domingo, agosto 27, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Assunção Cristas, apêndice de Passos Coelho

Era contra a devolução dos rendimentos, anunciou desgraças, agora descobre que a não se virou a página da austeridade. A líder do CDS continua a ser dependente do anterior governo, a líder do CDS continua a ser uma sombra de Passos Coelho, mal o líder do PSD espirra a cristas mostra sintomas de constipação.

«A presidente do CDS-PP considerou hoje que “não houve nenhum virar de página na austeridade”, dizendo estar preocupada em saber como é que o Governo chegou à redução do défice conhecida na sexta-feira.

À margem de uma ação de pré-campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 1 de outubro, na freguesia lisboeta da Ajuda, Assunção Cristas falou aos jornalistas sobre a anunciada redução do défice, que totalizou 3.763 milhões de euros até julho, um recuo de 1.153 milhões de euros face a 2016, segundo o Ministério das Finanças.


De acordo com o Governo, “a evolução do défice resultou do aumento expressivo da receita de 3,2% e de um acréscimo da despesa de 0,5%”, e o “excedente primário ascendeu a 1.726 milhões de euros, aumentando 1.377 milhões de euros”.

“Por via indireta, todos nós estamos a pagar muitíssimos impostos e, na nossa avaliação, não houve nenhum virar de página na austeridade”, reagiu a presidente do CDS-PP.» [Observador]

      
 Era de esperar
   
«Altos quadros do Estado, do Ministério da Saúde e da Autoridade Tributária e Aduaneira (Ministério das Finanças) também realizaram viagens à China, onde visitaram um hospital e a sede da Huawei, no início de junho de 2015. São cinco funcionários com posições relevantes nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e um quadro das Finanças. A notícia foi avançada pelo Expresso este sábado, mas o mesmo jornal publicou, entretanto, uma segunda notícia em que diz que o custo dos bilhetes de avião foi, na realidade, suportado por “parceiros privados” — não esclarecendo quem pagou outros custos, nomeadamente os relacionados com a estadia.» [Expresso]
   
Parecer:

Há muito tempo que ouço falar de viagens, no domínio das tecnológicas surge sempre o argumento da visita de instalações.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
  
 Palavra de um homem de negócios
   
«Paulo Portas considera que "os resultados das eleições em Angola são muito interessantes" e elogia o processo de sucessão.

Num artigo publicado hoje no semanário Expresso, Portas escreve que o "Presidente José Eduardo dos Santos resistiu à tentação do poder vitalício. A sua decisão de sair e organizar uma transição inovadora marca uma diferença em África. José Eduardo dos Santos, definitivamente, não é Mugabe nem Obiang: soube separar o seu destino do destino do seu país. Na leitura histórica, José Eduardo dos Santos não é apenas um dos vencedores da guerra, é um dos construtores da paz, é também um Presidente que soube sair e abrir caminho ao futuro."

Esta é uma de cinco reflexões de Paulo Portas neste artigo, onde salienta também que o "MPLA resiste melhor a uma crise económica dura e profunda do que, por exemplo, o ANC na África do Sul", continuando ser "o partido dominante" mas havendo agora "mais diversidade política na sociedade angolana".

Portas escreve ainda "sobre a oportunidade que se abre em Angola. Mesmo que o partido governamental seja o mesmo, o chefe de Estado será outro. É inevitável a abertura de um ciclo novo. O Presidente João Lourenço é um militar muito respeitado e um político de larga experiência. Garantiu o essencial para poder fazer reformas: uma maioria estável. A perícia com que administrar as expectativas de mudança e as garantias de continuidade marcarão o seu mandato".» [Expresso]
   
Parecer:

Portas e o CDS parecem pertencer a uma delegação de negócios do MPLA em Portugal
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»