domingo, novembro 11, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Azulejos do Palácio dos Marqueses de Fronteira, Lisboa

IMAGEM DO DIA

«An Australian zookeeper faces off with "Coochie," an 18-month-old salt water crocodile. Coochie is a resident of the Lone Pine Koala Santuary in Brisbane, Australia. » [Spiegel Online]

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

O Jumento soube que Paulo Portas não vai esconder as 61.893 fotocópias e documentos que trouxe do seu gabinete do ministério da Defesas, vai divulgá-las sob a forma de vídeos na sua página do Youtube.

JUMENTO DO DIA

O PGR terá medo de Paulo Portas

O Procurador-Geral da República sabe muito bem que 61.893 é papel a mais para que sejam apenas notas produzias durante três ano e que não são propriamente fotocópias dos livros de ponto do ministério da Defesa pois nos gabinetes não há nada disso. Sabendo-se do carácter secreto de uma boa parte dos documentos que passam pelo gabinete de um ministro da Defesa e tendo conhecimento de escutas onde na noite eleitoral Paulo Portas dizia a Nobre Guedes pata fotocopiar o que havia para fotocopiar e ainda justificava a sua presença no Parlamento com as vantagens da imunidade parlamentar, seria de esperar que se interessasse pelo assunto. Para isso bastaria o facto de alguns desses dossiers conterem a indicação "confidencial".

O PGR terá medo de Paulo Portas?

OS SENHORES DAS SECRETAS

Os "senhores das secretas" são uma classe especial que existe em Portugal, personagens que tiverem poder sobre as diversas secretas, todos temos um pouco medo deles. Receamos que quando abandonaram os gabinetes do poder possam ter trazido com eles informação secreta bem como sobre a vida de cada um, receamos também que os que promoveram quando mandaram nas secretas tenham mais lealdade ao padrinho do que ao Estado.

Todos os portugueses sabem quem eles são, são gente que mesmo depois de abandonarem a política continuam com tanto poder que até temos medo dos amigos familiares e vizinhos. No fisco há um que foi chefe de gabinete de um destes senhores das secretas de quem muita gente tem medo, diz-se que ainda hoje tem o que quer das secretas.

Até quando a democracia portuguesa vai suportar e aturar tanto mafioso que enriquece à custa do poder contribuindo para a pobreza colectiva? Está na hora de deixar de ter medo destes miseráveis e começar a denunciá-los!

O AZAR DO EXPRESSO

Na mesma semana em que saiu a sorte grande à Galp com a descoberta de jazidas petrolíferas na costa brasileira o Expresso nomeia o seu presidente como "personalidade menos" da semana. Imagino que o presidente da Galp e os seus accionistas ficaram muito preocupados com a escolha do Expresso.

FANTASMA DE SÃO BENTO

«1 O regresso de Pedro Santana Lopes às luzes da ribalta política teve qualquer coisa de profundamente deprimente. Estava a olhar para algumas das figuras da bancada atrás dele, a pensar na intensa promoção mediática feita à volta do seu anunciado “duelo” com José Sócrates e a meditar em como muitos portugueses resistem a aceitar a ideia de que há um tempo para as brincadeiras e um tempo para tratar do país a sério.

Santana Lopes teve demasiado tempo para tratar das suas brincadeiras e o país pagou por isso mais do que devia. Enquanto ele se limitou a animar debates televisivos e congressos do PSD ou a participar nos programas inventados pelo Albarran em que fingia ser primeiro-ministro, ainda vá que não vá. O problema foi quando se confundiu brincadeira com coisas sérias e quando lhe deram responsabilidades que envolviam trabalho, estudo, dedicação total - primeiro a gerir Lisboa, depois na inacreditável unção como primeiro-ministro, que hoje ainda me custa a acreditar que possa ter acontecido.

Há tempos li que o PSD estava com um problema entre mãos: que lugar dar a Santana Lopes. Discutia-se se o de líder parlamentar, deputado europeu ou re-candidato à Câmara de Lisboa. Escolheram o de líder parlamentar (ele que havia dito que para a Assembleia não regressaria, porque não tinha vocação parlamentar). Confirmei assim que a questão não está, nunca esteve, em saber como pode Santana servir o partido e o país, mas como podem o partido e o país servir Santana. E, visto que ele só sabe fazer política, ou o que imagina como tal, temos todos, que lhe pagamos o ordenado, um problema eterno entre mãos: como o manter ocupado à medida das suas ambições de protagonismo, sem que isso se vire contra nós.

A estreia do ressuscitado Santana Lopes como líder parlamentar do PSD, e logo no debate sobre o Orçamento, foi, como seria de esperar, para lamentar. O homem continua a sustentar que chefiou um grande governo, que fez coisas maravilhosas e que a sua demissão foi uma “novela”. Dois anos e meio depois, ainda não interiorizou que chegou a S. Bento sem ir a votos e através de uma manobra maquiavélica desse florentino Durão Barroso, e que, na primeira oportunidade que lhes deram, os portugueses varreram-no do poder, sem dó nem piedade. Há gente assim, capaz de atravessar a vida com um sentimento de absoluta impunidade, como se não houvesse um tempo para brincar e um tempo para levar as coisas a sério e como se a sua diletante irresponsabilidade não causasse danos a terceiros. Ao escolhê-lo para chefiar um debate onde se impunha discutir as alternativas à política económica do Governo, o PSD mostrou que não aprendeu nada com as lições dos últimos anos. Que acredita que as pessoas podem continuar a ser eternamente aldrabadas com jogos circenses de demagogos profissionais, que reduzem a política ao que de pior ela tem. José Sócrates agradece, o país não.

2 Pacheco Pereira tem toda a razão: o pacto de dez anos proposto por Luís Filipe Menezes a José Sócrates, quanto às grandes obras públicas, é uma proposta indecorosa. Traduzida por miúdos, quer dizer o seguinte: “Independentemente de saber quem vai ganhar as eleições nos próximos dez anos, vamos pôr-nos de acordo em satisfazer os nossos comuns clientes e financiadores, para que eles tenham a segurança de saber que, seja quem for, os seus negócios estão seguros com qualquer um de nós”. Justamente o que seria de esperar de um partido que quer liderar a oposição e ser a principal alternativa de governo era que tivesse uma atitude diferente perante esse regabofe dos grandes negócios com o Estado. Se assim não for, as eleições servirão apenas para mudar o titular da conta no livro de cheques.

3 Os sindicatos da Função Pública caminham alegremente para mais uma “greve nacional” - coisa a que eles ligam imensa importância e o grosso dos portugueses nenhuma. Os tempos mudaram e vão mudar ainda mais, mas há quem se obstine em não o entender. O Estado português cativa e gasta metade da riqueza produzida no país pelos que investem e trabalham. Nestes últimos três anos, a luta pela diminuição do défice tem sido assegurada unicamente com o esforço destes: o Estado continua a gastar o mesmo, enquanto exige cada vez mais ao sector produtivo do país. E o grosso da despesa do Estado tem que ver com o pagamento dos salários e reformas aos seus servidores. É claro e legítimo que os funcionários públicos gostassem de receber aumentos acima da taxa de inflação. Há uma maneira de o tentarem: largar o Estado e lançarem-se por conta própria ou no mercado de trabalho do sector privado (onde, todavia, há muita gente que há anos que não é aumentada acima da inflação). Mas, cá fora, não existe a mesma segurança laboral, a mesma facilidade de ‘baixas’, as mesmas progressões automáticas por antiguidade, as mesmas condições de aposentação. Correm-se muito mais riscos, e, por isso, umas vezes sai-se a ganhar, outras não. Como em tudo na vida, é preciso escolher: não se pode ter a segurança do Estado e a recompensa equivalente a uma carreira bem sucedida no sector privado.

Pior ainda, o travão das despesas rígidas do Estado leva-o, em desespero orçamental, à tentação de privatizar tudo o que é essencial para justificar a própria existência de um sector público na economia. E com resultados que, uma vez mais, são pagos pelos contribuintes. Privatizou-se a electricidade e saiu-nos mais caro; privatizaram-se as telecomunicações e pagamos mais; privatizaram-se as estradas e pagamos mais; privatizou-se a saúde e não vimos resultados. Agora, querem privatizar a água e já se adivinha o resultado. Qualquer dia, acordamos e deparamos com um Estado que já não presta serviços públicos, mas que continua a cobrar os mesmos impostos, a fazer a mesma despesa e a dispor da mesma legião de funcionários.

4 Quinze pessoas morreram porque um ligeiro abalroou um autocarro numa zona da A-23 sem qualquer perigo e em condições de circulação ideais. Fez-se um teste de álcool e de droga à condutora, que acusou negativo; procuraram-se indícios de excesso de velocidade, mas sem resultado. Mesmo assim, escreveram-se os inflamados artigos do costume sobre a mortandade rodoviária e o Governo tratou de anunciar maior repressão sobre o excesso de velocidade e o consumo de álcool ao volante. À preguiça comodamente instalada não ocorreu considerar a hipótese de que o acidente se possa ter ficado a dever à mais comum causa de morte nas estradas portuguesas: a inépcia ao volante. Sucede que, apesar dessa figura de estilo chamada exames de condução, nem toda a gente está habilitada a conduzir um carro. Recusando aceitar esta evidência, procura-se sempre uma causa externa que possa justificar os acidentes e, quando não há, remete-se invariavelmente para o excesso de velocidade. E como a má condução não constitui infracção, quando nem o excesso de velocidade se consegue provar, a culpa morre solteira e o condutor segue em frente. As estradas de Portugal estão cheias de condutores que causaram acidentes e mortes por simples inépcia e que continuam tranquilamente a conduzir.

Há anos que eu defendo isto: que o cadastro rodoviário tenha por base os acidentes causados e não as infracções cometidas. Para que não se tire a carta a quem estacionou na passadeira de peões ou foi flagrado numa auto-estrada deserta a 150 à hora, e se mantenha ao volante quem deixou para trás mortos e feridos, sem contudo ter cometido qualquer infracção. Mas para isso era necessário que, em vez da caça à multa, que dá dinheiro à polícia e ao Ministério das Finanças, o objectivo primeiro passasse a ser o de retirar das estradas os condutores perigosos.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Miguel Sousa Tavares tem tanta consideração por Santana Lopes como eu.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

FICO PERPLEXO

«Anos atrás, o Governo de Portugal decidiu construir um aeroporto internacional na Ota. Trata-se de um grande investimento de interesse público, com enormes implicações. Em função dessa decisão, muitas entidades decidiram investimentos, planearam e fizeram projectos, adquiriram terrenos, firmaram contratos. A decisão foi suspensa, recentemente. Compreendo a revolta de quem viu tornar-se o Governo do seu país um factor de incerteza. Estimulou-se a realização de novos estudos. Cometeu-se ao LNEC a elaboração de um parecer técnico final, comparando as diferentes propostas de localização. Para um espírito mais cartesiano, isto significa que o LNEC teria a penúltima palavra e, no momento próprio, o Governo seria, naturalmente, o último a falar. Não é o que acontece. De tempos a tempos, alguém se encarrega de enfatizar que a decisão será política. Pretende-se o quê? Lembrar o óbvio? Arrefecer novos entusiasmos? Diminuir a importância dos estudos, dos seus autores e do próprio LNEC? Ir dando a entender que a decisão estava, e está tomada? Mesmo que tudo isto seja verdade, não seria preferível, serenamente, esperar pelo momento próprio? Não bastará de falta de confiança e de instabilidade?» [Expresso assinantes]

Parecer:

Uma pergunta óbvia de Daniel Bessa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

RETRATO DE UM LÍDER QUE NÃO SABE SAIR DE CENA

«O principal problema de Pedro Santana Lopes é que nunca entendeu que, em qualquer profissão - político, advogado, jogador de futebol, pedreiro, pintor, e por aí adiante -, o sucesso nunca se consegue só com base no talento natural, exige sempre muito trabalho e muito suor. Trabalho a sério, não apenas "dicas" deixadas cair para os jornais informando que, desta vez, se iria dedicar aos dossiers. É mesmo necessário fazê-lo.

Quem se recorda das prestações televisivas de Santana Lopes, em especial quando se estreou contra António Vitorino, recordar-se-á que muito raramente, ou quase nunca, era o antigo primeiro-ministro a iniciar o debate. Como isso me intrigava, tratei de confirmar o que a intuição me dava como explicação: a palavra era dada primeira ao socialista porque este tinha, por regra, algo a dizer; Santana ouvia, tomava umas notas, afinava o radar e concordava ou discordava recorrendo a meia dúzia de banalidades ou números de circo. De substancial quase nada se retirava do que dizia.

Bem treinado, muito rodado, hábil com a palavra, com aquele ar de enfant gatté que tem o dom de encantar uma parte dos eleitores, foi vivendo, umas vezes melhor, outras pior, enquanto tais tiradas lhe serviam e não tinha de passar pela prova da vida de um político: governar. Quando essa altura chegou, sabe-se como tudo acabou. Não se toma conta de uma grande câmara como a de Lisboa nem se pode assumir o lugar de primeiro-ministro esperando que o dom da improvisação substitua uma boa equipa e muito trabalho. O talento natural de Santana disfarçou durante muito tempo o seu amadorismo, mas no tempo da política profissional, sobretudo no tempo da política-espectáculo pensada e preparada ao milímetro, revelou-se um amador amargo e precocemente envelhecido.» [Público assinantes]

Parecer:

O editorial do Público diz que o problema de Santana é não ter muita vocação para trabalhar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A GESTÃO AUTÁRQUICA NO SEU MELHOR

«Fátima Felgueiras, a presidente de câmara que responde em tribunal por 23 crimes, no caso conhecido como “saco azul de Felgueiras”, está a receber apoio da autarquia para custear as despesas jurídicas da sua defesa. Documentos que o CM consultou demonstram que a autarca e a sua equipa de advogados já receberam 200 mil euros dos cofres da autarquia, enquanto Júlio Faria, ex-número dois de Felgueiras, recebeu 43 mil euros e Horácio Costa, também ex-vereador, terá direito a cerca de 40 mil. Há outros vereadores cujas defesas também estão a ser custeadas pelos cofres autárquicos, em quantias que o Correio da Manhã não determinou.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Que mais parará a câmara de Felgueiras.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à famosa autarca se a sua viagem ao Brasil também foi paga a título de ajudas de custo.»

MENEZES 1 - O SANTANA LOPES

«Um dirigente do PSD afecto a Menezes disse ao DN que a vitória de Carreiras pode vir a ter o mérito de "unificar" o partido em Lisboa. Isto porque a sua lista incluiu elementos de todas as facções internas. O novo líder da distrital do PSD foi apoiado, por exemplo, por dois pesos-pesados do menezismo: Ângelo Correia (presidente do Conselho Nacional do partido) e Arlindo Carvalho (vogal da Comissão Política Nacional). A mesma fonte considerou a derrota de Helena Lopes da Costa como uma derrota do santanismo. "O santanismo não tem tropas", afirmou.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Enfim, Santana dá cabo de Menezes no Parlamento e este vence-o na distrital de Lisboa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Veremos como vão desempatar.»

DIPLOMATAS CRITICAM MINISTRO

«"Recusamos a nomeação discricionária e política de pessoas fora da carreira diplomática para 18 vice-consulados" referiu ao DN Tadeu Soares, presidente da Associação Sindical dos Diplomatas (ASD).

Tadeu Soares confirmou que depois de esta semana a ASD ter tido uma primeira reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado - que referiu não ter conhecimento concreto do projecto de reforma dos consulados, um dossier gerido pelo secretário de Estado António Braga - está agendado para dia 16 deste mês um novo encontro.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Os diplomatas têm razão, o que o ministro pretende é criar lugares para boys.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Prepare-se o post já anunciado sobre o tema.»

INDEMNIZAÇÕES SERÃO FIXADAS EM FUNÇÃO DO IRS

«A atribuição de indemnizações a vítimas de acidentes de viação, ou aos seus familiares, vai ter regras mais objectivas. O Governo está a preparar legislação que obriga os tribunais a ter em conta os rendimentos do lesado declarados para efeitos fiscais. O IRS vai ser o critério preponderante. Se um rico declarar o ordenado mínimo e morrer num acidente sem nenhuma culpa, é nesse montante que o valor da sua vida será avaliado, ainda que, perante os juízes, outros rendimentos sejam demonstrados. Esta medida deverá ser aprovada até final de Junho de 2008, assegurou ao DN o Ministério da Justiça (MJ).» [Diário de Notícias]

Parecer:

Há claramente algum exagero pois nem todos os rendimentos constam da declaração de IRS.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Analise-se.»

JUAN CARLOS MANDA CALAR CHAVEZ

«Porque não te calas?», disse o monarca espanhol, dirigindo-se ao presidente da Venezuela, pouco antes do final da XVII Cimeira Ibero-Americana de chefes de Estado e de Governo que decorre em Santiago do Chile. » [Portugal Diário]

Parecer:

Já era tempo de alguém o mandar calar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Encomende-se uma rolha à medida de Chavez.»

PARA JERÓNIMO DE SOUSA CASO LUÍSA MESQUITA É UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

«O secretário-geral do PCP afirmou hoje que se vai manter firme no caso envolvendo a deputada e vereadora de Santarém Luísa Mesquita, salientando que «é uma questão de princípios»

«Não se trata de questões de amizade, respeitáveis em si mesmas, é uma questão política de fundo, é uma questão de princípios e, nesse sentido, continuaremos firmes», afirmou, em declarações aos jornalistas em Coimbra. »
[Portugal Diário]

Parecer:

A questão não está no princípio, está em saber quando chega o fim deste estranho processo em que apesar de tanta afirmação de princípios não há grande pressa para os aplicar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa qual a consequência de ser uma questão de princípios.»

REVOLTA NO PCP DE SANTARÉM?

«A quebra de confiança política e o processo de expulsão da deputada e autarca comunista Luísa Mesquita está a provocar uma guerra entre a direcção do PCP e seis dos sete presidentes de Junta de Freguesia da CDU naquele concelho. Alguns deles asseguraram ao Expresso que “se ela sair não sairá sozinha”. Só Vítor Alves, presidente da Junta de Almoster, discorda: “Sou igualmente militante e não me posso solidarizar com quem hostiliza os estatutos do PCP”.

Esta semana a coordenadora da coligação, organismo que integra os autarcas CDU daquele concelho, e que reúne na sede do PCP, foi convocada, mas Mesquita foi deixada de fora. Apenas um, Carlos Beja, militante do PCP e presidente da junta de Moçarria, esteve presente. Ainda assim para dizer que “sem Luísa Mesquita não faz sentido permanecer” naquele órgão. Beja confirmou ao Expresso que transmitiu a sua posição, embora admita que ela é partilhada pelos seus camaradas: “Tem sido ela a dar a cara no concelho pela coligação. Temo-nos reunido e é esse o sentimento de todos.” Nem todos, confirma Alves: com ou sem Mesquita “faz todo o sentido manter este órgão a funcionar”.» [Expresso assinantes]

Parecer:

No caso Luísa Mesquita o líder do PCP deu um tiro em cheio no pé.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa em que ponto está o processo de Luísa Mesquita.»

DEPOIS DE CASA ROUBADA TRANCAS À PORTA

«Dias após o triplo atropelamento no Terreiro do Paço, a Câmara inicia, na próxima segunda-feira, “uma operação de reforço das condições de segurança dos peões”, disse ao Expresso o vereador Marcos Peretrello. Trata-se da segunda iniciativa do género, depois das escolas, no início do ano-lectivo. Desta vez o alvo são os locais de Lisboa que em época natalícia atrairão ainda mais pessoas.» [Expresso assinantes]

Parecer:

A isto chama-se andar a reboque.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Marcos se está à espera de mais fatalidades para ter novas ideias»

RELAÇÃO ESTRANHA

«O tráfico não permite apenas aumentar os rendimentos, serve também para obter informações preciosas junto de funcionários de instituições públicas, como as Finanças e a Segurança Social. “Nas escutas é referido um funcionário da Segurança Social, mas não foi identificado”, diz uma fonte próxima do processo. Mas o Expresso sabe que este elemento de Lisboa fornecia contra droga informações que eram usadas para extorsão.» [Expresso assinantes]

Parecer:

á muito que o Elefante Branco é um importante serviço de finanças, local de paragem de alguns "senhores" o fisco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela investigação.»

NO ABRUPTO

Apoia Catalina o que pode ser como um gesto compreensível dado que restam poucas alternativas para a oposição senão mais um processo Casa Pia:

«Não me parece haver loucura especial nas palavras de Catalina Pestana e os que agora a tentam desacreditar foram alguns dos que a escolheram ou a aceitaram para as funções que exerceu. É verdade que essas palavras são diminuídas pelo clima de perseguição contra os políticos em geral para que o MP deixou descambar o processo Casa Pia cujas fragilidades são evidentes. Tanto se quis pescar de arrasto que se perdeu o foco nos primeiros peixes da rede, e há deficiências que Catalina aponta que não precisam de ser explicadas por qualquer conspiração, basta a negligência e a politização justicialista da investigação para as explicar. Mas, descontando tudo isto, alguma coisa sobra e é suficientemente grave para não ser coberta por qualquer manto de silêncio. O que Catalina Pestana diz, caso seja verdade, conduziria, em qualquer país civilizado, à queda do governo e à incriminação de todos os envolvidos naquilo que é, na verdade, o retrato de uma conspiração.»


E é ameaçado por Cunha Vaz:

«A carta, que recebi, no endereço do Abrupto, de António Cunha Vaz (para quem não saiba responsável pela agência de comunicação ligada à campanha de Luis Filipe Menezes) poderia ser perfeitamente devolvida ao remetente, em particular num blogue que tenta seguir critérios de direito de resposta ainda mais rigorosos do que os habituais nos órgãos de comunicação social e que evita uma linguagem e um tom de má educação e baixo nível. Não se percebe a que responde ou a quem Cunha Vaz responde (ou melhor percebe-se bem demais), e tem um tom pessoalmente insultuoso e ad hominem que por si só a levaria a seguir para o lixo.»

IZOTOVA NAT

ANDREI K

MZMZ

IRINA EGOROVA

TEKILA

HONDA

ADwork, Jakarta, IndonesiaCreative Director: S.Fadilah
Art Director: Syarif H
Copywriter: Dhany V
Photographer: Hengky

WORLD OBESITY DAY

Art Director: Filimonas Triantafyllou
Copywriter: Alex Esslin
Illustrator: fivebluewishes.gr

TAMPAX

Advertising Agency: Leo Burnett, France
Art Director: Carole Chaladus
Photographer: Vincent Dixon