terça-feira, agosto 12, 2008

Umas no cravo e outras tanta na ferradura

FOTO JUMENTO

Flor nas Dunas da Praia dos Três Pauzinhos, Algarve

IMAGEM DO DIA

[Boris Roessler / EFE]

«Arte en el cuerpo. Una modelo durante el Festival Internacional de Pintura Corporal en Mainz, Alemania.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

Atletas olímpicos

É sempre assim, cada vez que se realizam jogos apresentamo-nos com grandes promessas, depois é o que se vê, a "síndrome Fernando Mamede", os nosso atletas sucumbem no momento das competições. Será sina ou um problema de cultura desportiva?

MAIS UMA GUERRA PARA A EUROPA PAGAR

Mal a guerra entre a Rússia e a Geórgia começou a tendência dos preços do petróleo inverteu-se e voltaram a subir, sucede assim com a maioria das guerras em que a diplomacia americana está presente, sucedeu no Iraque, sucede sempre que Israel decide enfraquecer um país vizinho, voltou a suceder agora.

Se a isto acrescentarmos a crise financeira desencadeada pelas práticas bancárias norte-americanas teremos que concluir que a administração Bush custou bem cara aos cidadãos europeus.

UM CÁUCASO BICUDO

«Se há uma semana alguém perguntasse qual seria a melhor estratégia internacional da Geórgia - como da Arménia, sua vizinha - a resposta seria: esperar. Ainda há poucos meses, George W. Bush tinha proposto a entrada do país na NATO. Os aliados europeus não aceitaram a ideia; se o tivessem feito, seriam agora forçados a entrar em guerra com a Rússia. Mas com tempo e persistência a Geórgia acabaria por se associar de alguma forma à NATO e à União Europeia. Teria então mais peso para uma solução que lhe fosse favorável na Ossétia do Sul, que declarara a sua independência sem reconhecimento internacional, na década de noventa.

A Ossétia é habitada por um povo de língua aparentada ao persa; metade vive no território da Rússia (a Ossétia do Norte) e o restante na Geórgia. Têm sido aliados dos russos, mas o território da Ossétia do Sul é georgiano desde as fronteiras desenhadas pelo Kremlin soviético no tempo de Estaline - que era georgiano de nascimento.

Do ponto de vista estritamente pragmático, nada aconselhava a uma acção militar. A Ossétia do Sul ser dominada pelos separatistas não era novidade. E olhando para o mapa dá para ver que a Geórgia tem muito mais a perder do que a montanhosa Ossétia do Sul: uma longa linha de costa na região da Abkházia, também independentista. Sem estas regiões, a Geórgia perde muita da importância estratégica que sempre teve, ontem como parte da Rota da Seda, hoje como zona de passagem para petróleo e gás natural.

Parto de alguns pressupostos. O primeiro é que ninguém ataca sem premeditação uma capital secessionista no dia de abertura dos Jogos Olímpicos por causa de uma situação que não mudou recentemente. O segundo é que, com razão ou sem ela, atacar os interesses de um colosso é o melhor presente que se pode oferecer a esse colosso. Cuba só decidiria atacar Guantánamo se desejasse ver o Exército americano desembarcar em Havana. Taiwan nunca atacaria um interesse da República Popular da China, a não ser que quisesse ser invadida.

Não há, neste momento, uma explicação clara para as razões que terão levado o Presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, a abrir a porta a um conflito com a Rússia no qual - basta voltar a olhar para o mapa - a Geórgia não tem a menor hipótese de sucesso.

Explicações externas possíveis: a Rússia provocou a Geórgia ou os EUA prometeram apoiar a Geórgia em caso de confronto. Há adeptos de ambas as teorias. Mas no primeiro caso, o papel do Presidente georgiano seria evitar ao máximo responder a provocações. No segundo caso, e apesar da visita de Condoleezza Rice à capital georgiana na véspera do ataque, é difícil acreditar que os EUA aceitassem entrar em conflito com a Rússia por causa da Geórgia.

Resta uma explicação interna: Saakashvili achou que uma aventura militar poderia reforçar o seu poder no país. O pedido de cessar-fogo por parte do Presidente georgiano parece sugerir que a explicação interna é que vale, e que este foi um enorme erro de cálculo da sua parte. Se foi assim, colocou em risco não só a integridade da Geórgia como a sua autonomia no futuro, uma vez que a Rússia agora se considera legitimada para não parar por aqui. Os EUA, pelo seu lado, podem tentar compensar a progressão russa. Ou seja, mesmo uma causa "interna" pode ter consequências "externas".

Nos séculos XVIII e XIX - e até à I Guerra Mundial -, aquela região foi disputada entre os czares e os otomanos, com os ingleses e os persas em segundo plano. Já na época foram guerras medonhas. Uma repetição actualizada dessas guerras seria uma terrível notícia.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Rui Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

TIRAR A GRAVATA PARA POPUAR ENERGIA

«A gravata encontra-se novamente debaixo de forte ataque no mundo ocidental. Primeiro foram estudos indicando que os nós muito apertados poderiam aumentar os riscos de glaucoma, uma das principais causas da cegueira irreversível. Agora surgiu uma nova frente: a ambiental/económica. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Há muito que poupo energia desta forma, energia e dinheiro já que este ornamento ridículo é bem caro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

DOIS MILHÕES DEPENDEM DO RENDIMENTO MÍNIMO

«Lisboa foi o distrito onde mais aumentou o número de pessoas e famílias a receber o Rendimento Social de Inserção (RSI) no último ano. O aumento assinalado é de 37%, num Portugal que já contabiliza dois milhões de pessoas com o RSI.
No final de Junho do ano passado, havia 194.204 pessoas e 68.855 agregados familiares a beneficiarem do RSI no distrito de Lisboa. Um ano depois, o número de beneficiários aumentou, em ambos os casos, mais de 37%. Ou seja, em Junho deste ano recebiam o RSI 266.580 pessoas e 94.981 famílias, isto é, mais 72.376 pessoas e 22.387 agregados do que em igual período de 2007.»
[Jornal de Notícias]

Parecer:

O número é preocupante, não tanto pela dimensão do fenómeno mas pelas consequências.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Substitua-se o rendimento mínimo por remuneração de trabalho comunitário para os que podem trabalhar.»

TAP SOBREVIVERÁ AOS ALTOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

«A TAP Air Portugal está no grupo das nove companhias aéreas europeias que têm qualidades para "sobreviver" face ao aumento do preço dos combustíveis, segundo o estudo de um banco de investimento britânico.

O aumento do preço do petróleo vai "transformar a indústria do transporte aéreo" e mais de 50 companhias estão em risco de desaparecer, entre as quais a italiana Alitalia, refere um analista da BlueOtar Securities. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Se o avô Boca Doce e os seus amigos da TAP deixarem.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao avô Boca Doce quantas greves encomendou para a TAP.»

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

  1. O "Efeito Multiplicador" e a "Nova Floresta" sugerem o post dedicado à pesca da sardinha no Algarve.
  2. O "PS Lumiar" gostou o artigo de Luís Duque dedicado ao restaurante "XL" publicado no Expresso.

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