A Festa do Pontal já não provoca o entusiasmo de outros tempos, as estruturas locais ainda arregimentam alguns “populares”, mas com um bom dia de praia com vendo de Levante são poucos os militantes que decidem ir ouvir o discurso repetido de Passos Coelho. O líder do PSD insiste no discurso do saudosismo do que o seu governo fez no passado, ainda que não seja raro que diga que fez o que Sócrates combinou com a troika.
Passos não tem ideias novas e limita-se a um discurso saudosista em que já ninguém acredita. Não faz propostas, não tem ideias, não apresenta alternativas, a sua agenda parece um boletim noticioso da Proteção Civil, limita-se a arrastar o tempo aguardando por mais desgraças. Depois de se ter excitado com uma qualquer desgraça nacional que traria o diabo, excita-se agora com incêndios, suicídios e outras desgraças.
Não admira que do seu discurso do Pontal pouco mais se tenha ouvido do que as suas declarações contra emigrantes, um tema que nem sequer está na agenda. O seu candidato de Loures atirou-se à etnia cigana, Passos atira-se aos emigrantes, a seguir virá um qualquer outro grupo que rende votos, talvez o funcionários públicos e reformados, outro dos ódios de estimação de Passos Coelho.
Até quando o país terá de aturar este líder do PSD? Portugal não tem qualquer oposição, se o governo é uma gerigonça, o menos que se pode dizer desta oposição é que não passa de sucata. Quando é que alguém do PSD se decide lançar uma alternativa a uma liderança que já morreu e apenas espera que seja enterrada? Quando é que Paulo Portas decide sugeria a Cristas que se retire?