Durante semanas os registos de incidentes com drones foram tantos que fiquei que nos céus de Lisboa foram tantos que mais parecia que os lisboetas estavam a assistir à versão tuga da Batalha da Inglaterra. Felizmente o governo apressou-se a adotar as leis que lhe foram pedidas e sem qualquer nova norma em vigor os incidentes terminaram de uma hora para a outra.
Agora estamos descansados, os drones vão encher os cofres de uma das instituições cujos dirigentes podem decidir o que querem ganhar, estarão identificados com matrícula e têm seguro. Já só falta exigir a quem tem um drone que ande vestido e equipado como um piloto de um F 15 e que tire um curso de pilotagem devidamente certificado por um qualquer instituto público que ande a precisar de engordar as receitas com mais taxas.
Mas uma coisa é certa, estamos seguros no ar. O problema parece ser em em terra, tudo leva a crer que os nossos pilotos não gostam de ir ao banho e não me admiraria nada que o pessoal da segurança aérea, os mesmos que tinham medo que algum fuinha da 2.ª Circular derrubasse um avião, viessem a exigir ao governo novas normas para quem ande nas praias, que como se sabe, devem ser consideradas pistas alternativas.
Agora que o problema dos drones está resolvido talvez exijam que os banhistas da Caparica respeitem as pistas de areia e passem a usar pisca-pisca e matricula no traseiro, tudo em nome da segurança aérea. Até porque as praias têm um espaço aéreo muito ocupado, onde circulam as avionetas que anunciam de tudo, desde o cantor pimba à festa do berbigão. Sem esquecer as asas deltas e os passeios pelo litoral de algumas aeronaves militares.
É uma pena que as gaivotas não tenham orçamento, senão só estariam autorizadas a voar em Lisboa ou nas praias depois de pagarem a competente taxa e de prenderem uma chapa de matrícula às patas.