terça-feira, julho 17, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

   
Chafariz, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Flamingos no sapal [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Passos Coelho
 
O problema de Passos Coelho começa a ser a falta de credibilidade, para além de evidenciar capaciades intelectuais muito abaixo do que se espera d eum primeiro-minsitro, de começar a evidenciar falta de preparação física para quem de trabalhar mais do que aquilo a que estava habituado, ainda não entendeu que os portugueses não são parvos ao ponto de acharem que o governo de direita que mais tirou aos pobres e que tenta a todo o custo destruir a classe média vise quaisquer objectivos de redistribuição.

Este é um governo dos ricos, que trabalha pra os ricos e tudo faz a pensar nos ricos, é um governo que não hesita em cortar 30% do rendimento de muitos portugueses, que quer contratar médicos e enfermeiros com salários inferiores aos das empregadas domésticas, que mais emprego destruiu, que tudo faz para baixar os salários. Vir dizer que se bate por uma melhor distribuição do rendimento ou é debilidade mental ou deficiência.

«"Nós temos vindo a executar um conjunto de reformas visando impedir que existam privilégios que se cristalizem em torno de alguns grupos económicos ou financeiros e permitir uma competição leal e justa dentro da economia", assegurou hoje Pedro Passos Coelho na abertura do Congresso Internacional de Pedra Natural a decorrer em Borba, no Alentejo.


Esta declaração surge numa altura em que está na ordem do dia a possibilidade de se agravar a tributação sobre o capital, depois da recomendação deixada pelo presidente do Tribunal Constitucional. Rui Moura Ramos argumentou que os rendimentos de capital (juros, dividendos) não estão a ser chamados a participar nos sacrifícios como deviam.


O primeiro-ministro não demorou a respondeu à crítica do Presidente do Tribunal Constitucional. Passos Coelho veio dizer na sexta-feira que o Governo "teve a preocupação" de conciliar os objectivos de redução de despesa do Estado, na qual entram os funcionários públicos, com a necessidade de encontrar receitas que ajudem também a alcançar a redução do défice. "Essa foi a razão da tributação sobre os capitais ter passado de 20% para 25% em 2012", frisou o primeiro-ministro.» [DE]
 

  
 O "estado da NAção". Qual Nação?
   
«Antes das férias, os deputados dos partidos representados na Assembleia da República, no cumprimento de um ritual democrático, mas entediante, reuniram-se para, ao que dizem, debater o “estado da Nação”. Assistir a tal “debate” em directo e na íntegra, através da televisão, não é tarefa fácil. É uma espécie de tortura que não se deseja a ninguém, comparável à tortura aplicada aos presos, em Guantânamo, quando eram obrigados a ouvir horas a fio as músicas da “Rua Sésamo”. Uma seca insuportável! O melhor é esperar pelo “concentrado” do debate, fornecido horas depois pela comunicação social, e reconhecer a dureza do trabalho dos jornalistas que têm de suportar aquelas horas para nos prepararem o sumo. Este “estado do parlamento” não abona a favor da democracia, mas é o que temos.
  
Depois de várias horas de “conversa parlamentar”, ficaram duas frases - duas únicas e curtas frases -, ambas proferidas pelo primeiro-ministro, que não vão ser esquecidas tão rapidamente como o resto do que por lá foi dito. A primeira frase: disse Passos Coelho que “o governo não está nesta altura a preparar qualquer aumento de impostos”. Esta declaração cria justificadas expectativas aos portugueses. Qualquer cidadão médio tem o direito de a interpretar como uma séria intenção de, caso não existam circunstâncias excepcionais (e daí o “nesta altura”) o governo não aumentar nem criar nenhum imposto. Naturalmente, não podem ser evocadas no futuro como “circunstâncias excepcionais” aquelas que eram conhecidas na tarde do debate, nomeadamente, a derrapagem orçamental de cerca de dois mil milhões de euros e a tendência para o seu agravamento no segundo semestre deste ano, bem como as consequências no Orçamento de 2013 da recente decisão do Tribunal Constitucional sobre os subsídios de férias e Natal a funcionários públicos e pensionistas. Tendo o primeiro-ministro repetido que a meta orçamental de 4,5% de défice para este ano se mantém inalterável, ficamos na expectativa de conhecer qual o coelho que irá sair da cartola, em Setembro, depois dos burocratas da troika “avaliarem” as consequências da sua receita. Se a dita frase foi de circunstância “parlamentar”, sem lhe medir as consequências, e o governo anunciar aumento de impostos, quer este ano, quer para o ano, não se admire Passos Coelho que lhe digam que “mente como uma cesta rota”, utilizando uma expressão de Raul Brandão. A segunda frase: Passos Coelho, na intervenção de abertura do debate, convidou o PS a “assumir as suas responsabilidades, participando construtivamente no âmbito da quinta revisão regular do Programa de Assistência Económica e Financeira e da preparação do próximo Orçamento do Estado”. Este convite, que provavelmente vai ser lembrado mais vezes, durante este ano, ou é apenas, como a primeira, de circunstância “parlamentar” ou, pelo contrário, faz adivinhar que os resultados das medidas do governo, consequência das medidas já aplicadas e das que estão para vir, são mais catastróficos do que aquilo que está à superfície, o que remete a primeira frase para o território da ficção. António José Seguro deve tirar imediatamente a cabeça desta guilhotina.
  
PS 1 – O debate parlamentar foi uma caricatura do verdadeiro “estado da nação”. Este foi divulgado pelo INE, na sexta-feira, ao publicar os dados referentes a 2010: 3 milhões de portugueses, que receberam, nesse ano, menos de 500 euros por mês, estão no limiar da pobreza. Neste momento, no final do 1º trimestre de 2012, depois da redução de salários, do brutal aumento da carga fiscal, do considerável aumento do desemprego, do aumento dos transportes, electricidade e gás, a maioria dos portugueses está na pobreza e passa por dificuldades desconhecidas aos olhos dos protagonistas do “debate parlamentar”.
  
PS 2 – De acordo com uma sondagem, publicada ontem num semanário grego, 74% dos gregos defendem a necessidade de negociar os acordos com a troika de credores, para aliviar os seus sacrifícios, mesmo que isso implique sair do euro. Pelo andar da carruagem, vamos chegar a este ponto.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
     
     
 Caso Freeport já desempenhou o seu papel
   
«O Ministério Público (MP) pediu hoje a absolvição dos dois arguidos do caso Freeport, Charles Smith e Manuel Pedro, considerando que durante o julgamento não ficaram provados os factos que lhes eram imputados.» [DN]
   
Parecer:
 
Agora encerra-se o caso como se nada tivesse sucedido, depois de terem gasto milhões aos contribuintes, de terem andado a passear em Londres e de terem espalhado o processo pela comunicação social antes de ir a julgamento.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns aos competentes procuradores do MP.»
      
 Enfermeiros recusaram-se a trabalhar
   
«Vários serviços de uma extensão do centro de saúde de Odivelas estão hoje encerrados, após todos os enfermeiros subcontratados por uma empresa a 4,23 euros à hora se terem recusado a trabalhar nestas condições, segundo um dos profissionais.
  
Flávio Teixeira, um dos quatro enfermeiros subcontratados por uma empresa de prestação de serviços de saúde e que deveriam ter hoje começado a trabalhar, disse que estes profissionais faltaram por considerar o contrato "ofensivo" para a classe.» [DN]
   
Parecer:
 
Fazem bem em revoltar-se.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
   
 Portugueses são roubados pela gasolineiras
   
«Os preços dos combustíveis líquidos - gasolinas e gasóleos, são os mais importantes - quase duplicaram em Portugal e mais do que duplicaram na Grécia nos últimos três anos e meio, mostram dados do Eurostat. Os dois países são líderes europeus no encarecimento deste tipo de produtos.
  
Segundo as estatísticas europeias, desde final de 2008 até final do mês passado, o custo dos combustíveis líquidos junto do consumidor aumentou 87% em Portugal e 106% na Grécia, os dois piores casos de inflação.
  
Neste tipo de bens, a média de aumento dos preços no conjunto da zona euro para o mesmo período ficou em 57%, o que mostra que o agravamento  - preços sistematicamente mais elevados no produtor e aumentos de impostos - acabaram por penalizar os consumidores finais.» [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:
 
O que andará a fazer a Autoridade para a Concorrência?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demitam-se todos os diriegentes da Autoridade da Concorrência, incluindo todas as chefias que nos últimos anos tenham estado ligadas ao sector dos petrolíferos.»
   
 Jardim quer equivalência a quatro cursos superiores
   
«O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje que, utilizando o precedente do "caso Relvas" e a sua experiência, vai pedir equivalências para ficar com os cursos de "Veterinária, Biologia, Informática e Astronomia"
  
"Fiquei satisfeito porque agora também vou requerer várias licenciaturas para mim", disse Jardim aos jornalistas em Santana, à margem da sua participação no encerramento do programa "48 horas a bailar". "Trinta e tal anos de governo, penso que vai dar para Veterinária, Biologia, Informática e Astronomia. Vou querer estes quatro cursos", ironizou.» [DN]
   
Parecer:
 
Haja boa disposição.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 O professor Marcelo no seu melhor
   
«Marcelo lança nome de Marques Mendes para o Governo Marcelo diz que Passos têm que “encontrar um ministro a serio” para substituir Miguel Relvas Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ontem, no seu habitual comentário na TVI, que Passos Coelho precisar “encontrar um ministro a sério" para ocupar o cargo de ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares.
  
O social-democrata defende que Miguel Relvas devia sair, até porque toda a polémica em torno da licenciatura representa agora “um desgaste para o governo”, Miguel Relvas “passa metade do tempo a defender-se”, sublinha. O “Governo precisa de ter muita autoridade e credibilidade”, uma autoridade que Relvas não tem. O ministro está "enfraquecido".» [DE]
   
Parecer:
 
Começou por tentar confundir Relvas com Sócrates e agora que percebe que esteve mais empenhado em defender Miguel Relvas do que em defender a dignidade da universidade portuguesa volta atrás e quer enterrar Relvas ainda antes de "morrer".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Quer um quilo de açúcar ou uma consulta médica?
   
«A Sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS), principal accionista do grupo Jerónimo Martins - que detém os supermercados Pingo Doce -, acaba de entrar numa nova área de negócios: clínicas médicas. O Diário Económico sabe que a SFMS lançou uma nova marca, as Walk'In Clinics, cujos primeiros espaços abriram no passado dia 2 de Julho nos espaços dos supermercados Pingo Doce em Telheiras, Sintra, Aveiro e Santa Maria da Feira.
  
Este novo negócio da sociedade, que no início do ano esteve envolvida na polémica passagem da sede social para a Holanda, surge depois de o patriarca da família e presidente do grupo Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, ter assumido, em Março, em entrevista à RTP, que seria anunciada uma nova área de investimento, no âmbito da diversificação do negócio em Portugal. » [DE]
   
Parecer:
 
Com o governo a destruir o SNS até poderá fazer sentido ir à consulta ao Pingo Doce.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Até o FMI?
   
«O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu hoje os decisores políticos para o risco de Portugal e da Irlanda serem contaminados pela “fadiga” de ajustamento que está a paralisar a Grécia.
  
“Nos três países do euro com programas apoiados por empréstimos da UE e do FMI, o ajustamento está a prosseguir”, escreve o Fundo, referindo, no caso específico português, que o processo está a decorrer dentro do “previsto”, não sendo evidenciadas dúvidas sobre a capacidade de o Governo reduzir o défice para os 4,5% e 3% do PIB prometidos para este ano e 2013, respectivamente.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
O problema é que os que os nossos estarolas querem não é austeridade, é através desta e a coberto da mesma promover uma reengenharia social que passa pelo empobrecimento dos mais pobres e pelo fim da classe média.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Gasparoika.»
   
 Macário Correia anda cheio de azar
   
«O Tribunal de Contas obrigou o presidente da Câmara de Faro, o social-democrata Macário Correia, a devolver à autarquia 3180 euros que lhe tinham sido indevidamente pagos a título de subsídio de Natal em finais de 2009.
  
Já o seu antecessor no cargo, o socialista José Apolinário, recebeu ilegalmente 9540 euros relativos a férias não gozadas, diz um relatório do Tribunal de Contas que acaba de ser divulgado, e que incide sobre os suplementos remuneratórios e outros abonos em cinco municípios – Figueira da Foz, Palmela, Rio Maior e Valongo, além de Faro. José Apolinário, que esteve à frente da câmara algarvia entre 2005 e 2009, não devolveu ainda este montante, tendo argumentado perante o tribunal que o regime dos funcionários públicos, que permite este tipo de compensação, é igualmente aplicável aos eleitos locais. Os juízes entendem que não. O problema foi igualmente detectado em Valongo. Já de o pagamento dos subsídios de Natal na totalidade escassos meses depois de os autarcas entrarem em funções beneficiaram, além de Macário Correia, três vereadores de Faro. » [Público]
   
Parecer:
 
De repente parece que o mundo está a desabar em cima de Macário Correia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Macário que vá à bruxa.»