FOTO JUMENTO
Mourão
IMAGEM DO DIA
[Reuters]
«A member of the White House staff walks off with a portrait of outgoing US President George W Bush» [Telegraph]
JUMENTO DO DIA
Cavaco Silva, Presidente da República
Sabe-se lá porquê Cavaco Silva disse que não tem vocação para a intriga político-partidária. Pois é, é para isso que servem os assessores, ninguém está à espera que seja o chefe da Casa Civil a fazer a mensagem de Ano Novo ficando para Cavaco o papel de ir sob anonimato dizer ao jornalista do Público que vai haver uma comunicação oficial à noite deixando umas dicas sobre o que o chefe da Casa Civil vai dizer.
Há algo de errado num Presidente da República que sente a necessidade de ser intriguista, isto depois de a líder da oposição ter feito declarações que indiciavam um conhecimento privado das intenções do Presidente e de uma famosa "fonte da Presidência" ter lançado confusão na política portuguesa ao longo de meses. Porque será que só agora a intriga deixou Cavaco Silva incomodado?
POLÍTICOS PÁRA QUEDISTAS
No léxico político português os pára-quedistas são os candidatos a deputados que concorrem por distritos que não os seus, uma solução encontrada pelos grandes partidos para colocar no parlamento os seus barões da corte lisboeta.
Mas com a entrada de Manuela Ferreira Leite para a liderança do PSD o termo poderá vir a ter novo significado, passará a designar os dirigentes políticos que precisam de usar pára-quedas para não se magoarem com os trambolhões eleitorais que dão.
EURIBOR A 2,572%
Nunca os bancos portugueses ganharam tanto dinheiro na concessão de crédito!
Não deixa de ser curioso que a banca justifique os altos spreads com o aumento do risco quando condicionam o crédito a garantias e sabendo-se que a crise é culpa da própria banca. A verdade é que vão ser os consumidores a ajudar os nossos banqueiros a recuperar o dinheiro que perderam com os seus próprios erros.
AVES DE LISBOA
Melro-preto [Turdus merula]
AS REFLEXÕES DE SAMPAIO
«Como se pode mobilizar um povo, convocá-lo para a causa comum, se a classe dirigente tem tripudiado sobre a cultura de relação de que se compõe a democracia avançada? Nada nesse sentido tem sido realizado, sequer tentado. O próprio Sampaio, quando Presidente, ao rejeitar Ferro Rodrigues, e abrir as portas a um intermezzo cómico, participou, activamente, no retrocesso histórico que fez aumentar a indiferença e o desencanto portugueses. As desproporções obscenas entre os sacrifícios impostos e as regalias generosamente distribuídas por uma casta de privilegiados não são de molde a entusiasmar a população. O discurso oficial desloca--se numa falsa euforia e passa para a depressão mais inquietante. Ninguém, de boa fé, acredita nestes "políticos", cuja representação é diariamente demolida pelas evidências dos factos. E Jorge Sampaio bem o sabe.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Por Baptista Bastos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
TUGA À CASA BRANCA
«O meu amigo Gilberto era um cão-d'água. Estávamos sempre juntos. Ele sentava-se comigo na mota e lá íamos. Gostávamos mais um do outro do que eu sei lá.
Pouco tempo depois, morreu-me nos braços. Os meus dedos sentiram o coração dele bater pela última vez. Ele só tinha 4 anos e eu já tinha 15. Fechou-se-me o coração para cães.
Nunca mais quis outro. Mas, se nunca tivesse conhecido o Gilberto, era um cão-d'água que eu queria. Posso assegurar que os conselheiros de Obama e a troika presidencial que manda nele (a mulher e as duas filhas) estão no bom caminho. E recomendo violentamente, sacudindo os ombros a quem de direito, o cão-d'água.
Tem graça que a escolha seja entre um cão português e marítimo, que acompanhou os Descobrimentos desde o início, e um cão que, sendo um cruzamento entre um Labrador e um caniche, representa a grande criação do colonialismo português: o mestiço.
Dirão que o labradiche é um mestiço designer, mas também a miscigenação fez parte dos "desígnios" do império português, com resultados muito felizes, como o Brasil. Ou o próprio Obama. Se ele escolher o cão-d'água português, é bom e moderno porque prova que já não há ressentimentos coloniais. Mas se escolher o labradiche também a contribuição portuguesa para um mundo mais Benetton é reconhecida.
E é irresistível dizer que, seja de uma forma física ou metafórica, vamos ter um português na Casa Branca.» [Público assinantes]
Parecer:
Por Miguel Esteves Cardoso.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
MANUELA FERREIRA LEITE CONTINUA EM QUEDA
«Manuela Ferreira Leite alcançou o nível mais baixo do PSD nos últimos doze meses no que se refere à intenção de voto legislativo.
A líder social-democrática, que se encontra em quedas consecutivas desde Julho de 2008, reúne actualmente a confiança de 23,3% dos eleitores. Quando, em Abril do ano passado, Luís Filipe Menezes abandonou, debaixo de fogo, a liderança laranja, o partido tinha a intenção de voto legislativo de 26% dos entrevistados. » [Correio da Manhã]
Parecer:
Por este andar vai conseguir a maior minoria absoluta de sempre do PSD.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à visada.»
ADMINISTRADOR DO BPN AJUDA O MINISTÉRIO PÚBLICO
«O antigo director de operações do BPN, homem de confiança de José de Oliveira Costa, é peça-chave no processo que o Ministério Público está a constituir contra o antigo presidente do banco. António Franco, segundo o próprio confirmou ao DN, está a colaborar com os procuradores responsáveis pela investigação em torno dos procedimentos internos que provocaram um "buraco" financeiro de 700 milhões de euros e que terá estado na origem da nacionalização do BPN. » [Diário de Notícias]
Parecer:
Coitado do Oliveira e Costa, perdeu qualidades pois ao contrário do que sucedeu quando foi secretário de Estado teve pouco cuidado na escolha dos colaboradores.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela acusação.»
ISLÂMICOS MAGOADOS COM D. JOSÉ POLICARPO
«A Comunidade Islâmica de Lisboa ficou "magoada" com as palavras do Cardeal Patriarca de Lisboa que na terça-feira à noite advertiu as jovens portuguesas para o "monte de sarilhos" de se casarem com muçulmanos.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
O cardeal falou demais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se o cardeal que nem sempre se pode dizer o que se pensa.»
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