Enquanto se queixam da suposta asfixia democrática alguns dirigentes do PSD dedicaram os últimos anos à intriga, com Pedro Santana Lopes chegou mesmo à difamação, aproveitando e ampliando os boatos sobre a suposta homossexualidade de José Sócrates. Manuela ferreira Leite chegou ao ponto de se apresentar às eleições legislativas com um programa mais pobres do que as instruções de uma máquina de lavar.
Cavaco Silva é um bom exemplo deste PSD nascido das ruínas da sua governação, é um presidente vazio, que está mais preocupado com o que dizem as sondagens acerca da sua pessoa do que com o país, falou bem das reformas quando estas eram elogiadas, deixou de as apoiar quando apareceram as manifestações. É um Presidente da República que só sabe dizer que está preocupado e, em regra, está preocupado quando deseja tirar o tapete ao primeiro-ministro.
Não admira que num PSD de golpes baixos um dos candidatos tenha andado a desmentir o seu interesse na liderança do partido para depois aproveitar o palco do Parlamento, onde estavam mais jornalistas portugueses do que deputados europeus, para desferir um ataque ridículo ao seu próprio país. Temos agora um candidato a líder do PSD que resolveu o seu complexo de inferioridade à custa do país e que dá um golpe baixo no outro candidato da sua área política, anunciando a sua candidatura de surpresa para se antecipar à anunciada candidatura de Aguiar-Branco. Paulo Rangem é alguém que sabe que é pequeno e que precisa de recorrer a truques para se superiorizar aos adversários, é um bom exemplo desta cultura de “picareta falante” que se instalou neste partido.