sexta-feira, março 30, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Adalberto Centeno, ministro da Saúde

É bonito ver o ministro da Saúde assegurar que no "governo somos todos Centeno". O problema é qe tem sido o ministro da Saúde o que mais se tem justificado com os supostos congelamentos das decisões por parte do ministro das Finanças, aliás, este ministro já por mais de uma vez levou este galardão, precisamente por o fazer. Compreende-se o gesto de Adalberto, finalmente percebeu que um ministro não pode atribuir culpas ao outros, ignorando o mais elementar dos seus deveres enquanto membro de um Governo, o da solidariedade com os seus pares, pressuposto de que as decisões de um membro do Governo são sempre decisões a assumir pelo próprio Governo. Ao fim de dois anos parece ter aprendido este princípio elementar.

«O ministro da Saúde negou esta quinta-feira, no Parlamento, a existência de qualquer cisma com o titular da pasta das Finanças e, perante as acusações da oposição neste sentido, garantiu: No Governo "somos todos Centeno".

Adalberto Campos Fernandes falava na Assembleia da República durante um debate com caráter de urgência sobre o estado da saúde, solicitado pelo PSD, em resposta à deputada Isabel Galriça Neto (CDS), para quem, neste setor, "só falta mesmo um grupo de trabalho para apoiar os grupos de trabalho que o ministro da Saúde vai criando".

Para o ministro da Saúde, Galriça Neto limitou-se a fazer um "exercício de contorcionismo político de falta de verdade". "Não vale a pena ir pelo caminho de que existirá um grande cisma no Governo entre o ministro da Saúde e o ministro das Finanças. Esse é um caminho errado e completamente esgotado."

E para reforçar a ideia, Adalberto Campos Fernandes afirmou: "Em matéria de rigor orçamental, de crescimento e de sucesso das contas públicas, eu diria mesmo que no Governo somos todos Centeno."» [Expresso]

      
 "Tempo a mais para pouca coisa"
   
«“Foi tempo a mais para pouca coisa”, resume ao Observador um dos presidentes distrital que ontem esteve presente na reunião com Rui Rio — a primeira desde que tomou posse como líder do PSD — que durou das 20h30 até depois da 1h da manhã. A expectativa era que Rio recuperasse o tempo perdido com as estruturas, uma vez que muitas se queixavam de não ter sido ouvidas no primeiro mês de mandato nem no que toca à estratégia política a seguir, nem no que toca à organização do ambicioso Conselho Estratégico Nacional, que reunirá os 16 coordenadores e 16 porta-vozes setoriais. A reunião, apesar de ter sido longa, teve mais de organização, de metodologia e até contas, do que de política.

“Morna”, “pacífica”, “serena”, “cordata”, “sem jeito”, “descontraída” foram alguns dos adjetivos usados por vários presidentes de distritais contactados pelo Observador para descrever o encontro. As habituais reuniões periódicas com o anterior presidente do partido, Passos Coelho, eram diferentes. Apesar de ser visto como distante, fazia uma intervenção inicial de análise da situação política e dava depois a palavra às distritais para fazerem a sua própria análise e darem os contributos relacionados com o seu distrito. Desta vez “não houve uma intervenção inicial sobre política nacional”.

“Pode ser por ter sido a primeira, dou o benefício da dúvida”, diz o presidente de uma distrital, explicando que a intervenção de Rio se centrou quase exclusivamente em questões de organização, dedicando-se a explicar ao pormenor como vai funcionar o Conselho Estratégico Nacional, uma espécie de governo-sombra do PSD para pôr o partido a pensar o país nas várias áreas temáticas. “Foi mais uma reunião de organização do que uma reunião política”, resume outra fonte.» [Observador]
   
Parecer:

parece que Rui Rio continua sem convencer.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»