quinta-feira, abril 19, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Pedro Santana Lopes, advogado

Parece que Pedro Santana Lopes, que disputou a liderança do PSD na qualidade de marioneta dos passistas, considera agora que tem direito a metade da liderança do PSD e que tudo o que se decide tem de passar pela sua aprovação. Ridículo.

«"Confirmo que não tem havido trabalho em conjunto", reconheceu esta terça-feira à noite Pedro Santana Lopes à SIC Notícias, quando questionado se está em "rota de colisão" com Rui Rio. "Na verdade, nem se pode chamar rutura, pois nunca houve sequer um casamento", sublinhou ainda, acrescentando que "desde o congresso do PSD, durante o qual se tentou algum trabalho em conjunto na elaboração das listas, nada mais existiu".

A gota de água foi o anúncio da equipa de coordenadores e porta-vozes do Conselho Estratégico Nacional (CEN), o novo organismo do partido, onde não consta qualquer um dos nomes apontados por Santana. O ex-líder social-democrata deu como exemplo o nome do embaixador Martins da Cruz e de Vítor Rosário Cardoso, cuja inclusão no Conselho Estratégico "tinha ficado acordada" e nada aconteceu. "O líder do PSD tem que seguir o seu caminho", frisou. Negou, no entanto, que que tivessem intenção de liderar um movimento de oposição interna: "Não posso, nem quero. Tenho uma vida muito ocupada e, sinceramente, já dei para esse peditório", assinalou.

De acordo com João Montenegro, ex-diretor de campanha de Santana Lopes, o acordo estabelecido no congresso entre as duas candidaturas à liderança do PSD contemplava a integração de nomes indicados pelo candidato vencido (com 45,6% dos votos), quer no Conselho Nacional do partido, quer no Instituto Sá Carneiro e no Conselho Estratégico Nacional (CEN) - os nomes "foram viabilizados pelo dr. Rui Rio e pelo dr. Salvador Malheiro". "Ficámos espantados por nenhum desses nomes indicados por nós ter integrado os porta-vozes e coordenadores" do CEN, sublinha o antigo secretário-geral adjunto, apontando uma "quebra do acordo celebrado".» [DN]

      
 Só agora é ficou desagradada?
   
«A procuradora-geral da República disse, esta quarta-feira, ter ficado desagradada com a divulgação, na televisão, de vídeos dos interrogatórios da Operação Marquês, no âmbito do qual o Ministério Público (MP) acusou, entre outros, o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

"O Ministério Público e a procuradora-geral ficam sempre desagradados quando veem factos que constituem a prática de um crime", afirmou aos jornalistas Joana Marques Vidal, à margem de um seminário sobre maus tratos de crianças, em Leiria.

A SIC e a CMTV divulgaram vídeos de interrogatórios no âmbito do processo Operação Marquês, tendo na terça-feira o Ministério Público (MP) anunciado a abertura de um inquérito para investigar esta situação.

"Embora o processo em causa já não se encontre em segredo de justiça, a divulgação destes registos está proibida, nos termos do art.º 88º n.º 2 do Código de Processo Penal, incorrendo, quem assim proceder, num crime de desobediência (artigo 348.º do Código Penal)", refere o MP numa resposta à agência Lusa.» [DN]
   
Parecer:

Não deve ter reparado no que se passou antes. Enquanto o processo esteve em segredo de justiça ninguém se queixou.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Bretin
   
«A Câmara dos Londres desafiou o Governo de Theresa May, ao aprovar uma emenda à proposta de lei para saída da União Europeia que exige ao Governo britânico que explore a possibilidade de manter a união aduaneira com a UE, mesmo após o “Brexit”, e relatem os resultados dos seus esforços até ao fim de Outubro.

Com 348 votos a favor e 225 contra, esta emenda é mais um embaraço do que realmente um entrave para Theresa May – o parecer dos Lordes não tem poder vinculativo. Além disso, é sabido que a Câmara dos Lordes, onde os cargos são herdados ou obtidos por nomeação por mérito, é pró-europeísta, ao contrário da Câmara dos Comuns, para a qual os deputados são eleitos por sufrágio directo.

Ainda assim, 24 conservadores dos Lordes votaram a favor desta emenda, diz o Guardian. Os apoiantes da manutenção do Reino Unido no mercado único após o “Brexit” esperam a dimensão da maioria na Câmara do Lordes – 123 deputados – sirva para impedir a câmara baixa do Parlamento de reverter esta decisão» [Público]
   
Parecer:

Andam, andam e ainda pedem para voltar.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»