sexta-feira, maio 19, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Rui Moreira, deputado populista de direita de boas famílias do Porto

A rapidez com que a CMP disparou com processos judiciais como se uma mera acusação em tribunal fosse uma água benta capaz de purificar a imagem de um político só revela nervosismo, tanto quanto se leu no Público não há nenhuma acusação direta ao autarca, simplesmente sugere-se que a cidade foi vítima de uma tentativa de pilhagem por parte da sua família.

Se o autarca quer fazer prova da sua honestidade deve fazê-lo e é isso que se exige de um político populista que sobrevive à custa da falta de confiança nos políticos que ele próprio promove com a sua partidofobia. Rui Moreira deve provar que está tudo bem com as suas decisões e com o comportamento ético da sua família.

«A deputada comunista Rita Rato defendeu esta quinta-feira que "é preciso mais salário e menos horário" em resposta a uma deputada do PSD, numa declaração política no parlamento, após acusar o anterior Governo de fragilizar os trabalhadores.

"É preciso mais salário e menos horário", afirmou, depois de reiterar a necessidade de garantir as 35 horas [de trabalho semanal] a todos os trabalhadores, seja da administração pública, seja na redução de horários de trabalho para as 35 horas, sem perda de remuneração nem de outros direitos, no setor privado como contributo para criar postos de trabalho e combater o desemprego".

A social-democrata Mercês Borges e o democrata-cristão Filipe Anacoreta Correia tinham criticado a postura de PCP e dos outros partidos com acordos bilaterais com o PS (BE, PEV) por não levarem as suas iniciativas à prática, dada a sua proximidade do poder.» [Expresso]

 Sindicalista sui generis

Faço minhas a palavras escritas pela Joana Lencastre na caixa dos comentários, com sindicalistas destes proponho que o Estado passe a integrar uma associação patronal, talvez assim os trabalhadores tenham alguém que os defendam e não quem atribua os males a erros humanos:

«Este pobre diabo foi ontem à AR acusar os trabalhadores da AT. Se, como ele disse, se tratou de erro humano e não erro do sistema informático, então o erro é dos trabalhadores que com ele operam. Mas esses trabalhadores deveriam ser quem ele representa e aqueles que devia defender. Que grande sindicalista este! E o pior é que todas as pessoas ouvidas na AR disseram que se tratou de um problema do sistema informático. Só o representante dos trabalhadores é que vem acusar os trabalhadores que devia representar e defender.»

Imaginem o Mário Nogueira a dizer que o insucesso escolar ou os problemas no arranque escolar são culpa dos professores e uma consequência dos seus erros humanos. E porque não dizer que para a falência do BES também, concorreram erros humanos dos seus administradores e altos responsáveis, senão mesmo de empregados de balcão que andaram a vender gato por lebre?

Tudo no mundo resulta ou de um acidente natural ou de um erro humano. Abram-se processos disciplinares a todos os funcionários do fisco que cometem erros humanos!

 Coisa estranha

Ainda não estão a investigar eventuais ligações de Sócrates com Temer.

 Deus te pague Passos Coelho



Um investimento que devemos agradecer ao anterior governo. Só resta saber se temos de o agradecer a Gaspar ou à Maria Luís, ao Sôr Álvaro ou ao Pires de Lima, se ao Portas ministro ou ao Portas vice-ministro e coordenador das pastas económicas, ao Passos Coelho que de antes da Troika ou ao Passos Coelho de depois da Troika. Uma coisa é certa, tudo o que de bom aconteça a Portugal temos de o agradecer ao anterior governo e às suas reformas.

      
 Qual é o partido de Rui Moreira?
   
«Diferendo entre empresa familiar do autarca e câmara do Porto. Inevitavelmente, Rui Moreira terá de fazer uma opção e escolher um partido: o seu ou o da cidade.

A investigação que o PÚBLICO hoje revela acrescenta um pormenor nada despiciendo ao diferendo que opõe a empresa familiar de Rui Moreira e a câmara do Porto, presidida pelo mesmo: uma parcela de 1621 dos 2400 metros quadrados do terreno em causa não pertence, afinal, à Selminho, mas sim ao domínio público.

A Selminho e autarquia mantêm um diferendo sobre a possibilidade de construção de um terreno na escarpa da Arrábida, no Porto, que a câmara começou por reconhecer e que depois optou por invalidar. A primeira não quis ser indemnizada por os direitos de construção lhe terem sido negados, a segunda concordou com a criação de um tribunal arbitral. Só que, como Rui Moreira está hoje duplicado neste imbróglio, as duas fazem parte da mesma moeda. A incompatibilidade entre Dr. Jekyll & Mr. Hyde não é confortável para ninguém. E muito menos para quem rejeita o discurso político da “mercearia”.

Desde Dezembro passado que o autarca sabe (ou deveria saber) que uma informação técnica interna concluiu que a câmara não deve reconhecer direitos de construção à empresa pela simples razão de que os terrenos em causa são do domínio público e deveriam ser desafectados para esse fim. O que fará o presidente de câmara? Vai assumir a luta pela propriedade em nome da cidade. E o que fará o accionista da Selminho? Vai bater-se pela propriedade que adquiriu e pela recuperação dos direitos de construção ou uma indemnização?

Com a sua surpreendente eleição em 2013, Rui Moreira foi criando, paulatinamente, um modelo de “autarca independente” — suprapartidário —, para quem a cidade é o seu, o “nosso partido”. Um partido que nem é de direita, nem é de esquerda, que tanto pode ser apoiado pelo PS como pelo CDS-PP, e que serve de exemplo a outros movimentos independentes. Antes da separação formal (do apoio informal) do PS, ninguém diria que a reeleição do actual presidente não fosse um plebiscito no próximo dia 1 de Outubro. Há factores que contribuem sobremaneira para que não seja assim: Moreira hipotecou 23 por cento de possíveis votos, o resultado socialista de há quatro anos, e os contornos do caso Selminho ameaçam ser mais do que uma simples disputa judicial. Ou uma arma de arremesso tóxica para uma campanha menos escrupulosa. Inevitavelmente, Rui Moreira terá de fazer uma opção e escolher um partido: o seu ou o da cidade.» [Público Editorial]
   
Autor:

Amílcar Correia.



 Marcelo releu os cenários macroeconómicos do PS
   
«O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quinta feira, que “é uma hipótese que não está afastada” Portugal conseguir este ano um crescimento económico à volta de 3,2% e um défice de 1,4%.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu estes números à conversa com deputados croatas, em Zagreb, a propósito da evolução da situação económica e financeira em Portugal, num momento de recolha de imagens, captado pela RTP.

Mais tarde, questionado pela RTP sobre onde foi buscar aqueles dois dados, o Presidente da República respondeu: “Eu disse que é uma hipótese que não está afastada o poder haver uma evolução positiva da economia, se ela vier de trás, que aponte para a confirmação destes números”.» [Observador]
   
Parecer:

Acontece que os cenários macroeconómicos do grupo de economistas liderados por Mário Centeno previa um crescimento económico de 3,1%. Na altura todos se riram do Mário Centeno.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se onde andam os economistas do PSD que na ocasião apoiaram Passos Coelho.»


      
 Mestre Madureira
   
«A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) vai analisar o projeto de mestrado de Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, avança a “Visão”.

Em causa está um pedido feito esta quinta-feira pelo reitor do Instituto Universitário da Maia (ISMAI), Domingos Oliveira Silva, na sequência de um artigo da revista que dava conta do percurso académico exemplar de Fernando Madureira, que concluiu o mestrado em Gestão de Desporto com 17 valores.

O reitor solicitou “um procedimento inspetivo” à IGEC, alegando que a exigência e o rigor foram sempre o primeiro objetivo da instituição” e que não quer que subsistam quaisquer dúvidas neste processo.

Domingos Oliveira Silva quer que sejam esclarecidos os procedimentos utilizados no projeto e aferidos os erros de português apontados no artigo da “Visão”.» [Expresso]
   
Parecer:

Teremos uma nova escola de Drs Relvas?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
  
 Uma deputada muito generosa
   
«A deputada comunista Rita Rato defendeu esta quinta-feira que "é preciso mais salário e menos horário" em resposta a uma deputada do PSD, numa declaração política no parlamento, após acusar o anterior Governo de fragilizar os trabalhadores.

"É preciso mais salário e menos horário", afirmou, depois de reiterar a necessidade de garantir as 35 horas [de trabalho semanal] a todos os trabalhadores, seja da administração pública, seja na redução de horários de trabalho para as 35 horas, sem perda de remuneração nem de outros direitos, no setor privado como contributo para criar postos de trabalho e combater o desemprego".

A social-democrata Mercês Borges e o democrata-cristão Filipe Anacoreta Correia tinham criticado a postura de PCP e dos outros partidos com acordos bilaterais com o PS (BE, PEV) por não levarem as suas iniciativas à prática, dada a sua proximidade do poder.» [Expresso]
   
Parecer:

Quem lê a exigência da deputada do PCP só pode pensar que apareceu mesmo petróleo no Beato, com um país enterrado numa crise financeira, a precisar de criar emprego como de pão para a boca e com problemas de competitividade e de confiança dos investidores a generosa deputada propõe que se atire gasolina para apagar a fogueira.

De um dia para o outro o país vive em fartura, o Mário Nogueira pede a reforma aos 36 anos para os do seu sindicato, a deputada Rita sugere reduções do horário de trabalho complementada com com um aumento salarial. Será mesmo verdade, ou terei imaginado a notícia?

A generosidade é tanta que qualquer trabalhador minimamente esclarecido manda a senhora ter juízo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a senhora ter juízo.»

 Tiro no porta-aviões Bruno de Carvalho
   
«José Vicente Moura apresentou a demissão “irrevogável” da direcção do Sporting, onde ocupava o cargo de vice-presidente responsável pelas modalidades. O antigo presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) confirmou ao PÚBLICO esta decisão, tendo entregue na última quarta-feira uma carta a Jaime Marta Soares, presidente da mesa da Assembleia Geral, a comunicar a decisão e a justificá-la por aquilo que entendeu serem “críticas implícitas” de Bruno de Carvalho à sua gestão das modalidades “leoninas”.

“Há pouco mais de um ano, tive um grave acidente de saúde. Mas entendi que devia continuar com as modalidades, o que é muito exigente e eu não podia ter muitas emoções. São 52 modalidades e ia mais ou menos tomando conta delas. Perante uma crítica implícita a mim próprio do presidente, tomei esta decisão e os sócios e adeptos pensarão o que entenderem”, disse ao PÚBLICO Vicente Moura.

Esta decisão surge na sequência de um comunicado de Bruno de Carvalho na rede social Facebook em que o presidente “leonino” deixou algumas críticas às modalidades do clube. “A cada mau resultado lá vem a onda de apoio aos ‘meninos’. Nas modalidades é confrangedor. Perdemos jogos e lá estão as bancadas a aplaudir os ‘seus meninos’ e a acarinhá-los. Neste Clube, treinadores e atletas têm como missão dar-nos bons momentos e evitar os maus”, escreveu Bruno de Carvalho.

“Tenho um entendimento diferente. Depois de uma derrota, devemos reunir forças, não atacar e penalizar as pessoas que perdem”, reforçou Vicente Moura, que integrava a direcção de Bruno de Carvalho desde 2013, e com quem, acrescenta o comandante, sempre teve uma boa relação.» [Público]
   
Parecer:

A coisa está a ficar feia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reserve-se lugar na primeira fila.»

 A vingança serve-se fria
   
«Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal brasileiro que lhe fossem entregues as escutas que alegadamente o compromete. Segundo o Estadão, o conteúdo dessas gravações será determinante para a decisão que o Presidente vai tomar. Com a pressão a aumentar, Temer está agora em contrarrelógio.

Recorde-se que o jornal brasileiro O Globo noticiou na quarta-feira que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual o Presidente brasileiro, Michel Temer, o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.» [Observador]
   
Parecer:

É o que merece este traste do Temer. Se quer ouvir as escutas é porque não está certo do que disse.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo trambolhão.»