Desenganem-se os que pensam que o caciquismo do Maduro da Venezuela é um exclusivo regional ou do chavismo, nas melhores famílias ditas social-democratas tugas há também um Maduro, não casou que nenhuma filha de um ditador da América Latina, mas os laços familiares dos Maduros é coisa que só a ele diz respeito.
Cuba tem dois grandes Maduros no sentido em que são dois amigos especiais, o Maduro da Venezuela e o Maduro de Vila Real de Santo António, o Maduro algarvio. Um é candidato a ditador e te m petróleo, o outro vai ter uma licença sabática e muito provavelmente fará o mesmo que fez o Putin ou o Estevens de Castro Marim, nomeia um sucessor temporário que ocupará a autarquia durante um mandato, para superar os constrangimentos legais que impedem mais do que três mandatos.
Parece um exagero, mas se o Maduro algarvio mandasse os seus descamisados vestirem camisolas laranja poderia muito bem imitar o seu compadre venezuelano e promover comícios dignos de um Maduro chavista. Juntava os velhotes que foram a Cuba tratar das cataratas, mais familiares e penduras que fizeram turismo de saúde em Cuba. A estes acrescentava os funcionários da autarquia, os beneficiários da ajuda alimentar de uma ONG local, mais os muitos que deforma direta ou indireta dependem da autarquia de uma terra condenada à pobreza e temos um cenário amadurecido à moda da Venezuela.
Uma mistura soviética entre funcionários e partido, intimidação de funcionários para que não se candidatem pela oposição, vale tudo numa terra com um autarca que é uma coisa estranha, resultante do cruzamento entre o regime cubano e o homem da Massamá. Mas em lisboa ninguém parece conhecer a realidade, o nosso Maduro algarvio até apareceu a dar a cara por Sócrates, o suficiente para que meio mundo feche os olhos às sua madurices.
É uma tristeza ver dois concelhos com um passado tão digno serem transformados numa espécie de Havana algarvia, promovida pelo PSD.