Em Portugal gasta-se ou poupa-se no curto prazo, se há dinheiro esbanja-se enquanto há, se escasseia passa-se o cinto para o próximo furo. Os ciclos eleitorais, a incompetência, a cobardia ou a preguiça levam os nossos governantes a que apenas considerem o horizonte temporal do curto prazo, a única excepção a esta forma de governar parecem as grandes obras públicas.
A economia da saúde também tem estado condicionada ao curto prazo, esquece-se que a aposta na medicina preventiva ou no combate a alguns males da nossa sociedade que enchem os hospitais. Para além do tradicional boletim de vacinas, do raio x e do teste da BCG pouco mais se faz no domínio da medicina preventiva. Faz-se o tudo para poupar no tratamento dos doentes que vão dando entrada no SNS e pouco ou nada se faz para que o se caudal não engrosse.
Quanto poderia o país poupar na saúde se os nossos indicadores relativos a acidentes, tabagismo e alcoolismo se aproximassem da média europeia? Seria interessante fazer estas contas para percebermos se o mal está nos custos fixos da saúde ou nos custos marginais provocados pela negligência no domínio das estratégias preventivas. O combate à propagação do HIV, à obesidade, aos acidentes rodoviários, ao alcoolismo, ao tabagismo, aos acidentes de trabalho, aos acidentes domésticos, enfim, a uma imensidão de causas de doença é indispensável para reduzir os custos do SNS. Nestes capítulos os nossos governos têm feito muito pouco, limitam-se a fazer as campanhas da praxe para não se sentirem envergonhados nas reuniões internacionais.
Um bom exemplo disso é o combate ao tabagismo, vejam-se as medidas de que se tanto falou, esbarraram em interesses que se revelaram mais fortes do que a saúde dos portugueses e os custos da Saúde. E não deixa de ser curioso que o sector da restauração, campeão da evasão fiscal, mereceu tanta protecção governamental. O que sucedeu com o tabagismo aconteceu igualmente com o alcoolismo, parece que andar meio país bêbado é uma condição para a sobrevivência da agricultura, dando razão ao salazarimo que nos dizia que o vinho dava de comer a uma boa parte dos portugueses.
A economia da saúde também tem estado condicionada ao curto prazo, esquece-se que a aposta na medicina preventiva ou no combate a alguns males da nossa sociedade que enchem os hospitais. Para além do tradicional boletim de vacinas, do raio x e do teste da BCG pouco mais se faz no domínio da medicina preventiva. Faz-se o tudo para poupar no tratamento dos doentes que vão dando entrada no SNS e pouco ou nada se faz para que o se caudal não engrosse.
Quanto poderia o país poupar na saúde se os nossos indicadores relativos a acidentes, tabagismo e alcoolismo se aproximassem da média europeia? Seria interessante fazer estas contas para percebermos se o mal está nos custos fixos da saúde ou nos custos marginais provocados pela negligência no domínio das estratégias preventivas. O combate à propagação do HIV, à obesidade, aos acidentes rodoviários, ao alcoolismo, ao tabagismo, aos acidentes de trabalho, aos acidentes domésticos, enfim, a uma imensidão de causas de doença é indispensável para reduzir os custos do SNS. Nestes capítulos os nossos governos têm feito muito pouco, limitam-se a fazer as campanhas da praxe para não se sentirem envergonhados nas reuniões internacionais.
Um bom exemplo disso é o combate ao tabagismo, vejam-se as medidas de que se tanto falou, esbarraram em interesses que se revelaram mais fortes do que a saúde dos portugueses e os custos da Saúde. E não deixa de ser curioso que o sector da restauração, campeão da evasão fiscal, mereceu tanta protecção governamental. O que sucedeu com o tabagismo aconteceu igualmente com o alcoolismo, parece que andar meio país bêbado é uma condição para a sobrevivência da agricultura, dando razão ao salazarimo que nos dizia que o vinho dava de comer a uma boa parte dos portugueses.
Se nada se faz para que o país não esteja doente, é natural que os custos da saúde continuem a subir exponencialmente e não há ministro da saúde ou das finanças que nos livre dos défices eternos.