domingo, abril 17, 2016

Jumento do Dias

 Jumento do dia
    
João Salgueiro, reformado

João Salgueiro, um dos fanáticos apoiantes da austeridade brutal e figura frequente nos discursos anti governos do PS a seguir às audiências da treta do tempo de Cavaco Silva, teve o seu dia de glória com uma entrevista à TSF utilizada para desvalorizar a proposta de criar um banco que sirva de veículo para o crédito malparado.

Esquecendo que a banca não foi a vítima da crise, mas sim a grande responsável da crise, esquecendo que  a austeridade brutal serviu para salvar uma banca altamente corrupta e mal gerida, Salgueiro defende mais austeridade para um crescimento saudável para a economia e o sistema financeiro. Isto é, Salgueiro acha que a politica de austeridade deve prosseguir até que a banca consiga absorver os seus créditos tóxicos.

 Resta saber de onde vem a autoridade de Salgueiro para falar destes temas com um a de presidente do FED, acontece que foi um episódico ministro das finanças de quem ninguém se recorda e durante muito tempo viveu das associação de bancos, os mesmos bancos cujos interesses defende.
 
Tal como no tempo de Cavaco o João Salgueiro continua ase ruma lebre dos interesses da direita.

«João Salgueiro juntou-se às vozes que já manifestaram ceticismo sobre a possibilidade, levantada pelo primeiro-ministro, de criação de um “banco mau” destinado a absorver o crédito malparado que pesa nas carteiras das instituições financeiras e está a prejudicar os balanços e o financiamento à economia portuguesa. Em entrevista à TSF, o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) afirmou não se saber “qual é o modelo”, de “onde vem o dinheiro” e “com base em que regras”.

Em declarações àquela estação de rádio e ao Diário de Notícias, António Costa referiu que Portugal devia “encontrar um veículo de resolução para o crédito malparado, de forma a libertar o sistema financeiro de um ónus que dificulta uma participação mais ativa no financiamento às empresas”. E propôs a transferência de “ativos tóxicos” dos bancos para um novo veículo que os tentaria, posteriormente vender, deixando as instituições financeiras livres daquele fardo.

Para o ex-ministro das Finanças, a iniciativa só faria sentido “se já tivéssemos o problema resolvido no fundo”, porque, então, o “banco mau” serviria “para apagar os problemas do passado”. João Salgueiro desconfia do êxito do projeto: “Vamos fazer um veículo para resolver o mau crédito do passado”, mas, “se não tivermos boas perspetivas de crescimento saudável em relação à economia e ao sistema financeiro, não vai restabelecer a confiança”.» [Obsdervador]