sexta-feira, março 09, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Adolfo Mesquita Nunes

Apetece perguntar a Adolfo Mesquita Nunes quando é que alguém do PS convidou o CDS para uma coligação? Alguém devia recordar-lhe a posição do PAF quando se colocou a questão, o PSD e o CDS avançaram para um governo minoritário depois de o seu Líder Passos Coelho declarar que "era o que faltava governar com o programa do PS".

Passos tinha a sua agenda e Paulo Portas achou que era uma questão de dar um tacho a António Costa, o líder do PS ia para vice-ministro até Passos poder provocar uma crise que conduzisse a eleições antecipadas. Como a estratégia falhou parecem agora umas carpideiras que não se calam com o argumento idiota da aliança do PS com a esquerda, como se uma aliança com a extrema-direita do CDS fosse mais pecaminosa do que uma aliança com o BE e o PCP.

É tempo do CDS acabar com esta pantomina e assumir que o seu verdadeiro adversário e´o PSD de Rui Rio e que há décadas que só tem possibilidades de chegar ao poder como muleta daquele partido.

«Adolfo Mesquita Nunes sabe qual é o lugar do CDS: a caminho de um resultado “histórico” nas próximas eleições legislativas. Essa é pelo menos a convicção do político de 40 anos que este fim de semana participa no 27º congresso do partido em Lamego e que Cristas escolheu para coordenar o programa eleitoral dos centristas. Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, Mesquita Nunes considera que ainda é cedo para fazer uma apreciação, mas reforça que o CDS quer “preencher o espaço do centro e da direita” na política nacional.

Nós queremos ser a alternativa ao socialismo. E não temos ilusões relativamente ao PS: o PS aliou-se a comunistas e a trotskistas por vontade própria. Ninguém o obrigou.”

Um plano que não se sente estar em risco apesar da possibilidade de o PSD, com Rui Rio, apoiar um governo socialista se vender em minoria nas eleições de 2019.”Hoje é para mim evidente que o eleitorado europeu e o português é mais livre, menos encapsulável no voto tradicional. Isso traz oportunidades a todos os partidos, nomeadamente ao CDS que tem sido sempre vítima do voto útil.”

Por isso, e alinhado com a líder do partido, Assunção Cristas, reafirma a missão centrista de impedir “que o país seja governado por uma maioria que não reforma, não prepara, nem protege o país para o que vem aí, é preciso garantir uma alternativa ao socialismo. E para isso precisamos de 116 deputados.” Uma posição que, insiste, impossibilita qualquer cenário de parceria ou coligação do CDS com o PS.» [Observador]

      
 A culpa é do governo
   
«"É notória a ausência de iniciativa do Governo na realização de obras que previnam estes acidentes", referem os deputados, em comunicado.

Na sua opinião, "foi assim nos incêndios de 2017, é assim na manutenção corrente do IP3, é assim nas funções sociais do Estado, como a saúde e a educação".

"Estamos perante um Governo sem iniciativa, que se limita a reagir e refém da austeridade de esquerda", acrescenta.

Segundo os deputados sociais-democratas, "sendo o deslizamento de terras uma consequência dos incêndios de 15 de outubro 2017, impunha-se que o Governo fosse tão diligente a cumprir com as suas obrigações como foi a exigir às câmaras municipais e aos cidadãos a limpeza de terrenos e faixas de gestão de combustível".

"Este acidente é, portanto, o resultado do fracasso da estratégia do Governo para conter o défice", sublinham, explicando que "as cativações não são inócuas, refletem-se no investimento público e, como se vê, têm um efeito muito negativo na vida dos portugueses".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Gente ridícula.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Maldita esquerda! 
   
«As mudanças introduzidas pelo Governo no IRS durante este ano têm um efeito regressivo, resultando numa “mais desigual distribuição do rendimento”, defendeu esta quarta-feira a Comissão Europeia.

No relatório sobre Portugal realizado no âmbito do Pacote de Inverno do Semestre Europeu apresentado em Bruxelas, o executivo liderado por Jean-Claude Juncker analisa, recorrendo ao seu modelo de simulação EUROMOD, o impacto para os contribuintes e os cofres do Estado das medidas introduzidas no Orçamento do Estado para 2018 no que diz respeito ao IRS: a eliminação completa da sobretaxa, a introdução de dois novos escalões no imposto e a actualização do valor do mínimo de existência que está isento da aplicação do imposto.

De acordo com os cálculos da Comissão, todas as medidas aplicadas têm efeitos positivos no rendimento disponível das famílias, mas quando se olha para os impactos em termos de distribuição, a conclusão é a de que as mudanças reduzem carácter progressivo do imposto. “Tanto a reversão total da sobretaxa para os escalões mais elevados como a mudança na estrutura dos escalões conduz a aumentos do coeficiente de Gini, implicando uma mais desigual distribuição do rendimento”, diz a Comissão, que assinala que esse efeito é apenas “marginalmente compensado” pelo aumento do mínimo de existência.» [Público]
   
Parecer:

Este estudo tem dois "pequenos" problemas, em vez de comparar com a situação anterior à sobretaxa dá esta como adquirida e compara com o fim da sobretaxa. Além disso, ignora que a distribuição do rendimento não pode ser vista apenas no quadro dos que pagam IRS, isto é, dos que beneficiam de rendimentos do trabalho e pensões.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Discuta-se.»

 Temos governo
   
«O PSD vai ter um conjunto de porta-vozes nacionais (coadjuvados por coordenadores) e criar equipas temáticas nas distritais abertas a simpatizantes. É um novo modelo do Conselho Estratégico Nacional (CEN) – que Rui Rio diz ser uma “revolução” a nível distrital – que contribuirá para a construção do programa eleitoral e deverá também atrair “milhares de pessoas” para o partido. O presidente do PSD diz não temer o seu apagamento, como líder do partido, mas admite que é um “desafio” para as distritais. No topo da estrutura está David Justino, vice-presidente do partido.

Na conferência de imprensa desta quarta-feira, em que apresentou a proposta de um novo CEN – que já existe nos estatutos, mas que funcionou em moldes completamente diferentes –, Rui Rio recusou chamar “Governo-sombra” a este órgão, mas usou a expressão para explicar a nova estrutura partidária.

No novo modelo de funcionamento, há 16 áreas – desde as relações externas à reforma do Estado, passando pela educação e ambiente e natureza,  por exemplo – em que o PSD terá porta-vozes para transmitir a posição do partido sobre o tema. Essas figuras terão a ajuda de uma equipa e de coordenadores, explicou Rui Rio nesta quarta-feira, após uma reunião da Comissão Política Nacional. Só o nome de um coordenador foi revelado, como exemplo de uma pessoa “mais velha e com mais experiência” - Arlindo Cunha, ex-ministro de Cavaco Silva, para a Agricultura –, em contraponto com os porta-vozes, que serão mais “jovens”.» [Público]
   
Parecer:

Muito governo e pouca oposição.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Como seria bom sse a ponte caísse
   
«Antes dos responsáveis políticos, que também são importantes, os responsáveis técnicos': assim reagiu o PSD esta quinta-feira à notícia da 'Visão' que dá conta da necessidade de obras na Ponte 25 de Abril, anunciado que vai querer ouvir o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o assunto.

O Governo anunciou na quarta-feira uma verba de 18 milhões para obras na Ponte 25 de Abril, no mesmo dia em que a revista noticiou um relatório do LNEC que não afastava o risco de colapso na ponte. Pouco depois, o CDS reagiu e dizendo que chamaria ao Parlamento o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, assim como o LNEC, para pedir explicações sobre o tema.

O PSD assegura que acompanha a intenção de chamar o ministro mas acha prioritário ouvir os responsáveis técnicos, pelo que será esse o sentido do requerimento que irá apresentar. Aos jornalistas, o deputado Paulo Rios disse que o partido 'acompanha com preocupação' as notícias, particularmente por citarem 'um conjunto de relatórios' vindos de 'várias entidades'. O objetivo de chamar o LNEC é 'saber se podemos estar tranquilos para usar aquela ponte'.» [Expresso]
   
Parecer:

Os deputados estão com receio que a ponte caia ou não escondem a desilusão por não ter caído?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Era de esperar
   
«Está a circular um abaixo-assinado contra a contratação de Passos Coelho para professor de mestrados e doutoramentos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), revelou ao Negócios um dos promotores do grupo de alunos do regime diurno e pós-laboral que é responsável pela iniciativa.

No abaixo-assinado, os alunos do ISCSP ("iscspianos") defendem que a contratação do ex-primeiro-ministro "na qualidade de professor convidado catedrático" configura "a materialização de uma afronta à transparência e à meritocracia" da faculdade, "prejudicando os estudantes, o restante corpo docente e, em última instância, até a própria instituição de ensino".

No documento, a que o Negócios teve acesso, os estudantes reconhecem "a vasta experiência prática do doutor Passos Coelho", contudo consideram que "a sua capacidade para leccionar aulas a discentes com um grau académico superior ao seu é altamente questionável".

Este grupo de alunos sustenta não ser "plausível" que alguém que "nunca leccionou, nunca preparou uma tese na sua vida, nunca trabalhou em investigação e nunca teve um percurso académico minimamente relevante seja capaz de preparar alunos de mestrado e doutoramento".» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

É lamentável que os professores fiquem em silêncio.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 A culpa é do Centeno
   
«Segundo apurou a VISÃO junto de uma fonte do gabinete do secretário de Estado, o avanço das obras está dependente de luz verde do ministro das Finanças, Mário Centeno. No total, são 20 milhões de euros.

Perante a notícia, o gabinete do Ministério das Finanças emitiu um comunicado a esclarecer que as obras de reparação previstas para a Ponte 25 Abril já tinham sido “atempadamente aprovados pelos Ministérios competentes”, pelo que não há nenhum projeto urgente a aguardar a autorização da tutela.

“Não existe, assim, qualquer processo a aguardar autorização do Ministério das Finanças relativo a intervenções de cariz urgente na Ponte 25 de Abril”, esclarece a tutela.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este parece ser um governo muito pouco solidário, sem que um governante é confrontado com dificuldades manda dizer aos jornalistas que a culpa é do Centeno. O último parece ter sido o secretário de Estado das Infraestruturas.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Costa que proceda a uma remodelação governamental.»

 A culpa é da comunicação social
   
«Rui Rio esperava um “convulsãozita”, mas foi fortemente atacado por vários deputados na primeira vez que foi como líder a uma reunião da bancada social-democrata. O antigo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, fez uma intervenção muito crítica para o presidente do PSD: “Com a estratégia que o dr. Rui Rio aqui enunciou o dr. António Costa vai andar a gozar connosco.” A ele juntaram-se vários outros deputados como o antigo vice-presidente da bancada, Carlos Abreu Amorim, que exigiu ao líder um pedido de desculpas. À saída da reunião, Rui Rio desvalorizou as críticas, dizendo que não notou a convulsão na bancada e enalteceu as “intervenções construtivas”. O presidente do PSD disse que aconteceu o que estava à espera: “Uma realidade dentro da sala, outra difundida fora dela“, descreveu aos jornalistas.


Rui Rio disse ainda que, em 89 deputados “cada um diz aquilo que sente“, e que não vê forma de a reunião ter “corrido melhor”. E acrescentou: “Há líderes que se calhar gostam que se levantem todos a aplaudir. Esse não é o meu estilo e não estou a ver aqui nenhuma dificuldade especial“.» [Observador]
   
Parecer:

Pois é.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»