Parece que os líderes dos partidos da direita meteram férias prolongadas depois de terem criticado Costa de ter gozado cinco dias, Passos ainda apareceu para dizer uma baboseiras anti-emigração no Pontal, Assunção Cristas nem se deixou ver, parece ter hibernado em pleno verão. Compreende-se o seu cansaço, o mês de julho foi de grande excitação, Passos e Cristas terão ficado ainda mais cansados do que os bombeiros que pagavam os fogos que excitava os partidos da direita como se fossem associações de piromaníacos.
Passos está cada vez mais dependente de gente sem grande valor, os melhores estão a abandoná-lo à sua sorte à medida que deixam de acreditar no seu futuro, restam-lhe personagens ambiciosas e sem poucos escrúpulos. Quando se pensou que o discurso de extrema-direita do comentador da CMTV que se candidatou a Loures era condenado pelo PSD, o seu líder não só veio em sua defesa como alargou o discurso de André Ventura aos emigrantes, dando a esta nova abordagem de extrema-direita do PSD o palco do Pontal. Depois do extremismo na política económica a coberto da troika, Passos assume o seu lado Trump nas políticas sociais e de emigração, aos poucos o PSD parece-se cada vez mais com o KKK.
Apesar das altas temperaturas parece que os incêndios vão acalmando. Por coincidência, ou talvez não, a excitação das televisões vai-se esmorecendo à medida que têm mais notícias e face ao cada vez maior desinteresse dos telespetadores pelo tema. Até parece que em vez da água dos bombeiros foi o início da Liga de futebol e o atentado de Barcelona que apagaram os incêndios e acalmaram os incendiários. Conclusão, quando as televisões se desinteressaram pelo tema os incendiários ficaram mais calmos.
A queda da árvore no Funchal proporcionou mais um espetáculo miserável, a autarca da junta de freguesia ficou quase histérica a atirar culpas para a câmara municipal, enquanto a Igreja se apressava a informar que os terrenos onde se localizam a árvore não lhe pertencem, um gesto raro numa igreja muito ciosa das suas propriedades. Parece que a nossa classe política vai deixar de ler jornais como o Expresso, que não têm o obituário. Desde o anúncio dos suicidas feito por passos Coelho, a direita especializou-se em homilias políticas nos funerais. Já haviam os funerais religiosos, agora temos os funerais políticos e politizados.