Caro Pai Natal,
Eu sei que já tenho idade para cartas ao Pai Natal, mas depois das especiarias da Índia do ouro do Brasil, do volfrâmio para a Alemanha, da EFTA e da CEE, não estou a ver a quem pedir. Ainda pensei no Menino Jesus, mas não tenho com a certeza de que com essa coisa do TLEBS Ele iria perceber a carta, além disso o mais provável seria a carta cair nas mãos de algum sargento do Tsaal, e o resultado seria o mesmo.
Mas esteja descansado que não lhe vou pedir nada de especial, só lhe venho pedir vinte e cinco máquinas de calcular e como são para distribuir por alguns dos nossos “meninos” até poupa no trabalho, para além de ficarem mais baratas pois pode negociar na quantidade.
As máquinas de calcular deverão ser entregues:
- A Marques Mendes para que consiga calcular quanto vai descende de sondagem em sondagem.
- A Cavaco Silva que se apresentou como um candidato presidencial sabedor de contas, como até agora não lhe vimos nenhum exercício de aritmética, talvez seja porque precisa de uma.
- A Manuel Pinho para ir fazendo as contas às asneiras que ele e os da sua equipa ministerial vão dizendo.
- A Mário Lino, o nosso ministro das Obras Públicas para que consiga calcular de uma vez por todas quanto é que vai custar a OTA.
- A Carvalho da Silva e outra a o João Figueiredo, secretário de Estado da Administração Pública, para que da próxima apresentem contas mais realistas quanto às greves de funcionários públicos.
- A Valentim Loureiro e outra a Narciso Miranda para que vão contabilizando as despesas de representação que fazem à conta do Metro do Porto.
- Ao director-geral dos Impostos para calcular a distância a que vai ficar das metas estabelecidas para as receitas discais pelo Orçamento de Estado de 2006.
- A Correia de Campos, para calcular qual a receita que vai conseguir com as taxas moderadoras dos internamentos e intervenções jurídicas.
- A Jerónimo de Sousa, para determinar o índice de correlação entre os números de dias de greve e as sondagens do PCP.
- A José Sócrates, para que possa contabilizar o número de vezes que aparece em público ao longo do seu mandato.
- A Paulo Portas, para contar os dias que faltam para mandar embora o Ribeiro e Castro.
A Ribeiro e Castro para contar os deputados do seu grupo parlamentar que apoiam a sua liderança. - A Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, para contabilizar os dias de trabalho que dedica às visitas de cortesia que vai recebendo.A Amaral Tomás, para contabilizar os montantes dos perdões fiscais que concede aos bancos.
Bigadinho.