quarta-feira, dezembro 07, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


 
Toutinegra-de-barrete-preto [Sylvia atricapilla], Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


 
Farol de Porto de Mós [A. Cabral]
    
Jumento do dia


Diogo Freitas do Amaral

Freitas do Amaral já fez de tudo um pouco, até já se manteve no parlamento contra a vontade do seu partido para ter o tempo necessário para ganhar a reforma miserável que é atribuída aos políticos. Já foi de direita, do centro e da esquerda, agora que vai ter um super tacho na GALP graças à intervenção governamental não admire que fale mal de Sócrates e dos seus governos.
 
É caso para dizer que este Freitas trabalha a petróleo.
 
«Diogo Freitas do Amaral afirma que não há outra hipótese senão "apertar o cinto para pormos as contas em ordem", sublinhando que "durante anos e anos se andou a gastar demais", numa referência ao Governo de José Sócrates.» [DE]

 Prendam o sacana do Sócrates!

    
 

 Preparem-se, a Europa está a morrer

«A União Europeia e o euro estão a morrer às mãos da Alemanha. Pela Alemanha nasceram, por causa da Alemanha arriscam a morte.

Hoje todos aceitam as directivas de Angela Merkel que Nicolas Sarkozy finge serem também da França. Estamos submergidos pelas dívidas e subjugados pelo terror do fim do euro. Mas a humilhação dos povos, pelos menos de alguns, paga-se.

As bolsas festejaram, as taxas de juro caíram e os líderes do outro lado do Atlântico respiraram de alívio. Mas tudo pode ser efémero. Pela actuação dos investidores e pelo que a história ensina dos povos europeus.

Os que ditam as regras do mercado, claro, reagem mais rapidamente que os povos. Ontem, ao fim do dia, a agência de "rating" Standard & Poor's revelava ao "Financial Times" a possibilidade de baixar o "rating" da Alemanha, França, Holanda, Áustria, Finlândia e Luxemburgo que hoje contam com a nota máxima (três A). Basta a França perder o valor de país sem risco para o mesmo acontecer ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) que está a angariar recursos para países como Portugal. No outro lado do Atlântico, onde se compreende muito bem como funciona a economia financeira, valem zero as conversas sobre revisões de tratados e regras de disciplina financeira que levam meses e são ditados por dois países em 17 ou 27.

Deste lado do Atlântico, quem conhece a Europa, sabe que a dupla Merkzozy traçou um caminho incerto para ganhar a batalha do colapso imediato do euro mas aprofundou ainda mais as feridas, abertas desde que esta crise começou em 2010, na soberania e na democracia dos países europeus e da União Europeia.

A Europa de Jean Monnet foi construída com os valores do respeito pelo outro, num tempo em que a Alemanha não era a grande Alemanha, mas a Alemanha saída da guerra - como este fim-de-semana lembrou Helmut Schimdt. Os tratados foram sempre revistos num ritual que respeita os valores da democracia e a diferença entre os povos. Nunca nasceram de reuniões entre a França e a Alemanha. Sim, a história conta que o euro nasce de um compromisso entre Paris de Miterrand e, na altura, Bona de Kohl. Eu, disse a Alemanha, concordo em partilhar a minha soberania monetária, e eu, disse a França, concordo com a unificação alemã. Mas nem por isso se deixou de construir um Tratado, o de Maastricht, com todos os rituais que os valores da democracia e liberdade exigem.

A Alemanha prefere sacrificar os valores da democracia e da igualdade entre os povos no altar da sacrossanta proibição do financiamento monetário da dívida que vai alimentando ganhos financeiros. Sem se dar conta, a Alemanha está a ser cúmplice dos ganhos de milhões que muitos bancos, investidores, estão a obter, cobrando 6 a 7% aos Estados soberanos do euro para, com esses títulos, a renderem essas taxas, irem buscar dinheiro a 1% ao BCE. Porque o banco de Frankfurt pode deixar os bancos ganharem dinheiro à custa dos soberanos, mas não pode ajudar directamente os povos. Porque, na narrativa que nos vai sendo feita, os povos têm de ser castigados por terem gasto de mais. Sem que ninguém queira saber porque gastaram e como gastaram e muito menos quem foi que quebrou, sem consequências, a regra do Pacto de Estabilidade.

Temos de nos preparar. Os povos sofrem, mas não esquecem. De Atenas a Dublin, passando por Lisboa, de Roma a Madrid, as feridas vão ficando. Podemos estar seriamente perante a vitória numa batalha que nos lança para a pior das guerras, a da desintegração europeia.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Helena Garrido.
  
 O governo usa a polícia para instigar a violência

«Quando, no dia da Greve Geral, sindicatos e manifestantes dispersos informaram da presença de agentes infiltrados na concentração em frente à Assembleia da República, a PSP e o ministro da Administração Interna desmentiram. Perante as imagens captadas por anónimos e jornalistas de um polícia à paisana a espancar um cidadão, a polícia informou que se tratava de um cidadão alemão procurado pela INTERPOL. Revelou-se uma imaginativa falsidade. Se fosse verdade seria muito grave, já que a pessoa em causa saiu em liberdade, por ordem do tribunal, no dia seguinte.

Saltando de mentira em mentira, o assunto foi morrendo nos jornais. Mas as imagens de vídeo e de fotografias (assim como a pesquisa das imagens de televisão transmitidas naquele dia) começam a deixar clara uma coisa muitíssimo mais grave: tudo aponta para a existência de agentes provocadores naquela manifestação. Ou seja, agentes à paisana que instigaram a atos de violência, que insultaram e provocaram os seus colegas, fazendo-se passar por manifestantes (tudo convenientemente próximo da comunicação social), e que até estiveram na primeira linha do derrube das barreiras de segurança. Ou seja, que acicataram os manifestantes mais exaltados, fazendo-se passar por seus "camaradas", e que criaram o ambiente que justificaria, de alguma forma, uma intervenção policial em direto nos canais de notícia, ofuscando assim a greve geral.

A confirmarem-se todas as informações documentadas por imagens que vão chegando à Internet (a polícia já confirmou que dois homens que aparecem em fotografias a envolverem-se em desacatos contra os seus colegas são agentes) isto tem de ter consequências. Como cidadão pacifico e cumpridor da lei, quero exercer minha liberdade de manifestação, consagrada na Constituição, sem correr o risco de me ver no meio de uma guerra campal. É essa, supostamente, a função das forças de segurança. Se elas trabalham no terreno para causar os distúrbios (justificando uma intervenção que ajuda a criminalizar o protesto e ofuscar os objetivos das manifestações), elas passam a ser um factor de insegurança e de ilegalidade.

Claro que não acredito que aqueles agentes, a confirmar-se o que as muitas imagens que por aí circulam indiciam de forma tão esmagadora, tenha agido por mote próprio. Por isso, quero saber quatro coisas:

1. Se está garantida uma investigação independente - é para isto que serve a Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) - para saber quem são aqueles homens que ora aparecem a insultar e provocar polícias ora aparecem a ajudar a prender manifestantes?

2. Caso se confirmem as suspeitas, de onde veio a ordem para ter agentes à paisana numa manifestação com o objetivo de criar um ambiente violento naquilo que deveria ser uma manifestação pacifica?

3. Caso essa ordem tenha vindo da direção-geral da PSP (seria ainda mais assustador perceber que a polícia está em autogestão), o que pretende fazer o ministro com o seu diretor-geral? Deixar à frente das forças de segurança pública um agitador que espalha a desordem nas manifestações?

4. Caso a ordem tenha vindo da direção-geral da PSP com o conhecimento do ministro, o que pretende fazer o primeiro-ministro? Deixar no seu lugar um político apostado a criar um clima de insegurança nas manifestações e assim violar um direito constitucional?

Por mim, como cidadão, não desistirei deste tema até as imagens que estão disponíveis serem devidamente esclarecidas e, caso se prove o que elas indiciam, os responsáveis por este ato contra a paz social e a liberdade sejam politicamente, disciplinarmente e criminalmente punidos. E pelo menos nisto, junto-me ao Sindicato do Ministério Público e ao Bastonário da Ordem dos Advogados que exigem esclarecimentos e as devidas medidas de punição para os responsáveis.

Nada tenho contra a PSP. Nem contra a instituição, nem contra os seus profissionais, que também são vítimas da austeridade. Considero que a polícia, quando faz o seu trabalho, garante a nossa liberdade. Incluindo a liberdade de manifestação, impedindo que provocadores ou idiotas se aproveitem de protestos pacíficos para espalhar a violência. Mas quando a polícia serve (ou é usada pelo poder político) para criar um ambiente de medo e um clima de violência que justifique a limitação das liberdades fundamentais, não posso, como cidadão, ficar em silêncio. Nem eu, nem todos os que acreditam e defendem a democracia.

Do muito que está disponível, podem ver este vídeo, estas fotos e esta notícia:

http://www.youtube.com/watch?v=8mrlu_tasRc

http://5dias.net/2011/11/29/mais-dois-provocadores-infiltrados-desmascarados-casal-de-policias-a-paisana-o-de-casaco-azul-e-o-de-casaco-castanho-estao-os-dois-em-todas-as-fotos-guedes-da-silva-director-da-psp-junta-se/

http://www.mynetpress.com/pdf/2011/dezembro/201112022951a6.pdf » [Expresso]

Autor:

Daniel Oliveira.
     

 Já temos para onde fugir do Gaspar

«A NASA confirmou esta terça-feira a existência de um planeta na zona orbital habitável do sistema planetário Kepler 22, a 600 anos-luz da Terra, no qual poderá haver condições para a formação de água em estado líquido.» [CM]
     
 DGCI desconhece a idade dos contribuintes?

«Uma rapariga de 16 anos, de Vila Real de Santo António, recebeu duas cartas de dívidas às Finanças por ter passado em portagens sem pagar, quando não tem qualquer veículo no seu nome. As dívidas, de quase 180 euros, são de 2008, quando tinha apenas 13 anos.

Solange Rodrigues ficou estupefacta quando no final do mês de Outubro deste ano recebeu em casa duas cartas das Finanças de cobranças coercivas de 176,93 euros com o nome da filha, Catarina Ribeiro Rodrigues. A jovem, de 16 anos, teria passado, durante três meses, por pórticos sem pagar, em 2008, quando tinha apenas 13 anos. "É impossível isso ter acontecido até porque ela nunca conduziu na vida nem tem qualquer automóvel no seu nome", explica, ao CM, a mãe.» [CM]

Parecer:

que tretas de programas informáticos usa a DGCI que são incapazes de detectar um erro destes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao director-geral da DGCI se mai indemnizar o contribuinte pelos transtornos causados e se já adoptou medidas para que uma situação ridícula como esta não se volte a repetir.»
  
 O Macedo cobra aos que não se podem escapar

«O ministro da saúde, Paulo Macedo, revelou ontem o valor das novas taxas moderadoras. Uma ida a uma Urgência num hospital polivalente passa a custar 20 euros, em vez de 9,60 euros, e uma consulta num centro de saúde custará cinco euros, em vez de dois euros e vinte e cinco cêntimos.» [CM]

Parecer:

Assim é fácil ser ministro, aumenta-se brutalmente o custo nas urgências.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Macedo o que está fazendo para assegurar a cobrança das taxas moderadoras.»
  
 Pobre Europa

«A S&P colocou hoje o ‘rating' do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) sob vigilância negativa, o que indica a possibilidade de uma descida iminente da nota de crédito do veículo que emite dívida para financiar Portugal e Irlanda. A decisão surge depois de a agência ter colocado todos os países do euro, incluindo os seis que têm ‘rating' máximo, em revisão negativa.» [Diário Económico]

Parecer:

A Europa está a ser vítima de uma´má colheita de líderes, principalmente à direita onde dominam as anedotas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esper-se pelo pior.»
  
 Pobre Felícia Cabrita

« [Expresso]

Filho de José Guedes revelou que o ajudou o pai a rever o texto onde descreve os supostos homicídios durante o recente Portugal-Bósnia.»

Parecer:

Por este andar ainda abandona a brilhante carreira de jornalista de investigação para se dedicar a jornalista da bola.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada de desprezo.»
  
 Só agora?

«O governo da Alemanha acordou pagar pensões a mais 16.000 vítimas do Holocausto a nível mundial, após um ano de negociações com a "Claims Conference", uma organização sedeada em Nova Iorque.

Com o novo acordo, anunciado na segunda-feira, a Alemanha passa a pagar pensões de indemnização a um total de 66.000 sobreviventes dos campos de concentração e guetos nazis, incluindo pessoas que tiveram de viver escondidas sob falsa identidade.» [Expresso]

Parecer:

A senhora Merkel devia ter vergonha na cara.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Nem sempre a troika é para levar a sério

«A história repete-se. Em algumas das mais recentes nomeações para conselhos de administração de centros hospitalares voltou a acontecer a tradicional dança de cadeiras, apesar das recomendações da troika: saíram gestores do PS, entraram gestores com ligações ao PSD e ao CDS. E, noutras nomeações ainda em preparação, fervilham as movimentações partidárias para a escolha de militantes ou simpatizantes dos partidos no poder.

O memorando de entendimento assinado com a troika refere expressamente que os presidentes e membros das administrações hospitalares "deverão ser, por lei, pessoas de reconhecido mérito na saúde, gestão e administração hospitalar" - uma medida a aplicar já no quarto trimestre deste ano. A assessoria do Ministério da Saúde defende, porém, que a obrigatoriedade de concursos para novos dirigentes apenas se aplica "nos casos dos institutos públicos e das direcções-gerais", ou seja, na administração directa do Estado. E alega que os hospitais EPE (entidades públicas empresariais) "não têm o mesmo estatuto" e a escolha fica nas mãos dos accionistas - que são os ministérios da Saúde e das Finanças.» [Público]

Parecer:

A explicação do Opus grunho é uma peça digna de um museu da sacanice humana.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Hackers atacam Ministério Público

«Sobre o processo da aquisição à Alemanha de dois submarinos, Cândida Almeida dizia, em Agosto do ano passado, que ainda se investigava a eventual prática de crimes de corrupção activa e passiva, tráfico de influências e branqueamento de capitais. "Porém, no decurso daquela investigação foram recolhidos indícios da prática de crimes associados à celebração e execução do contrato de contrapartidas, nomeadamente de burla qualificada e de falsificação de documentos", refere ainda a propósito do caso onde aparece referenciado como um dos principais intervenientes o então ministro da Defesa Paulo Portas.

Sobre este caso, Cândida Almeida diz que foram revelados pormenores, nomeadamente acerca da vida pessoal dos procuradores envolvidos, que visaram a "descredibilização da investigação, do carácter, honorabilidade e profissionalismo dos magistrados e departamentos que investigam o crime organizado".» [Público]

Parecer:

E ficamos com a sensação de que o caso dos submarinos foi abafado.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se um comentário inflamado ao presidente do sindicato dos magistrados do MP..»
  
 O Alberto diz que o quiseram matar

«Alberto João Jardim declarou-se hoje alvo de “tentativa de assassinato político-pessoal”. Ou, “sabendo-se das vulnerabilidades da minha saúde”, “mesmo tentativa de assassinato”, disse o líder regional que não espera receber “bombons” de Passo Coelho, nem dar-lhe “bolos de mel”.» [Público]

Parecer:

Anedótico e decadente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»