quinta-feira, maio 18, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Rovisco Duarte, chefe do Estado-Maior do Exército (CEME)

O mínimo que se pode dizer da constatação do general é que revela alguma ingenuidade. Se os recrutas abandonam o curso de comandos depois de passarem o fim de semana com a família é um sinal de que durante a semana não têm ninguém com quem falar, talvez por recearem que algum instrutor lhes encha a boca com terra., para ficarem calados e não se queixarem. Óh senhor general, pense lá um bocadinho, porque a cabeça n´~ao serve só para meter a boina!

«Os fins de semana estão a revelar-se fatais para o curso 128 de Comandos, do qual já desistiram 40 dos 57 instruendos que iniciaram há cerca de seis semanas esta exigente formação militar. A revelação partiu do próprio chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) no final de mais uma visita, esta terça-feira, da comissão parlamentar de Defesa Nacional à Serra da Carregueira.

“O curso é exigente. É rigoroso. São muito anos de cursos de Comandos com provas dadas em teatro [de operações] e isto significa que não baixamos o nível de exigência e, possivelmente, por pressão das famílias, normalmente às segundas-feiras, temos uma ou duas desistências”, disse aos jornalistas o general Rovisco Duarte sublinhando que se trata de uma “análise muito simplista” deste fenómeno recorrente nos cursos de Comandos.

“Não estou a afirmar que estas desistência resultam da pressão das famílias mas é um facto que às segundas-feiras há sempre uma ou duas desistências”, insistiu o chefe do Estado-Maior do Exército.

De acordo com os números avançados esta segunda-feira pelo Exército à agência Lusa, o curso 128 tem atualmente 17 instruendos, dos quais três oficiais, dois sargentos e 12 praças. Esta tarde, o general Rovisco Duarte reconheceu perante os jornalistas que as desistências no curso 128 são “ligeiramente superiores à média” mas que “já existiram cursos com taxas de desistências superiores”.» [Expresso]

 O presidente do STI e os inspetores do fisco

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos defendeu no parlamento a possibilidade de um inspetor do fisco poder investigar por sua iniciativa um qualquer cidadão a partir dos sinais exteriores de riqueza, denunciando que isso não estava sucedendo ao contrário do que sucedia no passado, acrescentando que aquando entrou para a DGCI foi incentivado a fazê-lo nas ações de informação. Sugeriu mesmo que a situação atual, em que o acesso a dados fiscais do contribuinte por parte de funcionários do fisco obrigava à auto-censura, algo comum em “certos países”. Isto é, questionou a democracia portuguesa, sugerindo que sem essa aparente falta de liberdade por parte dos inspetores do fisco fazia perigar os valores democráticos.

Há aqui algo de estranho pois tanto quanto pensava o presidente do STI não é das carreiras da inspeção e não faria sentido a declaração de que na sua formação fosse incentivado a inspecionar quem quer que fosse.

      
 Divórcio definitivo no Porto
   
«O candidato do PS à câmara municipal do Porto, Manuel Pizarro, é crítico da escolha de palavras da secretária-geral-adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, mas defende que foram apenas um “pretexto” e a “cereja em cima do topo do bolo para quem já queria romper o acordo [entre PS e Rui Moreira]”. No programa “10 minutos”, da SIC Notícias, Manuel Pizarro avisa ainda que não está disponível para coligações pós-eleitorais: “Os acontecimentos gravíssimos das últimas semanas têm consequências para o futuro”.

Manuel Pizarro acusou Rui Moreira de ficar “aprisionado” às decisões da sua comissão política que é “um grupo de pessoas que não é muito conhecido”. O socialista tinha dito na sequência da entrevista de Ana Catarina Mendes ao Observador — num momento em que ainda queria segurar o acordo — que percebia que “que quem lidera um movimento genuinamente independente não queira aceitar que um partido se aproprie do seu resultado“.» [Observador]
   
Parecer:

O casamento com os populistas de direita do Porto nunca se deveria ter realizado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
  
 Putin oferece-se para ajudar Trump
   
«O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que está "preparado para entregar a gravação" da conversa entre o seu ministro Serguei Lavrov e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusado de divulgar informações secretas.

"Se a administração norte-americana autorizar, estamos preparados para entregar a gravação da conversa entre Lavrov e Trump ao Congresso e ao Senado dos Estados Unidos", disse Putin numa conferência de imprensa em Sotchi com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.

A imprensa norte-americana noticiou esta semana que nessa reunião, realizada há sete dias na Sala Oval, na Casa Branca, Trump revelou informação classificada ao ministro dos Negócios Estrangeiros e o embaixador da Rússia em Washington, Serguei Kislyak.» [Expresso]
   
Parecer:

A coisa está a ficar feia, por este andar ainda vamos ver Putin a oferecer-se para comprar um apartamento na Trump Tower.
    
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão a Putin.»