domingo, julho 15, 2012

Semanada


Esta semana ficará para a história deste governo como sendo aquela em que foram detectados sinais evidentes de putrefacção do governo de Pedro Passos Coelho, sinais de que o governo tem um cancro já com as metástases a espalharem-se.
  
Paulo Macedo pensou que ainda estava na DGCI a beneficiar do trabalho alheio e armou-se em especialista na manipulação da comunicação social, ameaçou os médicos com uma requisição civil e ainda tentou virar a população contra os profissionais de saúde. Numa semana em que os portugueses ficaram a saber que Paulo Macedo tinha recorrido a truques manhosos para pagar miseravelmente aos enfermeiros o ministro ficou a falar sozinho. Acabou por ceder aos médicos sujeitando-se a ser ele a divulgar os resultados das negociações que se seguiram à greve.
  
Paulo Portas que costuma andar desaparecido foi à Madeira, logo à Madeira, para dizer ao primeiro-ministro como se deve portar no relacionamento com outro órgãos de soberania, disse-lhe que devia ser institucional e que ter sentido de estado é governar e não fazer peixeiradas contra o presidente do TC., só faltou a Paulo Portas sugerir a Pedro Passos Coelho mais cuidado na cor dos fatos que veste ou das gravatas que usa, esta semana o primeiro-ministro mais parecia um governante da Republica Centro Africana. A desgraça só não foi maior porque Paulo Portas pressionado por Pires de Lima disse uns bons disparates acusando os funcionários públicos de responsabilidade na crise, ao que parece foi a auxiliar do ministro da Defesa que mandou comprar os submarinos.
  
Miguel Relvas acha que em Portugal o Holloween tem 365 dias e decidiu ser um ministro morto vivo, um zombie político, uma alma penada porque não se fez o funeral. Mas é uma alma penada divertida que em vez de assustar os portugueses achou que com tantos sacrifícios devia diverti-los. É por isso que se lembrou de justificar as equivalências que lhe permitiram ter uma licenciatura com menos horas de estudo do que as que dedicou à carta de condução, disse que é um homem muito prático e nada teórico, é por isso que ao contrário de todos os cidadãos do mundo ele teve uma licenciatura apenas com base no seu currículo.
  
Cavaco Silva parece que anda ao contrário de Paulo Portas, provavelmente como partilha com o ministro as responsabilidades na diplomacia optaram por não estarem os dois de serviço em simultâneo, quando um aparece o outro desaparece. Numa semana em que o governo dá sinais de apodrecimento acelerado, quando o primeiro-ministro se atira ao presidente do Tribunal Constitucional o Presidente da República desapareceu, até parece que já está a carregar o Jeep para ir de férias para a Quinta da Coelha.