Há dois tipo de explicações para o facto de Paulo Portas pretender participar nos debates eleitorais, as séria e as pouco sérias. O problema é que em Paulo Portas não há uma linha que divida a seriedade da falta dela, aliás, a começar na famosa linha vermelha em Paulo Portas não há linha que separe o que quer que seja.
A primeira explicação óbvia é a de que nesta exigência de Paulo Portas há uma estratégia combinada com Passos Coelho em que o líder do CDS aceita armar-se em parvo para que mês de Agosto se esgote na ausência de debate. Paulo Portas paga o preço de lhe ter sido dado um grupo parlamentar muito superior ao que alguma vez poderia ter à custa do desemprego dos candidatos a deputado do PSD.
Um dos aspectos mais perversos da coligação da direita é salvar o CDS de uma redução à sua verdadeira expressão eleitoral. Ao garantir o estatuto de Verdes da direita o CDS tem deputados que não representam os eleitores e um líder que há custa de golpes, uns mais baixos do que outros, vai evitado o enterro de alguém que há muito é um cadáver da política portuguesa e que só a bandalhice nacional permitiu a sua sobrevivência depois do muito estranho negócio dos submarinos, para não referir outras coisas do seu passado, como a passagem pela Universidade Moderna.
Paulo Porta é uma fraude da política portuguesa, um politico oportunista que tem sobrevivido graças a um cinismo e oportunismos extremos, alguém que não hesita em faltar à sua palavra desde que a possa vender a bom preço. Debater com Paulo Portas atribuindo-lhe um estatuto de líder de um grande partido ou de candidato a primeiro-ministro é gozar com o país e com os eleitores. Paulo Portas é uma fraude, um cadáver à espera de ser enterrado e com os cadáveres da política não se debatem ideias ou programas de governo, fazem-se enterros e contratam-se carpideiras para chorarem em sua memórias, isso se velhas deputadas do CDS como a Manuela Moura Guedes e outras senhoras não estiverem dispostas a fazer o serviço de boa vontade e a título gracioso.