sexta-feira, dezembro 22, 2006

Umas no Cravo e Outras Tantas na Ferradura

SONDAGENS DO DIA: OS MELHORES DE 2006

1. O melhor jornal diário


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2. O jornal que melhor informa sobre o Fisco:


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3. Melhor jornal semanário:


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4. A melhor informação televisiva


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FOTO JUMENTO

"Atchomy ama Perola Azul", Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Sergei Chirikov / EFE]

«Cumpleaños feliz. Activistas del Partido Comunista ruso rinden homenaje en la tumba de Stalin en la Plaza Roja de Moscú. Se cumplen 127 años de su nacimiento.» [20 Minutos Link]

JUMENTO DO DIA


Milagre!

O D. João Figueiredo, secretário de Estado da Administração Pública, será um sério candidato a prémio Nobel se conseguir com os seus 26 super-heróis substituir os 1500 funcionários que actualmente trabalham na gestão dos recursos humanos da DGCI. Antes de mais gostaria de saber por onde andarão esses 1500 funcionários, assim como também gostaria de saber se os tais super-funcionários vão trabalhar com as mesmas regras e os mesmos recursos técnicos que actualmente são usados nos serviços. Afirmações exageradas como esta retiram credibilidade a qualquer política.

OUTRA EZ O ESPECTÁCULO DA PREVENÇÃO RODOVIÁRIA

Se a actuação das autoridades fosse eficaz não seria necessário fazer uma campanha de ameaças sempre que se aproxima uma quadra festiva ou o início de férias, esta actuação há muito que perdeu a sua eficácia. Se a actuação regular da BT impusesse respeito aos condutores faltosos os condutores não precisam de ser assustados em vésperas de Natal. Os resultados vão ser os do costume, se o trânsito se distribuir por dois dias e fizer bom tempo serão bons, se houver grande intensidade de tráfego e chover ocorerrá a desgraça colectiva do costume. Tudo o resto serão os brilhantes resultados oficiais apresentados pela BT, traduzidos em multas e infracções.

OS EQUÍVOCOS PROVOCADOS POR UMA AVALIAÇÃO EXTERNA

A opinião de Virgílio Meira Soares, Presidente do conselho de avaliação da Fundação das Universidades Portuguesas , a propósito do estudo da OCDE sobre o ensino superior português:

«Sempre afirmei que foi uma iniciativa positiva, que se impunha ao fim de dez anos de trabalho, e apoiei publicamente o ministro por isso. Esperava o alarido que se fez sobre o que escreveram e disseram os peritos estrangeiros. Esperava, também, que os aspectos positivos apresentados nesse relatório fossem negligenciados por quem só gosta de apontar o que está, ou esteve, mal. Sabia que pouca gente alguma vez se daria ao trabalho de ler o relatório de auto-avaliação elaborado e que serviu de base ao trabalho dos peritos (devo ressalvar o artigo de Isabel Leiria no PÚBLICO, isento e que demonstrava estudo). Tinha consciência de que todo o trabalho crítico e autocrítico publicado pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Cnaves) havia sido ignorado pela maioria daqueles que rejubilam com o que dizem os peritos estrangeiros, sem que se dessem ao cuidado de verificar que, felizmente, o que estes disseram já havia sido dito e escrito por portugueses.» [Público assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DO DIÁLOGO

Um artigo de Ana Berta Sousa, José Manuel Pureza, Marta Parada, Miguel Marujo e Paula Abreu, que pela importância que tem para o debate da interrupção voluntária da gravidez merece ser lido na íntegra:

«A Igreja Católica insiste em dar razões para ser vista como bem mais afirmativa "nesta" defesa da vida do que nos combates por outras políticas da vida como as do emprego, do ambiente, da habitação ou da Segurança Social. Além de que, no caso do aborto, a defesa da vida deve sempre ser formulada no plural. Estão em questão as vidas de pelo menos três pessoas e não apenas a de uma

Somos católicos e assistimos, inquietos e perplexos, à reiteração de uma lógica de confronto crispado por parte de sectores da Igreja Católica - incluindo os nossos bispos - no debate suscitado pelo referendo sobre a despenalização do aborto. Frustrando as melhores expectativas criadas pelas declarações equilibradas de D. José Policarpo, a interrupção voluntária do diálogo volta a ser a linha oficial. E o radicalismo vai ao ponto de interrogar a legitimidade do Estado democrático para legislar nesta matéria. É um mau serviço que se presta à causa de uma Igreja aberta ao mundo.

A verdade é que a despenalização do aborto não opõe crentes a não crentes. Nem adeptos da vida a adeptos da morte. Não é contraditório afirmarmo-nos convictamente "pela vida" e sermos simultaneamente favoráveis à despenalização do aborto. Porque sendo um mal, não desejável por ninguém, o recurso ao aborto não pode também ser encarado como algo simplesmente leviano e fácil. As situações em que essa alternativa se coloca são sempre dilemáticas, com um confronto intensíssimo entre valores, direitos, impossibilidades e constrangimentos, vários e poderosos, especialmente para as mulheres. Ora, mesmo quando, para quem é crente, a resposta concreta a um tal dilema possa ser tida como um pecado, manda a estima pelo pluralismo que se repudie por inteiro qualquer tutela criminal sobre juízos morais particulares, por ser contrária ao que há de mais essencial numa sociedade democrática.

Por isso, não nos revemos no carácter categórico e absoluto com que alguns defendem a vida nesta questão, dela desdenhando em situações concretas de todos os dias: a pobreza extrema é tolerada como "inevitável", a pena de morte "eventualmente aceitável", o racismo e a xenofobia é discurso vertido até nos altares. A Igreja Católica insiste em dar razões para ser vista como bem mais afirmativa "nesta" defesa da vida do que nos combates por outras políticas da vida como as do emprego, do ambiente, da habitação ou da segurança social. Além de que, no caso do aborto, a defesa da vida deve sempre ser formulada no plural. Estão em questão as vidas de pelo menos três pessoas e não apenas a de uma. Por isso, quando procuramos - como recomenda um raciocínio moral coerente mas simultaneamente atento à vida concreta das pessoas - estabelecer uma hierarquia de valores e de princípios, ela nem sempre é fácil ou mesmo clara e não será, seguramente, única e universal. Nem o argumento de que a vida do feto é a mais vulnerável e indefesa das que se jogam na possibilidade de uma interrupção voluntária da gravidez pode ser invocado de forma categórica e sem quaisquer dúvidas.

É de mulheres e de homens que se trata neste debate. E também aqui, o esvaziamento do discurso de muitos católicos e sectores da Igreja relativamente aos sujeitos envolvidos nos dilemas de uma gravidez omite a recorrente posição de isolamento, fragilidade ou subalternização das mulheres, para quem o problema poderá ser absoluto e incontornável, reproduzindo a distância que sustenta a sobranceria e condescendência moral de muitos homens (mesmo que pais). A invocação do direito da mulher a decidir sobre o seu corpo é um argumento que, bramido isoladamente, corre o risco de reproduzir de uma outra forma a tradicional atitude de desresponsabilização de grande parte dos homens perante as dificuldades com que se confrontam as mulheres na maternidade e no cuidado de uma nova vida. A defesa da autonomia da mulher, da sua plena liberdade e adultez é indiscutível e será sempre tanto mais legítima e forte quanto reconhecer e atribuir ao homem os deveres e os direitos que ele tem na paternidade. Ignorá-lo é mais uma vez descarregar apenas sobre os ombros das mulheres a dramática responsabilidade de decidir sobre o que é verdadeiramente difícil. A Igreja tem, neste aspecto particular, uma responsabilidade maior. As suas preocupações fundamentais com a família exigem uma reflexão igualmente apurada sobre as responsabilidades conjuntas de mulheres e homens na concepção e cuidado da vida.

Infelizmente, pelas piores razões, o discurso oficial da Igreja está muito fragilizado para a defesa de abordagens à vida sexual e familiar que acautelem o recurso ao aborto. A moral sexual oficial da Igreja - e, em concreto, em matéria de contracepção - fecha todas as alternativas salvo a da castidade sacrificial. É um discurso que não contribui, de modo algum, para a defesa de uma intervenção prioritariamente preventiva, em que ao Estado fosse exigível um sistemático e eficaz serviço de aconselhamento e assistência no domínio do planeamento familiar e da vida sexual. Pelo contrário, o fechamento dos mais altos responsáveis da Igreja a uma discussão mais séria e aberta sobre a vivência concreta da sexualidade denuncia um persistente autismo, que ignora a sensibilidade, a experiência, o pensamento e a vida das mulheres e dos homens de hoje.

Em síntese, o recurso ao aborto é sempre, em última análise, motivo de um grave dilema moral. E é nessas circunstâncias de extrema dificuldade que achamos ter mais sentido a confiança dos cristãos na capacidade de discernimento de todos os seres humanos, em consciência, sobre os caminhos da vida em abundância querida por Deus para todos e para todas. Optar por uma reiteração de princípios universais, como o do respeito fundamental pela vida, confundindo-os com normas e regras de ordenação concreta das vidas é, além do mais, optar por uma posição paternalista, de imposição e vigilância normativas, e suspeitar de uma atitude fraternal, de confiança e solidariedade com os que, de forma autónoma, procuram discernir as opções mais justas. Partir para este debate com a certeza de que a despenalização do aborto é porta aberta para a sua banalização é abdicar de acreditar nas pessoas, em todas as pessoas, e na sua capacidade de fazer juízos morais difíceis. Não é essa abdicação que se espera de homens e mulheres de fé.» [Público assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ANO FÉRTIL E DECISÕES

Um artigo execrável de Francisco Gentil Martins:

«Oano de 2006 foi fértil em decisões (e indecisões...) por parte do Ministério da Saúde. Gostaria de referir uma, que considero particularmente greve num Ministério da Saúde. O apoio do ministro da Saúde (ou da morte?) ao assassínio de fetos até às dez semanas (eufemisticamente designado por interrupção voluntária da gravidez, para que não cause repulsa aos espíritos mais sensíveis e para quem a palavra aborto é já demasiado chocante...).» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se ao professor pelo seu inestimável contributo para o voto no sim no referendo a IGV ou do aborto, como ele preferirá que se designe.»

MILAGRE NO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

26 ão fazer o trabalho que agora é feito por 1500:

«A transição para o novo modelo vai ser gradual e vai começar pelo Ministério das Finanças “para testar todos os procedimentos necessários”. Para isto, e segundo João Figueiredo, está já constituída uma equipa de seis pessoas, “todos funcionários públicos”, e estão “em carteira mais 22 pessoas, seleccionadas a partir de um concurso na Administração Pública que serão chamadas a integrar a equipa à medida que os processos assim o requeiram, sendo que a mesma não terá mais de 26 funcionários. Até serem chamadas, estas pessoas permanecerão nos departamentos onde trabalham.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se ao Bispo de Fátima que reserve um altar para o Dr. João Figueiredo.»

EXISTE OU NÃO UM SEGUNDO CONTRATO

Entre o Sporting e João Pinto:

«O Sporting confirmou ontem ter proposto a João Vieira Pinto um aditamento ao seu contrato de quatro épocas como forma de liquidação dos direitos desportivos, a título de prémio de assinatura. Porém, o clube de Alvalade esclarece que tal aditamento acabou por ficar sem efeito, no momento em que foi informado que os direitos desportivos do jogador pertenciam à empresa Goodstone e seria esta a receber a verba e a emitir a respectiva factura.» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao João Pinto.»

PEIXEIRADA

Entre Ana Gomes e Luís Amado:

«A eurodeputada Ana Gomes rejeitou hoje as acusações de "má-fé" e "abuso" que lhe foram dirigidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, na sequência das investigações sobre os voos da CIA, e comentou que "os factos falam por si".

Luís Amado acusou hoje Ana Gomes de não estar a agir de boa-fé ao afirmar que o Governo omitiu informações sobre voos da CIA e negou qualquer contradição nos dados enviados pelo Governo à comissão que investiga o caso e uma nova lista de voos divulgada pela revista "Visão".» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se o espectáculo.»

MÃE COM DOIS ÚTEROS DÁ À LUZ TRIGÉMIOS

A probabilidade é de um em vinte e cinco milhões:

«Uma mulher britânica com dois úteros pode ter sido a primeira no mundo nessa condição a dar à luz trigêmeos.
Hannah Kersey, de 23 anos, da cidade britânica de Northam, teve as gêmeas univitelinas Ruby e Tilly, nascidas um mesmo útero, e a outra, Grace, nascida do outro.»
[BBC Link]

RAPARIGA COM 14 ANOS APANHADA A CONDUZIR A 140 KM/H

Em Espanha:

«Los Mossos d'Esquadra interceptaron el pasado fin de semana a una niña de 14 años conduciendo un vehículo a 170 kilómetros por hora por la autopista AP-2, a la altura del municipio tarraconense de Montblanc, según han informado fuentes de la policía autonómica.» [20 Minutos Link]

A SEGURANÇA AMERICANA NO SEU MELHOR

Voo da American Airlines porque foi apanhado um intruso a dormir tranquilamente no avião:

«A Delta Airlines flight from the Triangle to Cincinnati was canceled this morning after a man scaled a security fence and got onto the plane overnight.
Gregory S. Wester of Fuquay-Varina apparently boarded the Boeing 737 and calmly sat down while a cleaning crew was working on the plane about 3:30 a.m., said Mindy Hamlin, spokeswoman for Raleigh-Durham International Airport. Wester had topped a 7-foot barbed-wire fence to gain access to the tarmac at Terminal A.»
[The News & Observer Link]

UM BOM EXEMPLO

Vindo de Espanha:

«Cinco sectores empresariais espanhóis assinaram um protocolo de colaboração com a Direcção-Geral das Finanças (DGT), onde os empresários se comprometem a fornecer todas as informações necessárias para identificar quem e como se comete a evasão fiscal.A informação foi avançada pela Agência Tributária, que adiantou que acordos semelhantes foram feitos com os sectores do automóvel e das bebidas alcoólicas, bem como com a Associação Nacional para a Defesa da Marca.A agência assinou também um plano de colaboração com a Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU), no intuito de promover e fomentar o uso das facturas.» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao ministro das Finanças.»

NO 'MEMÓRIAS DO CÁRCERE' [Link]

Faz-se ao Presidente da República um pedido que faz todo o sentido, para incluir as prisões no seu 'roteiro da exclusão':

«Li algures no Público que a Amnistia Internacional vai avaliar a situação nas prisões portuguesas em 2007. Pela primeira vez, informam de seguida. Também, e “de acordo com o presidente da estrutura nacional da Amnistia Internacional (AI), António Simões Monteiro, a estrutura de defesa dos direitos humanos vai analisar as condições das prisões e a legislação que rege o sistema prisional português, entre outros aspectos.” Muito bem! Pode ser desta que Aníbal Cavaco Silva inclua no seu Roteiro as prisões do país, pois a Casa Pia já lá mora.»

AS MELHORES IMAGENS DE 2006 DA SPORTS ILUSTRED [Link]

Vale mesmo a pena ver as imagens.

FLOCK 198 [Link]

Duzentas imagens geradas por computador.

AJUDA A CRUZ VERMELHA

Seguindo este Link.

JOGO: VIKING'S STATIONERY MOVIES [Link]

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Os melhores jogos em freeware.

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