Diz-nos o Expresso que se "o Governo puser a Igreja a pagar mais IMI, o CDS apresenta no Parlamento uma proposta para também acabar com a isenção daquele imposto aos partidos e sindicatos". Isto é, se o governo ousar tributar o património sem fins religiosos da Igreja a Assunção cristas vinga-se nos partidos e nos sindicatos, isto é, onde a líder centrista acha que mais dói ao governo. Isto é, a cruzada Cristas chama a si o papel de cavaleira do Templo e antes que António Costa seja sujeito ao julgamento final pelos seus pecados terrenos, decide avançar com uma vingança histérica e divina.
Se um dia destes o governo aumentar o IVA sobre a farinha a Assunção Cristas vem em defesa da Santa Madre Igreja e propõe a criação de uma sobretaxa do IVA aplicado na electricidade das sedes do SLB, para que este clube fique a saber o que custa ter o Centeno e o Costa entre os seus adeptos. Assunção Cristas ameaça os partidos políticos da democracia e as organizações sindicais dos trabalhadores se a Igreja não puder promover a evasão fiscal entre as suas organizações. É como se o PCP ameaçasse com um imposto especial sobre as associações empresariais se o governo decidisse aplicar multas aos trabalhadores que fugissem ao IRS.
Mas o mais grave é que o governo nada fez, a lei que está sendo aplicada é a mesma que estava em vigor quando a jihadista templária do CDS deixou abandonou o governo libertado os funcionários do ministério da Agricultura do dress code com vista à poupança de electricidade. Mais grave ainda, toda a legislação que está em vigor neste capítulo resulta da reforma do IMI da responsabilidade de Manuela Ferreira Leite. Mais grave ainda, antes de ser publicada a legislação passou pelo crivo do conhecido fiscalista do CDS Lobo Xavier que, certamente, cuidou de defender os interesses dos seus e da sua igreja.
No dia em que os bispos se reuniram em Fátima a jihadistas templária decidiu levantar a voz e ameaçar o país e a sua democracia de que se vingariam se ousassem cobrar mais impostos. Assunção Cristas decidiu armar-se em imbecil. Imbecil porque os impostos que estão sendo cobrados não resultam de qualquer alteração da lei, mas sim da aplicação de uma lei adoptada pela direita.
Se a lei existe e não estava a ser aplicada isso significa que o governo anterior, que tinha outro templário como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a aplicava em função da convicções religiosas dos contribuintes. É isto que está em causa e se o actual governo não deu quaisquer instruções à AT para aplicar a lei e esta instituição decidiu fazê-lo agora, é porque com o governo anterior os dirigentes da administração fiscal ou foram impedidos ou receavam aplicar a lei. Pela forma como a líder do CDS faz ameaças há motivos para recear que alguns contribuintes por serem protegidos de alguns partidos podem beneficiar de isenções fiscais para além do que a lei permite.
PS: ao mesmo tempo que a Igreja se socorre de tudo para impedir que lhe sejam cobrados impostos, o MP anda a fazer buscas na Galp o que supõe que a Procuradora-Geral desconfia que a troco de um jogo de futebol o SEAF tenha feito grandes favores à petrolífera, já que o MP serve para investigar crimes e neste caso só investiga porque considerou existirem indícios de crime. Até parece que há uma mão divida a conduzir a senhora Procuradora e é caso para dizer que quem se mete com a Igreja leva!
PS: ao mesmo tempo que a Igreja se socorre de tudo para impedir que lhe sejam cobrados impostos, o MP anda a fazer buscas na Galp o que supõe que a Procuradora-Geral desconfia que a troco de um jogo de futebol o SEAF tenha feito grandes favores à petrolífera, já que o MP serve para investigar crimes e neste caso só investiga porque considerou existirem indícios de crime. Até parece que há uma mão divida a conduzir a senhora Procuradora e é caso para dizer que quem se mete com a Igreja leva!