Neste novo Portugal criado por Paulo portas, com a ajuda de manipuladores de estatística vindo do CDS (a santinha da Horta Seca, o Núncio Fiscoólico e o Lambretas), o Portugal Paf, há uma realidade indesmentível, o país caminha para o paraíso, um país sem desempregados, sem doentes, sem empresas públicas deficitárias.
Os doentes são cada vez menos, os que se dirigem ao hospitais públicos e conseguem ser atendidos estão confortavelmente deitados em macas com grades para não caírem e longe dos olhos das máquinas fotográficas dos poucos jornalistas que se dedicam à realidade que fica para além do Portugal Paf. Mas os doentes são cada vez menos, muitos desistiram de se tratar e outros receiam que lhes suceda o que sucedeu a muitos no Natal passado.
Neste Portugal Paf não há desempregados, os mais qualificados partiram, dos que ficaram muitos desistiram, alguns trabalham sem segurança e sem descontos no paralelo, os que insistem em incomodar os serviços de emprego vão para estágios, curos e outros passatempos estatísticos. O Portugal Paf caminha para o pleno emprego sem crescimento e sem investimento.
No Portugal PAF os bancos não são nacionalizados, em vez disso são “resolvidos” sem custos para os contribuintes, desaparecem no Verão para depois a sua parte boa ser vendida a preço de saldo novamente no Verão, para não incomodar os contribuintes com contas que não lhes dizem respeito.
No Portugal Paf os portugueses não são incomodados, não souberam mais das vítimas da legionela nem das causas da propagação da doença, não fazem a mais pequena ideia quantos milhões foram mandados para o tribunal a fim de dar a sensação de que o Novo Banco é bem, vendido.
É um Portugal onde tudo funciona bem excepto quando a incompetência dos funcionários públicos interfere com a competência dos governante, como sucedeu com as urgências dos hospitais, com o fisco, com o Citius ou com os vistos dourados.