segunda-feira, setembro 04, 2017

Autárquicas em Vila Real de Santo António




Vila Real de Santo António foi das terras do litoral que menos progrediram, em vez disso tem vindo a regredir, perdendo a importância que teve no passado. É óbvio que muito mudou e que atividades industriais que no passado foram símbolo de progresso tornaram-se inviáveis com a escassez das matérias primas ou com as mudanças no consumo.

Não se pode esperar que o desenvolvimento económico de uma região seja uma preocupação exclusiva dos autarcas, mas quando uma localidade entra em decadência acelerada e a grande preocupação de um autarca é contratar o José Castelo Branco para rei do carnaval, dar de mão beijada centenas de milhares de euros para uma astróloga investir num bar ou armar-se em SNS oftalmológico para levar idosos a Cuba, não se pode esperar outra coisa do que o agravar do atraso económico.

Mas não vale a pena atribuir todas as culpas ao Madurinho algarvio, essa versão PSD do ditador da Venezuela. A decadência de Vila Real de Santo António e poucos foram os autarcas que se preocuparam com o problema, estando mais empenhados em negócios imobiliários, geradores de receitas fiscais que alimentam a máquina do oportunismo autárquico.

Durante este mês e até às eleições autárquicas os problemas de Vila Real de Santo António serão aqui discutidos. É VRSA como poderia outra qualquer autarquia, se em muitas terras o poder autárquico foi fonte de desenvolvimento, nesta autarquia como em muitas outras foi um motor da decadência e do empobrecimento.