quarta-feira, outubro 28, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho

Parece que a partir de agora sempre que se realizarem eleições terão de ter desforra ou como diz este artista, tira teimas. E se o candidato não as defende arranja-se outro, se o presidente se opor escolhe-se outro, os herdeiros do antigo regime são agora democratas em excesso, sofrem de overdose de democracia.

Este senhor, nascido num dos melhores berços do antigo regime e uma espécie de funcionário da democracia ainda há poucos dias escrevia que "As eleições foram travestidas de eleição do primeiro-ministro – que não são e nunca foram. Isso seria, aliás, uma fraude contra a democracia parlamentar. As eleições legislativas são para eleger um parlamento, 230 deputados, e gerar, portanto, maiorias legislativas, de fiscalização e de governo. Foi sempre assim. " Parece que agora a democracioa deve repetir as eleições até que a direita se sinta satisfeita e não requeira tira temas, iston é, até quie a democracia seja do seu agrado.

parece que Ribeiro e Castro, o eterno derrotado do CDS, se posiciona para mais um assalto ao lugar do Paulo Portas.

«José Ribeiro e Castro acredita que o candidato presidencial apoiado pela direita deve defender com clareza a convocação de eleições antecipadas, algo que Marcelo Rebelo de Sousa não faz. O antigo líder centrista acredita que o país deve voltar rapidamente às urnas para dissipar este clima de “confrontação aguda”. “É indispensável um tira-teimas eleitoral”.

Em entrevista à TSF, Ribeiro e Castro defendeu que, apesar de constitucionalmente legítimo, um Governo socialista apoiado por Bloco e PCP sofre de uma “ilegítima política substancial”, “uma vez que não foi falado, não foi presumido [e] ninguém pensou nele”. Nessa linha, a “manter-se uma situação de confrontação ou de instabilidade”, é urgente convocar eleições antecipadas.» [Observador]

 José Vilhena, Agosto de 1974

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 Não há pressa

A direita sabe que anda a brincar aos governos e o país que se lixe,lá se foi a mania da estabilidade, a preocupação com os mercados ou as manias do institucionalismo do Aníbal, se é um governo de faz de conta para satisfazer a necessidades de festejos de vitória pela direita não há pressa. Longe vão os tempos da excitação sentida com a formação de governos, a preocupação em conhecer o nome dos ministros, as movimentações dos grupos de pressão. Desta vez a direita parece um bando de ratazanas, é tudo a fugir do até aqui todo poderoso Passos Coelho. Já faltou mais para que tirem o escalpe ao Passos e que o marco António se comece a sentir um Vale e Azevedo do PSD.

      
 Até a OMS nos mete medo com a carne vermelha
   
«Para dar uma mãozinha de coentrada aos comentadores que nos têm assustado com as comezainas infantis de Jerónimo ao pequeno-almoço, surgiu ontem um aviso da Organização Mundial da Saúde. Foi o tipo de notícia feito de propósito para nos tirar o apetite: a carne seria cancerígena. A sê-lo, a carne, afinal, é forte: mata que se farta. A coisa é tão grave, explicam, que quanto mais se cura a carne, mais adoecemos nós. Sobretudo, nada do fumeiro nem de enchidos: nem chouriço, chouriça, chourição, presunto e morcela, nada - se isto não é uma carnificina! Dizem que a carne fumada faz tão mal como o tabaco. Eu até pensava que seria mais, porque ela não nos deixa escapatória nenhuma: pode não inalar-se o fumo dum cigarro, mas é impossível consumir uma linguiça sem engolir. Dói conhecer a necessidade destes cortes no mastigar, sobretudo nos mais velhos. É que à mesa não se envelhece, é dos poucos vícios em que nos tornamos mais estouvados com a idade. O grande humorista brasileiro Stanislaw Ponte Preta (morreu aos 45 anos de enfarte) dizia: "Uma feijoada só é realmente com todos se tiver uma ambulância de plantão." Eu não digo nada, mas espero que o aviso seja só mais uma ingerência dos mercados e das instâncias internacionais para nos meter medo com aleivosias políticas. Repararam? A OMS fez questão de nos alertar contra a carne vermelha...» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

      
 Temos governo!
   
«Dois ministérios novos, o da Cultura e o da Modernização Administrativa, a que acresce a autonomização do ministério dos Assuntos Parlamentares; duas estreias absolutas: os independentes Margarida Mano e Rui Medeiros; mais três estreias neste Governo: Fernando Negrão, que já esteve na Segurança Social no Governo de Santana Lopes, Calvão da Silva, que já foi secretário de Estado mas que vem sobretudo da máquina do PSD, e Costa Neves, que esteve com Barroso nos Assuntos Europeus e com Santana na Agricultura. A isto juntam-se três secretários de Estado que sobem a ministros, para compensar a saída de pesos pesados. Baixas são seis: Paulo Macedo, Nuno Crato, Poiares Maduro, Pires de Lima, Paula Teixeira da Cruz e Anabela Rodrigues. 

Não é uma remodelação, mas até podia ter sido. O novo Governo de Passos e Portas, que se adivinha estar condenado a cair, é feito quase inteiramente com nomes da casa, entre ministros que se mantêm, secretários de Estado que sobem, dois deputados do PSD e gente das fileiras dos partidos. Paulo Portas mantém-se como número dois, no lugar de vice-primeiro-ministro, mas fica notório o reforço da sua influência no Ministério da Economia, com o seu há muito adjunto Miguel Morais Leitão a assumir a pasta.» [Observador]
   
Parecer:

Este é um governo muito marcado pela justiça ou, mais precisamente pela falta dela, Negrão não foi para presidente da AR e o passos deve ter-lhe dito "deixa lá, vais para ministro duas semanas", enquanto a Costa Neves terá dito que sendo alguém que não serve para nada tinha lugar neste governo. São duas personagens marcadas pela justiça, um porque foi demitido de director nacional da PJ por gostar muito de jornalistas, o outro porque ainda hoje não deverão saber porque motivo a justiça se esqueceu dele no caso da Herdade da Vagem fresca, um negócio envolvendo os agora malditos Espírito Santo.

Quanto ao resto este governo merece um único comentário, ainda é pior do que o de Pedro Santana Lopes, outra personagem que nos últimos dias anda muito badalado na comunicação social. Este governo diz tudo sobre a falta de dimensão política de Passos Coelho, é esta a solução estável que justifica excluir um milhão de portugueses?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  

   
   
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