terça-feira, junho 14, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


 
Vista de Lisboa, Miradouro da Graça
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Amarante [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento
 
  
Depois das presidências abertas dos seus antecessores e dos roteiros eleitoralistas do primeiro mandato Cavaco Silva vai criar as presidências rurais, recordando os conselhos de ministros de Santana Lopes e a mudança de António Costa para o Intendente o Presidente da República vai criar as Presidências Rurais. O Palácio de Belém vai circular pelos meios rurais instalando-se em quintas abandonadas. Teremos a Presidência do Eucalipto, a Presidência das Estufas de Odemira, a Presidência do Açúcar de Beterraba de Coruche e outras presidências que recordarão aos portugueses que em matéria de apoios à à agricultura e meios rurais não houve outro como Cavaco.

Jumento do dia


Fernando Nobre

Parece que Fernando Nobre desceu do seu pedestal de candidato presidencial, desiste da presidência do parlamento e poupa calos do rabo não sendo deputado e indo para ministro da Saúde. Conclusão: é tudo uma questão de preços, isto é, de tacho.
 
«A possível candidatura à presidência da Assembleia da República não é bem aceite pelos centristas e continua a causar polémica entre os sociais-democratas. Por isso mesmo, Pedro Passos Coelho já avançou como alternativa, na mesa das negociações com Paulo Portas, que o médico que foi cabeça-de-lista em Lisboa venha a ser o novo superministro dos Assuntos Sociais, que inclui as pastas da Saúde e da Segurança Social.

O Correio da Manhã sabe que Fernando Nobre não rejeita essa possibilidade, até porque são duas áreas que lhe dizem muito. A sua ligação à Saúde é conhecida, como presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), enquanto os assuntos sociais, nomeadamente o crescente número de desempregados, foram uma das suas bandeiras como candidato presidencial e também na campanha paras as legislativas de 5 de Junho.» [CM]
     
 

 Ser o que se é, não fogo e vista

«Assunto ainda para romper meias solas, volto ao meu elogio de ontem a quem faz sapatos portugueses. Cortem gáspeas ou saibam vender o estilo do nosso calçado, puseram um sector português, entre a tremedeira geral, a exportar mais 20%. Os noticiários trataram o aumento salarial para o sector como mero acordo entre sindicatos e patrões daquela indústria. Mas não foi, foi consequência do que deve ser uma lição: os nossos sapateiros fazem bons sapatos. Tivéssemos nós um ano de notícias idênticas para outras profissões, tínhamos a crise resolvida. Há dias, em entrevista ao Jornal de Negócios, Eduardo Paz Ferreira, reputado professor de Finanças Públicas, deu como filosofia de vida uma frase de Catherine Deneuve: "Faço bem as minhas coisas, porto-me bem, faço o que tenho de fazer." Fazer bem o que é devido fazer, eis a simples e honesta solução. Infelizmente, há uma mania moderna pelo violino de Ingres. Nos noticiários que quase ignoraram os sapateiros, deu-se relevo aos 14 jovens empresários que foram aprender "liderança" para a tropa durante cinco dias. Deu imagens giras, jovens empresários fazendo rappel, mas se eles ainda não tinham aprendido que não se deve largar a corda que suspende um colega, não é a tropa que lhes ensina em cinco dias. A tropa é boa para quem se alista nela para fazer aquilo para que ela serve: ser tropa. Tal como Ingres foi um grande pintor (e não o faz de conta de um violinista).» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
     

 Ondas do tsunami no Japão chegaram aos 40 metros
  
«As ondas do tsunami causado pelo sismo de magnitude de nove graus na escala de Richter, que abalou o nordeste do Japão a 11 de Março, chegaram a superar os 40 metros de altura, informou hoje a Agência Meteorológica.
  
O estudo, realizado pela agência em colaboração com especialistas, detalha que a cidade de Miyako, na província de Iwate, uma das mais atingidas pelo tsunami, as ondas alcançaram um máximo de 40,5 metros.
 
Para poder calcular a altura, os especialistas analisaram as marcas da destruição que o tsunami deixou à sua passagem, já que a catástrofe natural inutilizou os sistemas habituais de medição, informou a estação televisiva pública NHK.» [DN]
     
 Só 20% de redução na TSU?

«O presidente do Fórum para a Competitividade defende um corte de 20 pontos percentuais na da Taxa Social Única (TSU), muito acima dos 4 pontos sugeridos por Passos Coelho.
 
Em entrevista ao jornal i, Ferraz da Costa defende que Portugal precisa de "ter um efeito de choque equivalente a uma desvalorização da moeda", propondo "uma baixa da TSU para os 3,75%", ou seja, uma redução de 20 pontos percentuais.» [DE]

Parecer:

Este senhor não se faz rogado na hora de pedir.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que em vez de cobrar a TSU se crie um subsídio aos empresários a financiar com aumento do IRS aos que ganhem menos de 1000 euros.»
  
 O 'Axe Passos Effect' insiste em não se fazer sentir

«Os juros da dívida soberana portuguesa estão hoje a subir em todas as maturidades, sobretudo a 5 e a 10 anos, em que batem máximos históricos, a dias de mais dois leilões de Bilhetes do Tesouro.

Pelas 09:18, os juros exigidos pelos investidores para transacionar títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, nos 12,140 por cento, acima dos 11,937 por cento da sessão anterior e tocando um novo máximo histórico.

O 'spread' face à dívida alemã nesta maturidade estava nos 997,4 pontos base, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.» [Expresso]

Parecer:

passa-se qualquer coisa de errado no mercado financeiro, ou ainda não conheem o Passos ou o Relvas ainda não deu o seu empurrão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se ajuda urgente ao reestruturador Duque.»
  
 A bagunça vai voltar ao Terreiro do Paço

«Ter uma praia na Baixa de Lisboa e ainda passear por quatro hectares de espaços verdes colados ao rio não vai acontecer para já. Segundo explicou ao i fonte da autarquia, concluir a requalificação da Ribeira das Naus demorará "pelo menos um ano", podendo até estender-se por "mais algum tempo dado a complexidade da obra". Demorando mais ou menos tempo, espera-se que a zona ribeirinha seja devolvida aos lisboetas e turistas até à época balnear de 2012. Só que antes disso, será preciso eliminar um grande obstáculo - o trânsito. Para isso, a Avenida Ribeira das Naus terá de ser desviada através de uma estrada paralela ao rio e à praia fluvial, suportada por estacas metálicas enterradas a mais de 30 metros de profundidade.

Dois pontões, colocados nas extremidades da plataforma, vão suportar a rampa rodoviária, que vai entrar pelo rio adentro. Será portanto um viaduto destinados aos peões, bicicletas e automóveis com cerca de 200 metros, rodeado de água pelos dois lados. Estacas cravadas até à rocha e uma grande laje que vai roubar 18 metros de terrenos às águas do Tejo, vão dar estabilidade à praia fluvial. As áreas pedonais e de lazer vão estar alternadas entre zonas relvadas, calçada branca e ainda espaços cobertos de basalto.» [i]

Parecer:

Porque não fizeram tudo de uma vez e andam às mijinhas?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»
  
 Parece que a aposta da direita no ciclo económico pode correr mal

«De acordo com Nouriel Roubini, a “tempestade perfeita” do défice orçamental nos Estados Unidos, o abrandamento do crescimento da economia americana, a reestruturação da dívida da Europa e a inércia da economia do Japão poderão convergir e constituir uma ameaça para a economia mundial.
 
Existe um terço das hipóteses de que os factores combinados poderão contribuir para o enfraquecimento do crescimento da economia a partir de 2013, disse Roubini numa entrevista à Bloomberg.
 
Outra possibilidade existente é de um cenário de crescimento global “anémico mas controlado”, ou um cenário “optimista” no qual a expansão económica aumenta.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Parece que se o PSD está à espera de uma ajuda externa bem pode desenganar-se.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se fazer enxadas.»
  
 Italianos dizem não ao nuclear

«Com a apuração ainda no princípio, mais de 90 por cento dos italianos disseram "sim" a uma modificação legal que significa um "não" à energia nuclear no país.
 
“Após a decisão que o povo italiano tomou neste momento, temos provavelmente de dizer adeus à possibilidade de termos centrais nucleares e temos de nos comprometer fortemente com energias renováveis”, afirmou o primeiro-ministro italiano.
 
A Itália tinha já recusado a energia nuclear, em 1987, num referendo após o desastre de Tchernobil - o que resultou numa moratória de cinco anos. Agora, terá voltado a dizer “não” a esta fonte de energia, quando ainda não está resolvido o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, na sequência do qual a Alemanha encerrou algumas centrais e fixou o fim da energia atómica no país até 2022, e a Suíça tomou também medidas semelhantes. Berlusconi queria gerar um quarto da electricidade italiana através de centrais nucleares compradas a França. Ainda fez tudo para tirar a questão nuclear do lote de perguntas do referendo, mas não conseguiu. » [Público]