Se há instrumento profundamente injusto neste país é a Segurança Social e, em particular, o regime dos funcionários públicos, injusto e penalizador das novas gerações que cada vez pagam mais a troco de expectativas cada vez menores.
Vivemos num país onde o grande objectivo de uma boa parte dos cidadãos tem por principal objectivo chegarem a velhos, para beneficiar da pensão de reforma e deixarem de trabalhar. O grande objectivo de muitos portugueses não é o sucesso no emprego, a melhor promoção dos trabalhadores portugueses é a reforma.
Desde há muitos anos que a Segurança Social tem sido um instrumento para as grandes conquistas eleitorais, quem não se lembra de um famoso aumento das pensões de reforma que deu a primeira maioria absoluta a Cavaco Silva, precisamente aquele que agora é Presidente da República e defende um pacto para este sector? Nesse tempo Cavaco decidiu um aumento de pensões que até apanhou o ministro do Trabalho de surpresa (nesse tempo o ministro era Mira Amaral, o famoso pensionista da CGD), agora defende pactos, enfim, salva o secretismo.
Não deixas de ser curioso que à medida que aumenta a riqueza as novas gerações contribuem cada vez mais para a Segurança Social e de ano para ano são-lhe reduzidas as expectativas. Têm que pagar as asneiras e oportunismos dos que os antecederam.
No caso da Administração a bandalhice chegou a ponto de milhares de funcionários se terem reformado com pouco mais de cinquenta anos e a receber pensões correspondentes ao topo das carreiras, tudo isso graças a truques como a compra de tempo de serviço porque terão trabalhado uns anos sem terem descontado, o que em boa parte dos casos foi mentira. Quanto descontou um funcionário e quanto vai receber ao longo da vida no caso de se ter aposentado como director-geral, subdirector-geral ou director de serviços? Não há qualquer relação entre o que descontaram e o que o Estado lhes vai pagar, aliás, na maioria dos casos vão receber mais em pensões do que receberam m vencimentos.
Estamos perante uma profunda injustiça social e inte-geracional . Até porque só os que estão no activo estão sujeitos não só a suportar as asneiras do passado como à perda de direitos. Ainda que esta opinião não seja politicamente correcta é a verdade, as novas geraçõs vão ter que suportar os abusos e asneiras das gerações anteriores, numa lógica de que quem parte e reparte ou é estúpido ou não tem arte. Na actual Segurança Social deixou de haver o conceito de solidariedade, o que se pede às novas gerações não é solidariedade, é o pagamento dos abusos passados.
Vivemos num país onde o grande objectivo de uma boa parte dos cidadãos tem por principal objectivo chegarem a velhos, para beneficiar da pensão de reforma e deixarem de trabalhar. O grande objectivo de muitos portugueses não é o sucesso no emprego, a melhor promoção dos trabalhadores portugueses é a reforma.
Desde há muitos anos que a Segurança Social tem sido um instrumento para as grandes conquistas eleitorais, quem não se lembra de um famoso aumento das pensões de reforma que deu a primeira maioria absoluta a Cavaco Silva, precisamente aquele que agora é Presidente da República e defende um pacto para este sector? Nesse tempo Cavaco decidiu um aumento de pensões que até apanhou o ministro do Trabalho de surpresa (nesse tempo o ministro era Mira Amaral, o famoso pensionista da CGD), agora defende pactos, enfim, salva o secretismo.
Não deixas de ser curioso que à medida que aumenta a riqueza as novas gerações contribuem cada vez mais para a Segurança Social e de ano para ano são-lhe reduzidas as expectativas. Têm que pagar as asneiras e oportunismos dos que os antecederam.
No caso da Administração a bandalhice chegou a ponto de milhares de funcionários se terem reformado com pouco mais de cinquenta anos e a receber pensões correspondentes ao topo das carreiras, tudo isso graças a truques como a compra de tempo de serviço porque terão trabalhado uns anos sem terem descontado, o que em boa parte dos casos foi mentira. Quanto descontou um funcionário e quanto vai receber ao longo da vida no caso de se ter aposentado como director-geral, subdirector-geral ou director de serviços? Não há qualquer relação entre o que descontaram e o que o Estado lhes vai pagar, aliás, na maioria dos casos vão receber mais em pensões do que receberam m vencimentos.
Estamos perante uma profunda injustiça social e inte-geracional . Até porque só os que estão no activo estão sujeitos não só a suportar as asneiras do passado como à perda de direitos. Ainda que esta opinião não seja politicamente correcta é a verdade, as novas geraçõs vão ter que suportar os abusos e asneiras das gerações anteriores, numa lógica de que quem parte e reparte ou é estúpido ou não tem arte. Na actual Segurança Social deixou de haver o conceito de solidariedade, o que se pede às novas gerações não é solidariedade, é o pagamento dos abusos passados.