A famosa saída limpa agitou tanto o país que a crer na senhora Silva até a Nossa Senhora de Fátima se envolveu no assunto dando resposta às suas rezas e ladaínhas, graças à intercepção divina deu-se o inesperado milagre que o país teve direito a uma saída limpa.
A diferença entre a saída limpa e a saída borrada residia numa maior independência do governo no domínio das políticas com impacto financeiro, independência que durante mais de um ano o governo dos pafiosos usou o mais possível. Durante mais de umn ano Passos afirmou a sua preocupação com os problemas sociais, deu estágios a tudo quanto era desempregado, devolveu uma pequena parte dos vencimentos e pensões que tinha cortado.
Durante mais de um ano o governo de Passos e do agora desparecido Portas gastou ao desbarato e fê-lo com tal parcimónia que ainda comprometeu uma fatia significativa das receitas fiscais de 2016. Remeteu centenas de milhões de euros de reembolosos do IVA para serem processados no ano corrente e abusou das retenções na fonte de IRS, de onde resultam reembolsos que comprometem a execução orçamental dos meses de Junho, Julho e Agosto deste ano..
Mas, afinal, os pafiosos não desejavam uma saída limpa, queriam apenas um ano de liberdade, mal perderam o poder por terem sido derrotados pelo parlamento eleito nas eleições começaram a apelar à intervenção externa, fizeram-no recorrendo ao Partido Popular Europeu e não esconderam o desejo de transformar a saída limpa numa borrada com a questão das sanções.
A esta hora a beata do CDS e uma boa parte dos pafiosos do PSD e CDS já estão a dizer que Deus nos livre da Senhora de Fátima,. foi dela a culpa pela saída limpa.