O povo na sua imensa sabedoria diz que viver bem não custa, o que custa é saber fazê-lo e não falta por aí quem siga o ditado à letra. Algumas altas individualidades da política andam pela capital gerindo a sua imagem, num permanente toca e foge quanto à disponibilidade para ascenderem à liderança do PSD. São pequenos senhores da guerra que têm peso na hora de decidir quem sobre e quem desce.
Por outro lado, há uma imensidão de pequenos líderes locais ambiciosos, como é o caso do Maduro da minha terra, que espreitam a oportunidade de subirem na hierarquia dos partidos, talvez um dia cheguem ao estatuto de um Marco António ou mesmo a um cargo de ministro, o que será a oportunidade de resolverem todos os seus problemas.
Até aqui nada de questionável, mas estes senhores sabem usar a lei e os recursos financeiros das autarquias em seu favor, contratam personalidades influentes da capita para seus assessores, pagando-lhes fortunas em avenças. Nada que possa ser posto em causa, nem o procurador mais rigoroso vai questionar que uma eliminação de uma vírgula custes uma pequena fortuna.
Isto é, os Maduros que há por aí e por aqui usam os dinheiros públicos para ganhar avenças chorudas aos senhores da guerra da capital, para que no próximo congresso subam mais uns degraus na hierarquia do partido. Por outro lado, tendo Portugal 400 concelhos não é admirar que muitas dezenas paguem principescamente a consultores. Estamos perante um imenso esquema de promoção de autarcas ambiciosos e sem escrúpulos que proporciona milhões de euros a alguns senhores da capital.
Lá mais para setembro contarei o caso de Vila Real de Santo António, que certamente se repetirá em muitos concelhos deste país. Contarei quanto é que o Maduro da minha terra paga a um conhecido político da capital, um senhor de quem se diz que pode vir a ser candidato a líder do PSD.
Coincidência, ou talvez não, quanto mais sobe o Maduro na hierarquia do PSD, mais pobre está a terra.