quinta-feira, dezembro 29, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Reflexos na Av. da Liberdade, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Junta de Freguesia de Fiscal (Concelho de Amares) [A. Cabral]
 
PS: agora percebe-se porque motivo um tal Azevedo é director-geral dos Impostos, queriam-no em presidente de junta mas enganaram-se e acabaram por o nomear director-geral. Pela forma como se comportou no processo de anexação das alfândegas, lembrando a personagem do Herman José, o homem deve uma especial vocação para presidente da junta. O problema é que é mais fácil ser designado do que eleito.
Jumento do dia


Jose Benoliel, presidente da CP
  
Se numa empresa com as dimensões da CP estão a decorrer 200 processos disciplinares só poderão haver dois tipos de explicações: ou a CP recrutou os seus maquinistas no meio de marginais ou naquela empresa vive-se um ambiente de liberdade próprio da Coreia do Norte. Se for o primeiro caso a administração faz bem em ceder, se for a segunda explicação a mais certa demitir a administração seria uma medida de carácter higiénico.

Tudo aponta para uma administração que decidiu recorrer à repressão e conduziu o ambiente na empresa para o conflito generalizado. É muito pouco provável que esteja em condições de continuar a gerir a empresa, não só porque perdeu a credibilidade, mas também porque tratando-se de uma empresa pública os golpes baixos estão vedados aos seus gestores, não podem gerir uma empresa pública como se fosse uma mercearia do pai.
  
O presidente da CP pode dizer o que entender mas convenhamos que 200 processos disciplinares significam que a empresa vive num ambiente de guerra civil que independentemente da forma como tudo vai acabar é inevitável concluir que tudo isto também resulta da má gestão da empresa. A demissão do presidente da CP é inevitável.
  
 FIFA Puskas Award 2011 - TOP 10 Goals of The Year
        
 

 O tão português caso da pastelaria

«Faltam quatro dias para acabar o ano e escasseia tempo para resolver o problema da dívida, mas ainda conseguíamos resolver o problema da pastelaria Ibérica, em Lamaçães, Braga, na Rua Dr. Carlos Lloyd Braga, junto à rotunda. Nunca lá fui, à pastelaria, mas por estes dias ela tem vindo ter comigo, assim, simplesmente pastelaria de Braga, sem nome nem endereço. Uma "pastelaria de Braga", como disseram todos (!) os jornais, é sujeita, pela GNR, a um controlo apertado do horário de trabalho. Quando abriu há três anos, tinha horário das 07.00 à meia-noite, mas sofreu uma providência cautelar por parte de um morador do prédio, magistrado do Ministério Público, e o tribunal encurtou o horário para as 09.00-21.00. Segundo o dono da pastelaria, Sérgio Lima, a GNR não larga a porta, bastando dois minutos de demora no fecho para o levarem ao posto no Sameiro e lavrarem o auto de notícia, onde perde uma hora. Parênteses: porque será que o nome da pastelaria não é escrito? O nome do dono conhece-se, o posto da GNR também, que receio agónico terão os jornais em dizer o nome da pastelaria? Por assinalar o prédio e quem lá mora? Fim de parênteses e voltando ao meu problema por resolver: 16 autos em três meses dá mais que um por semana. Um tal zelo da GNR revela uma influência que eu não tenho, mas alguém tem. Era isso que eu pedia para se resolver em quatro dias: dizer ao posto da GNR do Sameiro que os portugueses são todos iguais.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
   
 Passos em volta da exaustão

«O primeiro-ministro foi às televisões, admitindo-se, com modesta expectativa, que iria sossegar a nação. Não sossegou ninguém. Surgiu um homem alquebrado, de rosto fechado e descaído, exausto e confuso, conferindo ao discurso uma futilidade patética. Entre o apelo à confiança e a surpreendente declaração sobre a necessidade de se "democratizar a economia", com o concurso do povo, nada do que disse produziu o mínimo estremecimento de emoção. O dr. Passos não motiva, não congrega, não aquece nem arrefece. E é cada vez mais visível o esforço que faz para convencer aqueles dos outros e os próprios que o cercam.

Os áulicos do costume aplaudiram, com fervor inconsistente; e o CDS-PP, muito calado nos últimos tempos, mandou um moço grave e soturno, cujo nome não fixei, proferir umas irrelevâncias apropriadas. As televisões, preguiçosas e desprovidas de critério, têm dado espaço e tempo a pessoas que o são sem ser coisíssima nenhuma. E que os partidos recorrem ao rebotalho dos aparatchiks por inexistência de figuras de proa. Diz-se, também, que a coligação não afina com muitos diapasões, e que a ausência do dr. Portas nos "eventos" mais chamativos se deve a um certo mal-estar.

A verdade é que o presidente do CDS possui grande presciência política e as suas faltas em actos públicos talvez sejam um sinal de prudência e de distanciação de muitos actos do Governo. Enquanto o dr. Passos fala, fala e não diz nada, e dá entrevistas umas atrás das outras, numa fastidiosa rotina de vacuidades, o seu parceiro de aliança afasta-se, com um recato que lhe não é próprio, ele, tão dado à fotografia, à imagem, à primeira fila.

A sociedade portuguesa está gravemente enferma e o Executivo não consegue dar conta do recado. Embrulha-se em quezílias pessoais (caso da ministra da Justiça e do bastonário da Ordem dos Advogados); em afirmações desprovidas de sentido e logo apressadamente desmentidas (Álvaro Santos Pereira); ou em embaraçosas declarações de princípio (Miguel Relvas), reveladoras de impreparações políticas fulcrais. O que deveria ser dito pelo Governo é comentado pela Igreja, com argumentação sólida. O cardeal-patriarca de Lisboa, cuja independência de espírito já o opôs, por exemplo, ao Vaticano (celibato dos padres e ordenação das mulheres, verbi gratia), anunciou que as desigualdades sociais só seriam vencidas se a ordem económica sob a qual vivemos fosse rapidamente substituída. E a Conferência Episcopal, insistindo em que não há social sem cidadania, favorece, no resguardo peculiar à instituição, a necessidade do compromisso com o protesto e com a resistência às iniquidades.

Meu Dilecto: estamos no fecho de um ano desgraçado e nocturno. Que Hermes, o deus do bom caminho, ilumine o que aí vem, e não nos deixe enveredar por veredas e azinhagas.» [DN]

Autor:

Baptista-Bastos.
     
 Tudo chora em Pyongyang

«Deixando, como o PCP, de parte "fenómenos e práticas da realidade política coreana com as quais não se identifica[m]", também os passarinhos choram a morte do querido líder norte-coreano Kim Jong-il, cujas pompas fúnebres se realizam hoje e amanhã.

Informam o "Rodong Shinmun", jornal oficial da monarquia marxista-leninista Kim e o órgão do Partido do Trabalho da Coreia que, mal se soube do passamento do amado ditador, um grou voou três vezes à volta de uma estátua de Kim Jong-il e duas pombas bicaram a janela da dependência de uma fábrica de cimento onde os operários faziam compungidamente o luto pelo extinto, pondo-se depois "nos ramos de um pessegueiro a chorar durante meia hora". Noticia por sua vez a Rádio Pyongyang que uma ave branca não identificada (pode muito bem ter sido o Espírito Santo, de qualquer modo era algo "maior que uma pomba" e menor que um avião de reconhecimento americano) "limpou a neve que cobria os ombros de uma estátua do líder".

Mas igualmente o austero mundo mineral estará, segundo a agência oficial do regime, a KCNA, inconsolável. Assim, no momento em que Kim Jong-il soltava o último suspiro, o gelo de um lago de Monto Baekdu, sua terra natal, incapaz de suportar em silêncio o sofrimento, quebrou-se "com um rugido que fez tremer o céu e a terra".

Espera-se uma nota do PCP condenando a ingerência da Natureza nos assuntos internos da República Popular Democrática da Coreia.» [JN]

Parecer:

Manuel AntónioPina.
     

 Prossegue a vingança contra Sócrates
«Os profissionais de educação e formação de adultos denunciaram esta quarta-feira que cessa sábado o financiamento que suporta a intervenção dos Centros Novas Oportunidades (CNO), sem que tenham informação sobre a continuidade dos projectos» [CM]

Parecer:

Este governo tem um ódio visceral a tudo o que cheire a Sócrates. Não chega destruir tudo o que tenha sido feito independentemente da qualidade, é preciso magoar quem tenha trabalhado nesses projectos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a pequenez deste governo.»
  
 Obrigadinho Paulo Macedo

«"Um doente que esteja em estudo pela primeira vez, e para o qual ainda não haja diagnóstico, não pode esperar três meses para fazer um exame. No máximo um mês, e mesmo assim é variável", diz ao DN José Manuel Silva, o bastonário da Ordem dos Médicos. "E se se descobre que o doente tem um cancro?", questiona, em forma de alerta.

Tal como o DN noticiou na edição de hoje, em Setembro, o tempo médio de espera por um exame era de 105,7 dias, mais de três meses, quando em Agosto não passava de 96,4 dias. Tempo que o médico considera ser inadmissível. "Há situações variáveis, depende não só das solicitações como da capacidade de resposta das unidades, mas a proibição de os hospitaisrecorrerem às unidades com convenção com o SNS veio piorar os tempos de espera. E é provável que ainda subam mais".» [DN]

Parecer:

Mais uns meses da gestão do brilhante Paulo Macedo e as consultas mais procuradas dos hospitais portugueses são as de mdeicina legal.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
  

 Japan's nuclear exclusion zone [Boston.com]








 
 North Korea Mourns Kim Jong Il [The Atlantic]













 Norwegian Directorate for Children, Youth and Family Affairs
  
  
"It's never to late to help someone on the right track"