sábado, agosto 19, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Membro anónimo do Governo

É ridículo que a dois anos de eleições já há quem ande a formar o próximo governo, revelando uma imbecilidade pouco própria de quem está num governo. pior ainda, ainda os portugueses não votaram e já há quem ande a discutir competências no governo. Como se tudo isto não bastasse, parece que voltámos ao tempo das fontes anónimas de Belém, com a alguém a lançar notícias sem dar a cara.

«Se o PS ganhar as eleições legislativas de 2019 e vier a constituir de novo Governo, a tutela ministerial sobre a área da administração pública deverá sair das Finanças e passar para a Presidência do Conselho de Ministros, soube o PÚBLICO junto de um responsável do Governo.

O objectivo é valorizar a dimensão humana e profissional da administração pública e fazer com que os trabalhadores públicos deixem de ser olhados apenas como números e como uma área do Estado em que é possível cortar despesa.

De acordo com o mesmo responsável socialista, "a Secretaria de Estado da Administração Pública faz sentido e ficaria bem na Presidência do Conselho de Ministros em conjunto com a da Modernização Administrativa". Em termos da actual orgânica de Governo, em vez de estar na dependência do ministro Mário Centeno, passaria a estar na dependência da ministra Maria Manuel Leitão Marques.» [Público]

 Férias prolongadas

Quando António Costa teve um par de dias de férias a oposição ficou muito indignada, como se fosse um escândalo um primeiro-ministro gozar meia dúzia de dias de descanso. Mas, entretanto, tanto Passos Coelho como Cristas desaparecerem, estão de férias prolongadas. Parece que no seu entender a oposição não faz falta ao país e têm alguma razão, o seu contributo nos últimos dois anos limitou-se a gerir a agenda do diabo.

 Ao mau cagador até as calças empatam

O PSD não exigiu a declaração do estado de calamidade preventiva, mal este foi declarado o anafado Amorim apressou-se a apoiar mas criticando o governo pelo atraso em tal decisão. O que pensará Passos Coelho sobre este tema?

      
 Estes não foram para o paraíso
   
«Foi uma mulher polícia dos Mossos que abateu quatro dos terroristas de Cambrils. Segundo a agência Efe, que cita vários testemunhos, a agente da polícia catalã disparou a sua arma contra os atacantes quando estes saíram do carro e se dirigiram a ela empunhando facas, machados, machetes, cutelos e sacholas.

Eram cinco os terroristas que, dentro de um Audi 3, conduziam a alta velocidade no passeio marítimo de Cambrils, uma zona de praia em Terragona, a 100 km de Barcelona. Depois de tentarem atropelar várias pessoas (três civis ficaram feridos, um deles, uma mulher, morreu), o carro investiu contra um veículo da polícia que o tentava bloquear, provocando feridas a um agente numa perna e na cabeça (mais dois polícias ficaram feridos). Foi então que os atacantes saíram do carro com armas brancas e o que se sabe serem agora cintos de explosivos falsos, em direção a outra agente, que não hesitou.

O chefe da polícia dos Mossos, Josep Lluis Trapero, confirmou que um mesmo agente abateu quatro dos terroristas de Cambrils e explicou que está a receber apoio psicológico: “Matar quatro pessoas, mesmo que sejas um profissional, não é fácil de digerir”.» [Observador]
   
Parecer:

Aconteceu-lhes o pior que lhes poderia ter acontecido, foram mortos por uma mulher.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se a "moça".»
  
 Mais uma trumpalhada
   
«O presidente dos EUA tem uma solução para acabar com os ataques terroristas de inspiração islâmica que se sucedem, em várias cidades europeias, nos últimos anos: executar os radicais usando balas mergulhadas em sangue de porco — e poupar a vida a um, para voltar para trás e contar a história.

Numa publicação colocada na rede social Twitter, Donald Trump voltou a defender que a melhor maneira de acabar com o problema é fazer o mesmo que um general norte-americano, John Pershing, fez a insurgentes muçulmanos durante a guerra nas Filipinas, no início do século passado. Só há um problema: a história de Pershing é “fake news”, isto é, é um mito que circula na Internet mas que já foi rebatido.» [Observador]
   
Parecer:

Grande Trump.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Que bela escolha
   
«O desfecho era previsível, mas o PS insistiu até à última e agora perdeu o candidato à câmara municipal de Ourém. O atual autarca, Paulo Fonseca, apesar de estar insolvente, insistiu em ser candidato novamente. Na quinta-feira, após um pedido de impugnação da coligação PSD/CDS, o Tribunal de Ourém — num despacho ao qual o Observador teve acessso, considerou Paulo Fonseca “inelegível“, uma vez que não existe “decisão final de encerramento [do processo de insolvência] nem perspetivas de a mesma acontecer até ao dia 1/10/2017“. O PS terá agora como candidata a número dois da lista, Célia Seixo, uma vez que já não pode escolher outro candidato que não integre as listas iniciais.

Na base da decisão do tribunal está o artigo 6º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais (LEOAL) que estabelece, no seu nº 2 que: “São inelegíveis para os órgãos das autarquias locais: a) os falidos e insolventes, salvo se reabilitados […]”. O tribunal rebate os vários argumentos apresentados por Paulo Fonseca, nomeadamente o de que se tornou credor por ser fiador e não a pessoa que contraiu a dívida diretamente.» [Observador]
   
Parecer:

O aparelho local do PS insiste nestas escolhas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»