e a dar a bola de bandeja a outro colega. Este não marcou porque se sobressaltou com a dança de São Vito de Messi, tal como todos em Camp Nou, os telespectadores e o cameraman. Fosse um acidente de estrada a sério e Messi teria fugido, tem cara para isso, com a carteira de um dos feridos. No relvado, ele conduz-nos à mesma exclamação: "Não é possível!" Mas é. Ao lado dele, joga um rapaz chamado Xavi que teria lugar em qualquer equipa do mundo. Mas ao ver a dupla Messi-Xavi ficamos com a sensação de que a dupla Messi-Medina Carreira também faria um Barcelona optimista. » [DN]
Parecer:
Por Ferreira Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
DOSSIER DAS CONTRAPARTIDAS DOS SUBMARINOS "SUBMERGIU"
«Dossiê das contrapartidas dos submersíveis, elaborado no tempo de Pedro Brandão Rodrigues, desapareceu da Comissão Permanente.
O programa de contrapartidas da aquisição dos submarinos foi alvo de várias alterações na véspera da assinatura dos contratos de compra e de contrapartidas dos submersíveis, ocorrida a 21 de Abril de 2004. Ao que o CM apurou, a acta dessa reunião e um documento anexo, onde constava a troca de projectos, 'nunca apareceram', segundo fonte conhecedora do processo, desde a saída de Pedro Brandão Rodrigues da presidência da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), em 2005.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Era de esperar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Procure-se o dossier.»
PSD PROPÕE TRATAMENTO DO CANCRO NO PRIVADO PAGO PELO ESTADO
«O PSD quer que as unidades de saúde do sector privado e social passem a integrar a rede de tratamento oncológico e que dêem resposta aos doentes de cancro sempre que haja dificuldades nos hospitais públicos. Para isso, terão de estar certificadas, cumprindo os mesmos critérios de qualidade. A proposta faz parte um projecto de lei que vai hoje a votos na Assembleia da República.
"A complementaridade com o sector privado e social já existe na área da radioterapia, por exemplo. Achamos que é uma das formas de combater as listas de espera", avança a deputada Rosário Águas.» [DN]
Parecer:
Resta saber se com esta medida o PSD está preocupado com os doentes ou se à custa destes está a criar mercado para as clínicas privadas. Resta também saber quais são os grupos privados que estão interessados no negócio pois Pedro Passos Coelho conta entre os seus apoiantes com gente que trabalha em grupos interessados na saúde privada.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Avalie-se a proposta.»
LISBOA COBERTA DE PASTILHAS ELÁSTICAS
«A "guerra" às pastilhas elásticas coladas pela cidade começou no primeiro dia do mês. A primeira frente de ataque instalou-se no Rossio e em dois dias foram retiradas dez mil pastilhas daquela praça. São dez segundos por pastilha e em oito horas de trabalho eliminam- -se cerca de cinco mil pastilhas. Durante este mês a limpeza segue até à Praça do Comércio. Depois a guerra "elástica" muda-se para a zona de Belém - Mosteiro dos Jerónimos e Museu dos Coches.
Se muitos nem reparam nas pastilhas coladas nos passeios e mobiliário urbano, para quem diariamente limpa as ruas das cidades elas são um pequeno/grande problema. São difíceis de remover e demoram muito tempo para serem eliminadas por completo. Por isso, a autarquia iniciou um "projecto experimental" para remoção de pastilhas. O objectivo é abranger as zonas nobres da cidade, bem como as áreas de turismo. É tornar Lisboa mais limpa. » [DN]
Parecer:
A solução é muito simples, aplicar multas pesadas a quem atira lixo para o chão e, em especial, para os mastigadores de plástico. A cidade ficaria mais limpa e com o dinheiro das multas financiar-se-ia a sua limpeza.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
MAIS UM CASO DE PEDOFILIA ENVOLVENDO UM BISPO, AGORA NA NORUEGA
«O bispo de Trondheim Georg Mueller, que se demitiu no ano passado do cargo, admitiu ter abusado sexualmente de um menor, há 20 anos, anunciou hoje, quarta-feira, a Igreja Católica da Noruega.
Mueller, de origem alemã, tinha abandonado o posto em Junho passado alegadamente devido a problemas de cooperação com a comunidade.
Este é o primeiro caso confirmado de abuso sexual cometido por um responsável da Igreja Católica da Noruega, país de maioria protestante.» [JN]
Parecer:
Parece que o escândalo não para de ganhar dimensão.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela reacção do Vaticano.»
EMÍDIO RANGEL INSISTE NAS ACUSAÇÕES AOS SINDICATOS DOS MAGISTRADOS
«O jornalista Emídio Rangel reiterou hoje as acusações que fez no Parlamento, apesar de os visados - Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMM) e Associação Sindical dos Juízes (ASJ) - terem anunciado que o vão processar.
Mantenho tudo o que disse ontem”, afirmou hoje Emídio Rangel. Ontem, na audição parlamentar na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, Emídio Rangel acusou a ASJ e o SMMM de descredibilizarem o jornalismo sério, passando documentos processuais aos jornalistas. Os sindicatos, alegou Rangel no Parlamento, “obtêm documentos de processos e trocam esses documentos com jornalistas nos cafés”. » [Público]
Parecer:
De certeza que os sindicatos avançam com processos? Duvido, vão ficar pela ameaça para lavar a honra do convento.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelos julgamentos.»
É CONTRA AS RENOVÁVEIS MAS PROPÔS PARQUE EÓLICO OFF-SHORE!
«Mira Amaral, antigo ministro da Indústria que lidera o manifesto contra a política de apoio às energias renováveis do Governo, apresentou ao Ministério da Economia um projecto de um parque eólico off-shore ao largo de Aveiro, mas não chegou a receber luz verde para avançar.
O caso ocorreu na primeira legislatura de José Sócrates e foi confirmado ao PÚBLICO por Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, e pelo próprio Mira Amaral, embora os dois não coincidam nas datas. O primeiro afirma que o caso se passou entre dois anos e dois anos e meio atrás, o segundo aponta 2005.
Foi durante uma viagem à Alemanha, há cinco anos, que Mira Amaral e Carlos Alegria, co-proponente do projecto eólico e um dos subscritores do manifesto, tomaram conhecimento da tecnologia off-shore, após o que apresentaram ao Governo "uma ideia em Powerpoint, não uma candidatura", afirma o antigo ministro. A reunião decorreu no gabinete de Manuel Pinho.
Mira Amaral e Carlos Alegria apresentaram um parque com tecnologia de pilares flutuantes, de grande dimensão, para rentabilizar o custo mais elevado em mar, e que no caso elevariam o preço da energia em mais 50 por cento. Manuel Pinho "achou a ideia interessante, mas nunca avançou com nada", queixa-se Mira Amaral, estranhando que "meses depois, o presidente da EDP, António Mexia, passasse a falar do eólico off-shore".» [Público]
Parecer:
Grande Mira Amaral!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
NO 'CÂMARA CORPORATIVA'
O post "contrapartidas decidas numa noite de nevoeiro":
«1. Não, essa não é a questão mais relevante. Pedro Brandão Rodrigues, actual deputado do CDS-PP e presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) aquando da assinatura dos contratos de aquisição dos submarinos e das contrapartidas, garante que não houve alterações dos projectos de contrapartidas feitas durante a noite de 20 de Abril de 2004. Foi tudo acertado à luz do dia, diz ele.
Pode ser que assim tenha acontecido. O problema é que, tenham sido redigidos à luz do dia ou da vela, “os dossiês da CPC do tempo de Brandão Rodrigues desapareceram”.
2. Um outro aspecto que o deputado Pedro Brandão Rodrigues não explica é por que as encomendas previstas para a Lisnave foram desviadas para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
Considerando que ambas as empresas estavam em situação económica muito difícil, o motivo terá sido outro. Talvez ferido por ter perdido o deputado por Viana do Castelo (o deputado limiano) nas eleições de 2002, o CDS-PP tratou de fazer o trabalho de formiguinha para recuperar o deputado perdido — o que conseguiu em 2005.
A questão é saber se é lícito Paulo Portas utilizar o poder de decisão para fins eleitorais.
3. Mas as histórias em torno das contrapartidas têm aspectos ainda mais curiosos. Há quem diga que as contrapartidas eram só “para inglês (?) ver”, uma vez que foram contabilizados como “contrapartidas” negócios em que o consórcio alemão não interveio.»
WWF