terça-feira, janeiro 20, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

A Brasileira do Chiado

IMAGEM DO DIA

[Jim Young / REUTERS]

«Pintor de brocha gorda. Obama, lejos del fragor, no ha dudado en aprovechar la jornada festiva de recuerdo a Martin Luther King para llevar a cabo un día de actividades solidarias; entre ellas, coger el rodillo y ayudar a pintar las paredes del Sasha Bruce House, un albergue para jóvenes sin hogar en Washington. Obama ha estado acompañado por Martin Luther King III, el hijo mayor del máximo icono de la lucha por los derechos civiles en EEUU.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

Mário Nogueira

Ainda não foi desta que Mário Nogueira conseguiu uma adesão à greve de todos os professores, ficou pelos 90% da praxe, aliás 91&, acima da fasquia psicológica dos 90. Só resta saber se esses 90% foram calculados ou se já estavam decididos antes da greve.

UMA MANIFESTAÇÃO PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Desta vez o Mário Nogueira decidiu gozar connosco, até parece que as suas propostas, como a da auto-avaliação, vão no sentido da educação de qualidade. Porque será que este senhor só se preocupou com uma educação de qualidade quando a qualidade de vista dos professores foi posta em causa?

Para que haja educação de qualidade é preciso que todos os agentes do ensino produzam qualidade e para o sabermos é necessário avaliar a sua prestação. Porque é que quando não havia restrições à progressão automática da carreira nem avaliação digna desse nome as escolas nunca produziram um ensino de qualidade?

AVES DE LISBOA

Toutinegras-de-barrete-preto (macho e fêmea) [Sylvia atricapilla]

O IMEDIATO E O FUTURO

«A crise fornece um excelente álibi para políticas eleitoralistas

Barack Obama toma posse amanhã. Finalmente. É que a recessão americana tem-se agravado com tal rapidez que o tempo urge para a combater. Disso tem Obama inteira consciência.

Por cá, o Governo acordou tarde. O Orçamento do Estado, com a sua previsão de crescimento de 0,6% para 2009, foi apresentado a 15 de Outubro - um mês depois da falência do Lehman Brothers ter lançado o pânico nos mercados. Não era então possível ignorar o que aí vinha.

Já não podendo dizer que Portugal escapará à recessão, o Governo passou a uma atitude menos irrealista. Mas porque não avança mais depressa a regularização das dívidas das entidades públicas às empresas? O Orçamento para 2008 já prometia reduzir os atrasos, mas pouco se conseguiu. Há mais de dois meses, face à crise, nova promessa. Entretanto, os hospitais-empresa pagaram o que deviam, mas falta pagar muitas outras dívidas, nomeadamente das câmaras municipais.

A actual prioridade é tomar medidas que produzam resultados tão imediatos quanto possível. Ainda que, a prazo, impliquem alguns efeitos secundários nocivos.

Qualquer médico conhece este tipo de situações. Um doente em perigo de vida tem, às vezes, que tomar medicamentos que fazem mal - mas, se não os tomar, morre.

Tal como os portugueses (mas noutro patamar de riqueza), os americanos consumiram anos acima do que produziam. Deixaram de poupar e abusaram do crédito para comprar. O défice externo americano daí resultante tem sido financiado por poupanças estrangeiras, nomea-damente chinesas.

Os Estados Unidos tornaram-se o maior devedor mundial, mas em percentagem do PIB o défice externo português é o dobro do americano. O nosso défice é financiado por empréstimos estrangeiros aos bancos nacionais, que assim puderam dar crédito às famílias e às empresas.

Mas nem a Portugal nem aos EUA convém, neste momento, que as pessoas reduzam o consumo, porque isso agravaria ainda mais a crise. Nem interessa que o crédito, demasiado abundante e barato no passado recente, se torne muito difícil e caro. Assim, os Estados têm de intervir para estimular o crédito e a procura.

E tudo indica que terão de intervir muito mais. Não só para combater a recessão, como para impedir o colapso do sistema bancário, que seria o desastre total. Só nos últimos dias surgiram notícias alarmantes quanto aos bancos americanos Citi, Merrill Lynch e Bank of America, ao alemão Deutsche Bank e ao suíço UBS. E um banco irlandês teve de ser nacionalizado.

Se, por uma vez, a crise impõe a prioridade do curto sobre o longo prazo, tal não significa que se justifiquem todas as medidas a coberto da urgência. Não pode o Governo distribuir dinheiro sem critérios claros e transparentes. Até porque o Estado não é um poço sem fundo - os contribuintes, actuais e sobretudo futuros, acabarão sempre por pagar a factura.

O governador do Banco de Portugal enunciou há dias uma série de princípios a que, na sua opinião, devem obedecer os programas de estímulo orçamental. Vítor Constâncio recomendou que as despesas do Estado se concentrem em investimentos públicos de imediata realização e rápido acabamento, para não implicarem grandes gastos futuros. E deu como bom exemplo o programa governamental de construção e manutenção de escolas. Não incluiu aí os grandes investimentos de que o Governo tanto gosta, como o TGV.

Sublinhou o governador a importância de Portugal "fornecer garantias de sustentabilidade das finanças públicas, condição importante para manter sem grande aumento de custos o acesso ao financiamento externo". É que, ao contrário do que acontecia até há pouco, os mercados financeiros começam a distinguir entre os países do euro. E a exigir spreads elevados quando emprestam a países com indisciplina nas finanças públicas - como a Grécia, a Itália, a Irlanda e também já Portugal (embora, por enquanto, em menor grau). O custo do crédito externo pode tornar-se incomportável.

Por isso é perigosa a ideia do Governo de que, tendo posto em ordem as contas do Estado (não pôs, embora tenha conseguido alguns resultados), está agora em condições de atirar dinheiro aos problemas. Repare-se que a recessão reduz automaticamente a receita fiscal e aumenta despesas, como subsídios de desemprego.

A crise fornece um excelente álibi para políticas eleitoralistas. É esse o grande risco de 2009.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Franscisco Sarsfield Cabral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SÓCRATES QUER OUTRA MAIORIA ABSOLUTA

«José Sócrates levantou ontem a bandeira da defesa "da esquerda democrática e moderada" na apresentação da sua moção ao congresso do PS. Assumindo o ciclo eleitoral que marca todo o ano de 2009, o líder do PS nota que esta moção vai ser o núcleo do projecto político com que se vai apresentar de novo aos portugueses, deixou ainda o aviso claro de que a governabilidade e a estabilidade são indispensáveis para se conseguir ultrapassar a crise em que o mundo mergulhou.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Graças à ajuda de Ferreira Leite e Portas só se fizer muitas asneiras.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelas legislativas.»

PAIS EXIGEM SERVIÇOS MÍNIMOS NA GHREVE DOS PROFESSORES

«O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais ameaçou esta sexta-feira recorrer aos tribunais para que sejam convocados serviços mínimos em futuras greves de professores, de forma a evitar que as escolas encerrem.

Albino Almeida frisou, à agêncua Lusa, não existir nenhuma razão para justificar o fecho de estabelecimentos de ensino, uma vez que o funcionamento das escolas não é apenas assegurado por docentes, mas também por funcionários e auxiliares, que não estão em greve.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Serviços mínimos é o que sucede em muitas escolas mesmo sem greve.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se parta ver.»

FALSA "ASSOCIAÇÃO DE PAIS" EXIGE INTERVENÇAÕ DE CAVACO

«A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIP) exigiu esta segunda-feira a intervenção do Presidente da República para resolver o «braço-de-ferro» entre sindicatos dos professores e Governo, considerando que os maiores prejudicados são os alunos, noticia a Lusa » [Portugal Diário]

Parecer:

Esta é a estratégia que até aqui tem sido delineada pelos sindicatos mas parece que o PCP achou que era melhor recorrer à sua falsa associação de pais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Jerónimo de Sousa se acha que o Cavaco vai nesta farsa.»

SURGE VÍRUS INFORMÁTICO COM RENÚNCIA DE OBAMA À PRESIDÊNCIA

«Un virus informático con la renuncia de Obama a la presidencia (Barack Obama has refused to be a President) acaba de ser detectado en más de 40 páginas web por la compañía antivirus Panda.

El engaño comienza cuando aparece una ventana emergente en forma de noticia y el usuario intenta acceder para leerla, es entonces cuando se descargan los archivos y el virus es liberado. » [20 Minutos]

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