Parece que as posições sobre o calote soberano estão definidas, governo, PS, BE e PCP têm as suas posições definidas.
Passos Coelho é o ideólogo da direita, segundo ele a dívida resulta dos excessos dos portugueses, principalmente dos pobres que queriam ter um Estado social e da classe média que queria ganhar sem trabalhar no Estado e reformar-se ainda antes de começar a trabalhar. A dívida deve ser paga como se fosse um frigorífico comprado a prestações pouco importando que os juros do empréstimo sejam superiores ao montante do salário do credor. Passos Coelho diz que quer pagar e que os gregos são gente indesejável por não querer pagar, mas na verdade Portugal paga tanto quanto paga a Grécia e a verdade é que com as políticas de Passos Coelho não só a dívida nunca será paga, como não parará de crescer.
O PS tem uma solução para a dívida, acabar com a austeridade e esperar opor uma solução europeia que já foi muita coisa desde a sua mutualização até ao que o Syriza venha a conseguir da senhora Merkel. Segundo a lógica do PS os juros devem baixar para que o Estado possa gastar mai, dessa despesa adicional resultará mais crescimento, graças a este serão cobrados mais impostos e com estes pagam-se as despesas. Isto é, a Eruopa deve encontrar uma solução para a dívida que já existe para que Portugal possa aumentar o défice e voltar a ir aos mercados para aumentar a dívida.
O PCP é pragmático, de um lado deve reestruturar-se a dívia e se necessário sair do euro, da EU e da NATO. Paga a dívida desta forma simpática o país fica sem o calote e vai poder aumentar a despesa pública, indo ao mercado financeiro buscar mais dinheiro para alimentar os défices. Só não se percebe se vai ser a Coreia do Norte ou Cuba a emprestarem o dinheiro para aumentar o défice público, solução eternamente defendida.
Para o BE que nunca defendeu a saída do euro a solução é imitar o Syriza que defendeu a saída do euro e adoptar para Portugal as soluções que o Syriza adoptar para a Grécia.
Enfim, venha o diabo e escolha.