sexta-feira, setembro 01, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Maria Luís Albuquerque, uma barra em aritmética


Quando se pensou que a vice de Passos estaria quase retirada eis que aparece com mais uma das suas declarações que parecem ter sido pronunciadas com o sovaco. A conhecida funcionária bancária britânica conseguiu descobrir que a CGTP já manda na Autoeuropa e que o conflito naquela empresa é culpa da Gerigonça, que está no governo de forma abusiva.

A senhora não só demonstra que ao fim de dois anos ainda sofre de azia, como se mantém em forma nos seus raciocínios aritméticos. O desespero da direita é tanto que até a Maria Luís já se socorre da sua fraca imaginação para encontrar argumentos. Porque será que a senhora não faz um único comentário sobre aquilo de que supostamente sabe muito, das execuções orçamentais, do crescimento económico, do emprego ou das taxas de juro?

Enfim, talvez evitasse cair no ridículo, isso se não se lembrar de falar em metas governamentais aritmeticamente impossíveis.

«A vice-presidente do PSD Maria Luís Albuquerque considerou esta quarta-feira que "o conflito na Autoeuropa é mais um reflexo da geringonça", acusando o primeiro-ministro de permitir à CTGP instalar-se na empresa "a troco de aprovações de orçamentos do Estado".

Na newsletter diária do PSD, Maria Luís Albuquerque assina um artigo de opinião, no qual considera que esta quarta-feira é "um dia histórico na indústria portuguesa, infelizmente pelas piores razões" já que "pela primeira vez em 26 anos, desde que a fábrica da Volkswagen se instalou em Portugal, realiza-se uma greve".

"O conflito na Autoeuropa é mais um reflexo da geringonça e do preço que António Costa impõe ao país para ser primeiro-ministro sem ter sido eleito. A troco da aprovação de orçamentos do Estado, do silêncio e cumplicidade de PCP e BE perante o colapso do investimento público e do estrangulamento dos serviços públicos, permite à CGTP que se instale onde até hoje não tinha conseguido entrar", condena a antiga ministra das Finanças.
Quando se pensou que a vice de Passos estaria quase retirada eis que aparece com mais uma das suas declarações que parecem ter sido pronunciadas com o sovaco. A conhecida funcionária bancária britânica conseguiu descobrir que a CGTP já manda na Autoeuropa e que o conflito naquela empresa é culpa da Gerigonça, que está no governo de forma abusiva.» [Expresso]

 O destino tem destas coisas

No dia seguinte a cavaco ter ido dizer as suas baboseiras a Castelo de Vide a comunicação social foi inundada com notícias positivas para o país, isto é, péssimas notícias para o tal senhor que queria ajudar o país com os seus conhecimentos de economia. A economia sobe acima do esperado, o desemprego está a um nível que ninguém sonhava e as taxas de juro da dívida estão em queda.

Não admira que Passos tenham mandado a Maria Luís dizer alguns disparates a propósito da greve na Autoeuropa.

 Cavaco

Nunca um ex-presidente foi tão rasca.

      
 Má notícia para Passos Coelho
   
«OProduto Interno Bruto cresceu 2,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016, segundo as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor traduz uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais em relação aos 2,8% avançado pelo INE na estimativa rápida, divulgada há cerca de duas semanas.

Desta forma, a economia portuguesa acelerou, ainda que apenas ligeiramente, em relação aos primeiros três meses do ano, quando o crescimento do PIB atingiu 2,8% em termos homólogos. Mais ainda, para encontrar um crescimento do PIB mais expressivo é preciso recuar ao quarto trimestre do ano 2000, quando a economia se expandiu 3,8%.

Para esta evolução do PIB no segundo trimestre (em termos homólogos), "a procura externa líquida manteve um ligeiro contributo positivo", aponta o INE, explicando que se verificou "uma desaceleração em volume das exportações de bens e serviços de magnitude idêntica à observada nas importações de bens e serviços".

As exportações cresceram 8,2% (9,5% no primeiro trimestre) e as importações subiram 7,5% (8,8% no primeiro trimestre).» [Expresso]
   
Parecer:

Compreende-se que Passos prefira falar de incêndios e de falsos assaltos a Tancos, o diabo não só não veio como parece ter aderido à Geringonça.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao traste.»
  
 Mais uma
   
«Os anos da troika - e de desemprego em máximos históricos - parecem cada vez mais longe no mercado de trabalho em Portugal. Não só a taxa de desemprego tem registado uma trajetória descendente acentuada - em julho, segundo a estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta quarta-feira, manteve-se nos 9,1%, inalterada face a junho e o valor mais baixo desde novembro de 2008 -, como o emprego tem estado a aumentar consecutivamente, todos os meses, desde março do ano passado (a única exceção foi setembro de 2016).

Contas feitas, nos primeiros sete meses deste ano, a população empregada em Portugal aumentou em 86,2 mil pessoas face ao valor registado no final de 2016, atingindo um total de quase 4,7 milhões de pessoas, segundo as estimativas provisórias agora divulgadas pelo INE (dados ajustados de sazonalidade).

O homem deve andar atormentado, ainda por cima a chuva apagou os incêndios.» [Expresso]
   
Parecer:

Percebe-se a preferência de Passos pelo incêndios e suicidas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao traste.»

 E ainda outra
   
«Os juros (yields) da dívida portuguesa a 5 e a 10 anos estão esta quinta-feira de manhã no mercado secundário em trajetória descendente acentuada. Os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos caíram para 2,82%, uma redução de 1,74% em relação ao fecho do dia anterior. No caso da maturidade a 5 anos, a queda foi ainda mais acentuada, de 2,9%, com os juros a descer para 1,18%. A descida diária no prazo a 10 anos é a segunda maior em agosto. Os juros a 10 anos atingiram um mínimo do ano em 21 de agosto, ao descerem, durante a sessão, para 2,72%.

A trajetória de descida esta quinta-feira acentuou-se após conhecida a revisão em alta, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), do crescimento do PIB português no segundo trimestre do ano. A nova estimativa do INE aponta, agora, para uma taxa de 2,9% face a 2,8% na previsão anterior para aquele trimestre. Trata-se de uma ligeira aceleração em relação à taxa de 2,8% do trimestre anterior. A taxa de crescimento tem estado a acelerar desde o terceiro trimestre de 2016. Uma taxa de 2,9% é claramente superior à média do trimestre para a zona euro, que se situou em 2,2%, segundo os últimos dados da OCDE.» [Expresso]
   
Parecer:

Pobre Passos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao traste.»

 Marcelo responde a Cavaco
   
«Agora, questionado pelos jornalistas depois de participar no centenário do Hospital António Lopes na Póvoa de Lanhoso, e garantindo que não iria fazer comentários sobre estas declarações, Marcelo acabou por dar uma explicação sobre qual deve ser a atitude dos ex-presidentes da República relativamente àqueles que estão no cargo. Argumentando que é preciso ter “contenção”, Rebelo de Sousa afirma que é também necessário “ter muito cuidado com o relacionamento com quem foi Presidente da República ou está a ser Presidente da República”. “Por questão de cortesia, bom senso, de educação, mas sobretudo pelo respeito da função presidencial”, continuou, acrescentando que isto deve ser assim também pelo “prestígio da democracia”.

“Se os sucessivos presidentes da República não têm o respeito com o que dizem uns dos outros, acabam por não se fazerem respeitar pelo povo”, disse ainda o Presidente, continuando a reflexão sobre aquilo que deve ser a relação entre antigos chefes de Estado. “Não faço comentários sobre os meus antecessores. E quando deixar de ser Presidente não farei comentários sobre os meus sucessores”, concluiu.» [Público]
   
Parecer:

Por outras palavras, comporta-se com dignidade e sem dores de corno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ressabiado.»


      
 Perderam a noção do ridículo
   
«"A quota de mérito deste Governo é o que resta do que não estragou do que vinha de trás", defendeu o deputado Álvaro Campos Ferreira, em declarações aos jornalistas no parlamento, referindo-se ao crescimento de 2,9% da economia portuguesa no segundo trimestre.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que a economia portuguesa cresceu 2,9% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e 0,3% face ao trimestre anterior, revendo em alta a estimativa rápida que tinha divulgado em 14 de agosto.

Campos Ferreira começou por expressar a congratulação do PSD "pelos resultados na economia", considerando que "há duas fontes" que o justificam, a começar nas "bases que o Governo anterior deixou", com "um conjunto significativo de reformas, na área laboral, na área tributária, de incentivos e uma atmosfera criada junto do tecido empresarial para que as empresas se vocacionassem ainda mais para a exportação".» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Depois de tudo o que disseram, do anúncio da vinda do diabo. das piores previsões, dos défices aritmeticametnte impossíveis, eis que o PSD descobriu que o governo não estragou. A isto chama-se não ter um pingo de vergonha no focinho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Os incêndios não aqueceram Passos
   
«Numa altura em que se aproxima do fim um Verão que foi muito difícil para o Governo, verifica-se que tanto o PS como António Costa passaram quase incólumes um período marcado pelos incêndios que assolaram boa parte do território nacional, pelo roubo de material militar em Tancos ou ainda pela demissão de três secretários de Estado e posterior remodelação governamental.

A sondagem da Aximage de Setembro para o Negócios e o Correio da Manhã (realizada nos dias 29 e 30 de Agosto) mostra que no presente mês o PS recua um ponto percentual face a Julho, de 44% para 43%. Já o PSD mantém-se nos 22,9%.

Tal como os socialistas, também o BE cai um ponto para 9,1% das intenções de voto, enquanto a CDU surge inalterada com 7,8% e o CDS recua muito ligeiramente de 5,3% para 5,2%.

Mas analisando a evolução das intenções de voto dos dois principais partidos entre Junho e o momento presente verifica-se que os socialistas conseguiram alagar a vantagem sobre os social-democratas, pese embora este Verão ter constituído a fase mais crítica já enfrentada pelo Governo.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Pobre passos, nem os incêndios o ajudaram.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo Cavaco effect.»