segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Palácio dos Marqueses de Fronteira

IMAGEM DO DIA

[(Mast Irham/European Pressphoto Agency)]

«FLOODED OUT: A boy stood in front of his flooded house in Jarkarta, Indonesia, Friday. The overflowing Ciliwung River has caused at least 1,000 people to be displaced, according to local media.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Paulo Rangel

Aceita-se que por questões de estratégia pessoal, queria enganar Aguiar-Branco, o candidato à liderança do PSD tenha desmentido a intenção de se candidatar. O que não é aceitável é que nos venha fazer passar por parvos dizendo agora que não o fez.

Vale a pena ir AQUI e ouvir o que dizia Paulo Rangel em relação à candidatura de Elisa Ferreira à CM do Porto. Este homem nem é nada mentiroso ou incoerente, diz e faz o que mais lhe interessa em cada momento.

COM A TÃO NOSSA E QUERIDA ILHA

«O que aconteceu ontem é simples de dizer e doloroso: aconteceu uma tragédia a Portugal. Morreram 32 portugueses. Campos nossos foram arrasados. Pequenas vilas ficaram isoladas. Uma nossa cidade, por sinal a mais bela cidade de Portugal, foi invadida por lama. Janelas debruadas como há séculos os portugueses sabem fazer e espalham pelo mundo fora (Lubango, São Luís do Maranhão, Honolulu...) - e quem mais as espalhou foram os filhos desta cidade, e fizeram delas uma marca de Portugal -, janelas dessas, foram afogadas pelas enxurradas. Nessa nossa cidade de telhados vermelhos, paredes brancas e persianas verdes, ontem era tudo cinzento e castanho, da montanha ao mar. As torres vigias que em tantas casas se erguem para espreitar o mar, de onde chegavam os corsários e por onde partiam os mais cosmopolitas de nós, surpreenderam-se porque, ontem, o que acontecia vinha do lado contrário. Esse nosso pedaço de Portugal é pequeno e aos seus rios chama ribeiras, nome dramaticamente irónico, ontem, tal a força das águas revoltas que carregaram automóveis até à baía. Aquele nosso Portugal tem nome próprio, aqueles nossos portugueses têm um nome particular, uma fala particular, aquela nossa bela cidade tem nome - mas hoje só me apetece dizer o essencial: estou a falar de nós.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

DOIS IRMÃOS

«Hoje faz anos o meu irmão Paulo, que é o melhor amigo que tenho desde que ele nasceu: tinha eu um ano e picos e ele praticamente zero.

No PÚBLICO de anteontem, Isabel Coutinho contava a conferência que Christopher Hitchens deu na Casa Fernando Pessoa, realçando que o herói pessoal dele não era tanto Pessoa como Eça de Queirós. Fugiu às manifs de 1974 e 75 para ir ver Sintra. Esta Sintra que é sintrense e não queiroziana. Eça, sim, é que era sintrense, como toda a gente que aqui passa mais do que um mês.

O irmão de Christopher Hitchens chama-se Peter Hit-chens e é um reaccionário-robô, sem imaginação ou esperança, que escreve estúpidas profecias apocalípticas no Daily Mail. Christopher é amaldiçoado pela esquerda trotsquista que o formou por ter ideias malquistas sobre as benquerenças ideológicas da esquerda sobre o Islão, o Irão e a invasão do Iraque.

São irmãos amigos, apesar daquilo que os separa e os une. No aniversário do meu irmão, e não obstante a nossa concordância ideológica em tudo, acho que é a liberdade e o livre-arbítrio e a aleatoriedade de qualquer opinião que os une. Cada um é como é; diz o que tem a dizer; não se deixa atingir por isso. É isso a irmandade e é esse o princípio e o fim da liberdade e da democracia.

Pessoa era um pouco fascista (como Peter H) e Eça era muito cosmopolita (como Christopher H) mas, mesmo assim, Pessoa e Eça, tal como Lisboa e Sintra, estavam menos ligados um ao outro do que estão dois irmãos.» [Público]

Parecer:

Por Miguel Esteves Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A HORA DOS ABUTRES

«Os madeirenses que vivem na Baixa do Funchal tentam reorganizar a vida, depois de verem casas inundadas, carros albaroados, estradas e pontes destruídas. Os que moram nas zonas altas nem querem imaginar o que vão encontrar quando descerem a encosta até à Marina. E há quem aponte o dedo às opções urbanísticas, como os ambientalistas.

"A forte pluviosidade contribuiu para o que aconteceu, mas não é a única causa. Há um agravamento da situação devido aos erros do ordenamento do território que se têm cometido na ilha, em participar na costa sul que é a zona onde reside mais de um terço da população", critica Hélder Spínola, dirigente da Quercus na Madeira.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Sempre que sucede uma estratégia aparece de seguida uma procissão de abutres, especialistas das mais diversas matérias, ambientalistas de vários matizes e políticos menores, para aproveitarem a ocasião para ganharem contratos, minutos de televisão ou alguns votos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

PINTO MONTEIRO MENTIU?

«Durante os últimos meses, o procurador-geral da República recusou (até ao grupo parlamentar do PSD) o acesso aos despacho de arquivamento ao crime de atentado contra o Estado de d ireito, alegando que os documentos continham escutas entre Armando Vara e José Sócrates, mandadas destruir pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento. E, caso as revelasse, estaria a violar a decisão de destruição. Porém, num dos despachos em causa, a que o DN teve acesso, em lado algum aparecem as conversas entre Sócrates e Vara.

Aliás, na página 3 do despacho de 18 de Novembro, cujas conclusões foram reveladas esta semana pelo DN, Pinto Monteiro revela que nem levou em consideração as escutas entre Vara e Sócrates que, conjugadas com as restantes já conhecidas, levaram o procurador João Marques Vidal e o juiz de instrução António Costa Gomes a considerar que estava em causa um crime de atentado contra o Estado de direito.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Parece que agora só os jornalistas podem mentir.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pinto Monteiro não precisava de mentir para recusar a divulgação dos despachos.»

RANGEL MENTE EM ENTREVISTA AO DN

«Quando três semanas antes garantia que não seria candidato…

Não, peço desculpa! Nunca garanti três semanas antes que não seria candidato. O que fiz foi desfazer uma intriga, a de que seria o dr. Durão Barroso que me teria convencido a avançar, eu isso não disse. Eu disse sim, em Outubro, num cenário completamente diferente, com uma situação do País totalmente diversa, que não seria candidato e que preferia exercer o meu mandato no PE.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Paulo Rangel mente de forma despudorada como se pode constatar na sua declaração que pode ser ouvida AQUI!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Grande mentiroso!»

EXTREMA-DIREITA AO LADO DAS BOAS FAMÍLIAS

«Quando a cabeça da "manif" ali chegou, as palavras de ordem subiram de tom dos dois lados. Da avenida gritava-se: "Casamento é homem e mulher!"; do passeio respondia-se: "Eu amo quem quiser, seja homem ou mulher!". O grupo de 13 motards da Associação de Motociclistas Cristãos que desfilava na massa humana de 10 mil pessoas - segundo Isilda Pegado, da organização; a PSP falava informalmente em apenas cinco mil - acelerou a fundo, criando um barulho ensurdecedor. E depois foram os insultos fortes da dezena e meia de rapazes da Acção Nacional, empunhando bandeiras negras, enquanto os defensores do casamento gay lhes acenavam e mandavam beijos. Só não houve zaragata porque os agentes da SIR acorreram à beira do passeio, segurando os jovens de negro - no final, escoltaram o grupo de volta ao Marquês de Pombal, pelo lado oposto da avenida.» [Público]

Parecer:

Era de esperar, cá por mim recebi convites do PSD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Manuela Ferreira Leite se agora o PSD une forças com a extrema-direita.»

IGOR LIHOVIDOV

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