sexta-feira, agosto 25, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Alexandre Fonseca, "pintas" da Altice

quando vi este senhor com ar de "pintas", cabelo penteado para traz com uma camada de algo a lembrar a brilhantina, peitaça a exibir um crucifixo e fato sem gravata, pensei que era a Altice a anunciar um novo produto, talvez um telemóvel tuga made in China ou um qualquer esquema para ludibriar os clientes. mas não, o senhor da Altice acha que Portugal é um país de lorpas e estava a fazer a sua defesa jurídica, confundindo uma sala onde estavam alguns jornalistas com a sala de audiências de um tribunal.

Esta abordagem da Altice pode parecer muito modernas, mas naquele pintas vi uma empresa que tem pouco respeito pelo país,.

«"Repudiamos que a rede da PT tem fragilidades. O SIRESP não falhou". A garantia foi dada, por diversas vezes, por Alexandre Fonseca (na foto), CTO da dona da Meo, durante uma conferência de imprensa para fazer o balanço da actuação da operadora durante os incêndios que assolaram o país neste últimos dois meses e meio.

"À data de hoje, mais de 80% dos impactos da rede PT estão ultrapassados", adiantou, acrescentando que, na opinião da empresa, "não há falhas no SIRESP". "O nosso entendimento é que não são falhas, são ocorrências excepcionais", comentou.

Alexandre Fonseca escusou-se a comentar as declarações de António Costa, bem como todas as críticas que têm sido feitas à operadora nos últimos meses.» [Jornal de Negócios]

 As vítimas esquecidas dos incêndios

Depois de mais de um mês a ouvir as mais variadas vozes a pronunciar-se sobre as consequências ainda não se ouviu uma única a pronunciar-se sobre a devastação da biodiversidade provocada pelos incêndios. Da flora rara e preciosa que é destruídas, dos milhares de espécimes de espécies raras que morrem, da destruição do habitat de muitas espécies, a passagem de um incêndio deixa atrás de si um rasto de morte, os eucaliptos poderão crescer dentro em brave, mas a recuperação das espécies selvagens levará muito tempo, se não desaparecerem espécies rara da nossa flora ou do mundo animal.

Nem mesmo os ambientalistas aprecem estar preocupados, sinal de que muitas lutas ambientais não passam de jogos de clubes, dantes aderia-se ao MRPP, agora vais-se para uma organização ambiental. A vida animal serve apenas para exposição. faz lembrar o jardim Gulbenkian que não se cansa de apresentar o seu jardim como um paraíso ornitológico, ao mesmo tempo que permite que senhoras caridosas ajudem a encher o mesmo jardim de gatos, onde estes se divertem a matar aves raras, as mesmas aves que aparecem nos cartazes plantados no jardim, mas que ninguém consegue ver. resulta mais da imaginação do ornitólogo convidado pela Gulbenkian do que de qualquer observação. Aposto que o responsável do jardim na administração da Gulbenkian antes de conseguir ver uma trepadeira-azul vai cruzar-se centenas de vezes com os gatos do gatil Gulbenkian.

É muito bonito falar de ambiente e exibir imagens de aves raras ou de linces, mas a verdade é que o país está dividido entre os defensores dos eucaliptos e os que v~em nos eucaliptos um símbolo do mal. Como noticia o Público, no Douro Internacional ardeu um ninho de abutre preto onde estava um juvenil, era o único ninho desta espécie em Portugal. O casal de aves não pediu indemnizações, não teve direito a uma deslocação da Judite Sousa, o Passos Coelho não anunciou o seu suicídio e a Cristas nem se queixou da falha do Estado, nem mesmo o Presidente da República compareceu ao funeral.

      
 As vítimas esquecidas dos incêndios
   
«O incêndio que no final de Junho deflagrou no planalto mirandês, avançando pelas arribas do Parque Natural do Douro Internacional, queimou o único ninho conhecido de abutre preto na região, com uma cria ali nascida este ano e que ainda não sabia voar.

As arribas do Douro Internacional começaram a ser recolonizadas há cerca de cinco anos por esta espécie que chegou a estar extinta em território nacional, e que foi reocupando áreas históricas de ocupação em Portugal, fruto de projetos de conservação e do aumento da população espanhola do outro lado da fronteira.

“O abutre preto é uma das espécies mais ameaçadas a nível europeu e em Portugal há muitos poucos casais reprodutores”, lamenta Joaquim Teodósio, biólogo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), entidade que coordena o projeto transfronteiriço “Life Rupis” que visa recuperar as populações de abutre do Egipto e águia perdigueira no Douro Internacional, ao mesmo tempo que beneficia outras como o abutre-preto e o milhafre-real. O projeto − co-financiado pelo fundo europeu Life − conta com mais oito parceiros, entre os quais o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a GNR, a Vulture Conservation Foundation e ONGs locais).» [Expresso]
   
Parecer:

Ninguém fala da perda de biodiversidade provocada pelos incêndios.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «lamente-se.»