Se Portugal fosse um clube de futebol o diagnóstico seria fácil de fazer, a equipa não joga nada porque há problemas no balneário. O próprio Cavaco Silva ao apelar à unidade dos políticos e à sua unidade parece concordar. A verdade é que no balneário do clube não são poucos os estão interessados em comer relva, no centro das discussões está, como sempre o treinador.
Apesar de o treinador ter sido escolhido pela massa associativa o presidente até tem um fraquinho por ele, ainda que todo o balneário saiba que a sua preferência iria para Manuela Ferreira Leite. O problema é que a massa associativa não parece confiar muito na alternativa, lembra-se da desgraça que foi a equipa das vezes em que foi treinadora adjunta. Além disso e apesar de ter alguns jogadores que simpatizam com ela tem sido evidente que nem consegue que os seus jogadores se entendam. Quando a Manuela critica o treinador por a equipa não jogar ao ataque vem logo Menezes defender a táctica do ataque defendida por Sócrates, enquanto Passos Coelho prefere reunir para estudar qual a melhor táctica.
Os que defendem Jerónimo no balneário acham que este deveria ser promovido a treinador mesmo contra a vontade dos adeptos, passava a treinador, escolhiam-se os adeptos que seriam obrigados a encher o estádio e o problema estava resolvido. Estão convencidos que sem o Jerónimo à frente não vale a pena lutar pela equipa, até porque quanto pior jogar a equipa maior será o número de adeptos que em desespero poderão defender esta solução.
Louçã quer ser treinador porque sem ele a equipa joga mal, quer jogue à esquerda ou à direita. Defensor de uma equipa a jogar apenas pela extrema-esquerda quer re4volucionar o futebol propondo um futebol de esquerda moderna, com os actuais equipamentos, incluindo as suas cheerleaders comandadas por Ana Drago e Joana Amaral Dias, mas usando as soluções técnicas de antigamente, quando Lenine e Trotsky eram os gurus da bola.
Paulo Portas prefere que a equipa jogue pela direita mas se lhe derem um lugar de treinador adjunto até está disposto a aceitar que equipa jogue mais pelo centro ou mesmo pela esquerda.
Sócrates que chegou a treinador prometendo que o jogo passaria mais pela esquerda adoptou uma táctica de jogo que ninguém ainda percebeu bem, ora joga pela esquerda, ora aparece na direita. É conforme o adversário, se for a economia joga pela direita, se forem as eleições joga pela esquerda, é por isso que prefere jogadores que jogam com os dois pés, ainda que uma boa parte deles se entendam melhor com o pé direito.
O problema é que com tanto jogador a dizer que só acredita na equipa se esta for liderada pelo treinador da sua preferência e a baldar-se à sexta-feira ninguém acredita muito no clube, um dia destes ninguém vai ao estádio.