Como é costume o mundo assiste a mais uma guerra entre palestinianos e israelitas, de guerra em guerra em que aparentemente não há vencedores nem vencidos o território da Palestina atribuída aos palestinianos. Os vencidos são os do costume, os povos da região, e os vencedores também são sempre os mesmos, o estado de Israel e os fundamentalistas islâmicos.
Habitualmente não faço incursões lá por fora, deixo isso para as elites intelectuais da blogosfera. Até prometi não falar desta guerra, tomando uma posição do tipo “os brancos que se entenda”, afinal esta guerra está a correr como planeado quer por Israel, quer pelo Hamas. Mas vou faltar ao prometido para dizer que esta é uma guerra de cobardes.
São cobardes os que usam um imenso poder militar para fazer atacar aquilo que se assemelha mais a um campo de concentração do que a uma parcela de país.
São cobardes os que medem as suas vitórias militares em imagens de crianças do seu próprio povo mortas ou feridas, tudo fazendo para que as bombas israelitas atinjam civis usados como chamarizes.
São cobardes os países árabes e da Europa que vão dando uns guinchos de protesto enquanto espera que Israel faça o serviço.
São cobardes alguns grupo de esquerda europeus que estiveram caladas enquanto choveram mísseis Qassam sob Israel e esperaram pela fotografias do costume para se apossarem da luta dos palestinianos transformando-a na sua própria bandeira, transformando a solidariedade num mero exercício de oportunista.
São cobardes os fundamentalistas de todo o mundo que se armam em heróis enquanto são os palestinianos que morrem.
Esta guerra é um festim para os cobardes de todo o mundo, incluindo alguns cá da terra.