quarta-feira, agosto 12, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO DE FÉRIAS NA PRAIA DO CABEÇO

Pernilongo [Himantopus himantopus] e Alfaiates [Recurvirostra avosetta]
no Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António

FOTO JUMENTO

Ria de Faro (imagem de A.C.)

JUMENTO DO DIA

Jerónimo de Sousa

Alguém perguntou ao líder do PCP se estava disponível para alianças com o PS? MSe nem sequer admitiu tal hipótese estendendo um tapete vermelho a Santana Lopes quem poderia imaginar numa tal aliança quando se sabe que há muito que o PCP prefere governos do PSD ao ponto de com estes governos haver paz social.

E quem imagina que o PS poderia fazer alianças com um partido que se revê nalguns dos maiores crimes contra a humanidade praticados durante o século XX?

É evidente que ninguém fez esta pergunta, o que Jerónimo de Sousa pretende é que alguns indecisos prefiram votar em Manuela Ferreira Leite convencidos de que o PS não governará mesmo que ganhe as eleições. Se o PS não conseguir a maioria absoluta teremos a oportunidade de saber qual a solução governativa preferida por Jerónimo de Sousa.

A MINISTRA DA SAÚDE PROMOVEU O CONTÁGIO INTENCIONAL?

A ministra da Saúde tem tido uma actuação exemplar no acompanhamento da gripe A, mas cometeu um erro grave ao dizer que os que já tiveram a gripe são uns privilegiados pois não voltariam a adoecer e até poderiam acompanhar outros familiares que venham a ter a doença. A par disso tem transmitido a mensagem dos que ficarem infectados agora terão um tratamento vip no SNS, sendo evidente que quando a pandemia atingir grandes dimensões tal estatuto desaparece.

Sem o querer transmitiu a ideia de que valia pena a ter a doença agora, eu próprio senti esse deseja secreto. Agora queixa-se de haverem pais a promover o contágio dos filhos. É evidente que entre uma criança ter a gripe antes do período escolar e enquanto os doentes são atendidos na hora e vir a tê-la durante as aulas e ter de esperar horas a fio num banco de urgência não há escolha.

AVES DE LISBOA

Verdilhão [Carduelis chloris]
Local: Cidade Universitária

FLORES DE LISBOA

No Jardim Botânico

'BYE', 'BYE' MANUELA (MENOS UM VOTO NO PSD)

«Até que Manuela Ferreira Leite apresenta as suas listas de deputados para as legislativas, onde inclui uma senhora acusada de andar a distribuir casas em Lisboa por amigas e motoristas da câmara e um senhor apanhado pela PJ ao telefone a conversar animadamente sobre malas apinhadas de notas de euro. Ora, lamento muito: eu sou eleitor em Lisboa, e por mais respeito que tenha pelo princípio da inocência não vou correr o risco de ser um voto meu a sentar o rabiosque do senhor António Preto no Parlamento.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Miguel Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MAIS QUALIDADE

«Em resposta aos que entendem que em tempos de crise basta gerir a crise, temos de agir proactivamente na construção do futuro e no combate à apatia.

Os gurus americanos da qualidade do final do século passado deixaram-nos boa base de trabalho. Não é o local nem o tempo para desenvolver os princípios por eles enunciados mas podemos retirar a essência dos seus ensinamentos nos quatro pontos do ciclo da qualidade de W. Edwards Deming e adaptá-los à nossa realidade política, nunca esquecendo que a política é feita para e com os cidadãos. Certamente, mas é imprescindível ter visão e objectivo em tudo que operamos. Se as gerações anteriores tivessem feito o mesmo por nós estaríamos hoje melhor, como acontece em todos os países desenvolvidos.Fazer, porque conceber não basta. Temos de avançar com o planeado, construindo, deixando obra.

Aos imobilistas e resistentes, aos eternos estudo--dependentes, temos de responder com a realização do planeado envolvendo-os, gerindo a mudança, informando-os, comunicando-lhes a evolução e a inovação e demonstrando-lhes a exequibilidade e a utilidade do planeado.

Verificar, através de objectivos tangíveis. Temos de determinar indicadores fiáveis com metas concretas para os monitorizar e avaliar os resultados. Há que entender o que corre bem e mal, há que acompanhar a execução, controlar os custos e apurar onde se devem afinar as mecânicas de fazer melhor e percepcionar a satisfação daqueles com quem e para quem se está a construir. Teremos melhor gestão da mudança e melhor reforma.

Agir/Corrigir para eliminar os pontos fracos, lançando o ciclo num tempo de aperfeiçoamento sem-fim, em busca da eficácia e da rentabilização do esforço para se atingir mais e melhor vida.

O objectivo da melhoria contínua é um modelo inconciliável com a estagnação pretendida pelos que se deixam ficar na expectativa de que a crise passe até descobrirem que as crises não passam per si.

O imobilismo que rasga e destrói, bem como o vanguardismo revolucionário que não vai além da demagogia e do populismo, nunca conseguirão transformar ameaças em oportunidades.

Pelo que já ouvimos, as mudanças que se anunciam resumem-se a novas rupturas, novos recomeços. Percebe-se que pretendem o pior para se justificarem das suas insuficiências sem que ao mesmo tempo nos digam ao que vêm.

Estas promessas de mudança, fazem então, parte dos problemas, e não das soluções.» [Diário Económico]

Parecer:

Por Luís Novais Tito, autor do http://simplex.blogs.sapo.pt/, um ‘blog' feito por apoiantes do Partido Socialista.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

UMA ESCOLHA DECISIVA

«O Partido Socialista, cumprindo com seriedade e sentido das responsabilidades o seu dever democrático, apresentou já, publicamente, o seu programa eleitoral. É um programa de ambição e de futuro. Mas é também um programa com prioridades muito claras: vencer a crise, modernizar o País, reduzir as desigualdades sociais.

Dirigimos o foco da nossa atenção, claramente, para as urgências do tempo presente: superar a crise que veio de fora, relançar a economia e promover o emprego. Mas apontamos, também, o caminho do futuro - de que não podemos desistir - para uma economia mais forte e competitiva: prosseguir o movimento de modernização da economia e do Estado, reforçar as qualificações, continuar a reduzir a dependência energética, valorizar as exportações. A mobilização de vontades e energias nacionais em torno de um Pacto para a Internacionalização das Pequenas e Médias Empresas e de um Pacto para o Emprego estruturam as nossas propostas de ambição renovada para a economia portuguesa. Paralelamente, propomos novas medidas concretas para prosseguir o reforço das políticas sociais e a qualificação dos serviços públicos, de modo a ir mais longe no combate à pobreza e às desigualdades, proporcionando mais oportunidades para todos.

A pouco mais de um mês das eleições legislativas, o contraste não poderia ser maior. O PS, como lhe compete, apresenta os resultados de quatro anos de reformas que, apesar de todas as dificuldades, permitiram pôr as contas públicas em ordem, retirar a segurança social da situação de alto risco, modernizar e simplificar a administração pública, generalizar o acesso às novas tecnologias de informação, levar a economia portuguesa a uma balança tecnológica positiva, colocar Portugal na dianteira nas energias renováveis, reduzir o abandono e o insucesso escolar, desenvolver o ensino profissional, melhorar os cuidados prestados pelo Serviço Nacional de Saúde e concretizar toda uma nova geração de políticas sociais, que reduziu a pobreza e as desigualdades, aumentou o salário mínimo e reforçou em muito o apoio às famílias. Mas, ao mesmo tempo que apresenta resultados, o PS mostra, uma vez mais, iniciativa e determinação, apresentando um programa de novas propostas para responder à crise internacional e preparar o futuro do País.

Enquanto isso, a única coisa que vemos do lado da Oposição é a insistência na velha lógica de coligação negativa, em que forças políticas de sinal contrário, como a direita conservadora e a esquerda radical, convergem no objectivo comum de atacar o PS e dizer mal de tudo o que se tenta fazer para melhorar o País. Quanto ao futuro, nada parecem ter para dizer aos portugueses.

E é preciso notar que se o PS apresenta um programa, a direita esconde o seu. De facto, enquanto o PS lança as ideias políticas que marcam o debate, na direita reina o vazio: não tem ideias nem alternativa para apresentar e, mais grave ainda, tenta agora esconder dos eleitores as ideias que antes apresentou e defendeu, como as que contestaram o aumento do salário mínimo ou as que poriam em causa a universalidade e tendencial gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde, bem como a própria matriz pública do nosso sistema de segurança social, que garante as pensões e as reformas dos portugueses.

Mas a direita não tem como esconder a sua verdadeira face: o regresso ao passado. Quatro anos volvidos, a direita não tem melhor para propor que as mesmas ideias e as mesmas pessoas. Mesmas ideias e mesmas pessoas que, ainda há pouco, em condições bem mais favoráveis, fracassaram totalmente na governação. Falam, por vezes, como se tudo estivesse esquecido. Não: nós sabemos o que a direita fez no Governo passado.

Nas próximas eleições legislativas, de 27 de Setembro, os portugueses serão chamados a fazer uma escolha política decisiva. E, do meu ponto de vista, essa escolha envolve três opções fundamentais, que gostaria aqui de explicitar de forma a clarificar o que, no essencial, está em jogo.

Em primeiro lugar, trata-se de escolher uma atitude na governação. Como é manifesto, a atitude que tem marcado o discurso da direita é dominada pelo pessimismo, pela amargura e pela resignação. Bem vistas as coisas, a direita só fala do futuro para dizer que tem medo do dia de amanhã. Medo: não apela ao melhor mas ao pior de nós. A sua mensagem é triste e miserabilista. Não adianta fazer nada a não ser esperar pacientemente por melhores dias.

Pois eu acho que esta atitude paralisante, herdeira de um certo espírito do salazarismo, faz mal ao País e não nos deixa andar para a frente. Pelo contrário, acho que o primeiro dever de quem governa é ter uma visão do futuro do País e a determinação de impulsionar as reformas modernizadoras que são necessárias para servir o interesse geral. Este é o seu dever: mobilizar as energias da sociedade e puxar pela confiança. Confiança, nunca desistir da confiança.

E atenção: esta não é uma questão menor. Naturalmente, a superação dos desafios há-de resultar, sobretudo, do dinamismo da sociedade e da iniciativa dos seus agentes económicos. Mas num momento como este, de dificuldades e tarefas tão exigentes, a atitude de quem governa pode ajudar a fazer a diferença entre o fracasso e o sucesso.

É por isso que digo aos portugueses que há aqui uma opção importante a fazer. E digo mais: a atitude de pessimismo, de resignação e de paralisia que marca o discurso da direita não serve os interesses do País. O que os tempos exigem é uma outra atitude na governação: uma atitude de confiança, de determinação e de iniciativa para vencer as dificuldades do presente, prosseguir o movimento de modernização e preparar o futuro País.

Em segundo lugar, há uma escolha política a fazer sobre o investimento público. A questão é esta: num contexto de crise económica global e de consequente quebra das exportações, de falta de confiança e adiamento de projectos por parte dos investidores privados, de dificuldades no acesso ao crédito, de menor procura pelos consumidores, que factor pode contribuir para relançar a economia, salvar muitas empresas e promover o emprego? Desde a célebre Grande Depressão, que se seguiu à crise de 1929, todos os economistas que resistem à cegueira ideológica sabem a resposta: o investimento público. Por isso, a generalidade dos países europeus e das economias desenvolvidas, incluindo os Estados Unidos da América de Obama, decidiram enfrentar a crise lançando programas de reforço do investimento público. Foi o que fizemos aqui também, com investimentos selectivos e destinados a impulsionar a modernização do País, de num modo geral antecipando apenas o calendário de projectos já anteriormente decididos e privilegiando os investimentos de mais rápida execução: modernização das escolas, equipamentos sociais e de saúde, energia, redes de nova geração.

A nossa direita, pelo contrário, ao arrepio do que se vê pelo Mundo fora, permanece apegada aos seus preconceitos ideológicos e acha que o Estado não deve fazer tanto para ajudar a economia a vencer a crise e para salvaguardar o emprego. A sua proposta é, por isso, simples e recorrente: cortar no investimento público. Mas esta é também uma proposta errada. É preciso dizê-lo de forma clara: cortar no investimento público modernizador, como propõe a direita, seria um grave erro estratégico, que prejudicaria seriamente o relançamento da economia, atiraria muito mais empresas para a falência e bloquearia a recuperação do emprego.

E mais: Portugal não pode estar constantemente a regressar à estaca zero na discussão dos seus projectos de investimento. Não pode estar cinquenta anos para decidir uma barragem, quarenta anos para decidir um aeroporto e vinte anos para decidir se fica dentro ou fora da rede europeia de alta velocidade, que está já hoje a revolucionar a mobilidade por toda a Europa e na nossa vizinha Espanha. Houve um tempo para decidir, este é o tempo de fazer. A proposta do PS é, por isso, continuar a apostar no investimento público como instrumento fundamental de combate à crise mas também de modernização do País.

Em terceiro lugar, há uma escolha crucial a fazer sobre o futuro das políticas sociais - e também aí as opções são claras, separando nitidamente a direita e o PS. A direita insiste no recuo do Estado Social, para a condição de Estado mínimo ou, como dizem agora, Estado "imprescindível". Nada que não tenhamos já visto antes: lembramo-nos bem de que estes mesmos protagonistas foram responsáveis por um forte desinvestimento nas políticas sociais quando estavam no Governo. Mas, tendo em conta as propostas apresentadas pela direita ao longo desta legislatura, a ambição que agora se desenha é outra: privatização parcial da segurança social, fim da tendencial gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde e pagamento dos próprios serviços de saúde pelas classes médias, privatização de serviços públicos fora das áreas de soberania. A proposta do PS, por seu turno, é bem diferente: reforço das políticas sociais, qualificação e modernização dos serviços públicos, investimento no combate à pobreza e na redução das desigualdades. E os portugueses sabem que esta proposta do PS dá seguimento aquela que foi a sua prática no Governo: criámos o complemento solidário que já beneficia mais de 200 mil idosos, criámos a rede de cuidados continuados, reforçámos o investimento nos equipamentos sociais, criámos o abono pré-natal, aumentámos o abono de família, alargámos a acção social escolar, aumentámos o salário mínimo.

Para a próxima legislatura, propomo-nos reforçar ainda mais as políticas sociais, de modo a enfrentar os novos desafios do Estado Social.

Primeiro, o apoio à natalidade, à infância e à família: somaremos às medidas em curso a nova Conta Poupança Futuro, em que o Estado deposita 200 Euros, por ocasião do nascimento de qualquer criança, e concede benefícios fiscais para incentivar a poupança, sendo que o saldo poderá depois ser utilizado pelo jovem para financiar os seus estudos ou projectos profissionais.

Segundo, o combate à pobreza e às desigualdades: criaremos um novo mecanismo de ajuda ao rendimento das famílias trabalhadoras com filhos a cargo e das pessoas com deficiência, em termos semelhantes ao Complemento Solidário para Idosos, de forma a garantir um rendimento acima do limiar da pobreza.

Terceiro, o apoio à qualificação e inserção profissional dos jovens: apoiaremos a escolaridade até ao 12º ano através da nova bolsa de estudos para estudantes do ensino secundário e criaremos novos programas INOV, incluindo o INOV-Social, bem como um programa especial de cinco mil estágios na administração pública. Quarto, a qualificação do Serviço Nacional de Saúde: anteciparemos para 2013 as metas de expansão da rede de cuidados continuados para idosos e dependentes previstas para 2016 e alargaremos a todo o território nacional a experiência de sucesso das Unidades de Saúde Familiar, de modo a prosseguir o objectivo de garantir a todos os portugueses o acesso a médico de família.

Eis apenas algumas propostas concretas do nosso programa de reforço das políticas sociais, que é fundamental para fazer face a necessidades reais do País. É este caminho, de reforço do Estado Social, que devemos seguir. E é este caminho que também se decide nas próximas eleições legislativas. Porventura é mesmo essa a questão decisiva destas eleições: rasgar as políticas sociais, ou reforço do Estado social. Uma vez mais: ou o PS ou a direita.

E que não haja ilusões: para Portugal, a alternativa real é entre o PS ser chamado de novo a formar Governo ou regressar a um Governo de direita. Por isso, os que querem um PS fraco e vencido, digam o que disserem, preferem de facto a direita no poder. Mas nesta escolha decisiva que está diante dos portugueses, o PS está, creio, do lado certo, que é também o lado da acção e do futuro: propõe uma atitude de iniciativa, preconiza o investimento público para a modernização do País e defende o Estado Social para reduzir as desigualdades e promover oportunidades para todos.

Neste momento de crise mundial, os Portugueses precisam de um Governo competente, com um rumo claro, uma agenda conhecida e condições de coerência e estabilidade.

Os portugueses sabem que sempre puderam contar com o PS nos momentos difíceis. Nós não somos daquela esquerda que se limita a protestar, dispensando-se da maçada de contribuir para a solução de qualquer problema. Estamos bem conscientes de que a nossa responsabilidade é realizar as políticas públicas necessárias para responder aos problemas e às necessidades das pessoas. E é isso que queremos continuar a fazer, com toda a energia e com toda a determinação, com base num novo compromisso. Com confiança nos portugueses e com confiança no futuro. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Por José Sócrates.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CONSOLAÇÕEZITAS

«A vitória do Benfica sobre o Milão desperta a velha bactéria da esperança que só precisa de um apito para repropagar-se. Só os benfiquistas sabem esta verdade: em tempos de miséria, a alegria só se encontra procurando-se.

Andava eu deprimido com o Mundial de 2012 e com os estádios recém-construídos que agora vão ser ampliados e eis que acrescentei "ito" ao "Mundial" que pus a guguelar. Só me apareceram rosas. Rosas do Algarve. A primeira veio de Portimão. Sabia que Portugalito foi anteontem consagrado o campeão do Mundialito do futebol de praia, derrotando o Brasil? Sendo o Brasil um país para quem a conjunção de futebol e de areia não é propriamente surrealista? O Brasil já ganhou 10 vezes (antigamente) e Portugal 3 (em 2003, 2008 e 2009). Deixámos que os EUA ganhassem uma vez (em 1998). Mas a Espanha? Tem praia mas nunca ganhou. A Itália? Tem praia mas nunca ganhou. A Argentina? Também nunca. A França? Também não.

Tal como o vinho de Colares, tenho para mim que o melhor futebol é o de chão de areia. É o Ramisco da bola. O de chão rijo tem menos graça.

Mas há outro Mundialito no Algarve - o do futebol infantil, em Vila Real. Em 2009 o campeão mundial foi o Benfica, na categoria dos mais jovens (nascidos em 2001 e 2002) e dos mais velhos (em 1997 e 1998). O único outro campeão foi o Sevilha que ganhou na categoria intermédia, sem qualquer interesse (em 1999 e 2000).

Acrescentar "ito" ao nome das desgraças é um remédiozito bem português. » [Público assinantes]

Parecer:

Por Miguel Esteves Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

JOVENS MENTEM PARA OBTEREM SUBSÍDIOS DO PORTA 65

«O programa de arrendamento jovem do Governo, o Porta 65, renovou o subsídio a 3356 candidaturas, cerca de 77% do total de jovens que já gozavam deste apoio do Estado. Segundo os dados do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), mais de oitocentas candidaturas foram rejeitadas. Mentir nos rendimentos é a prática mais comum.» [Correio da Manhã]

Parecer:

É de pequenino que se torce o pepino...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Retirem-se os subsídios aos mentirosos.»

ALGUÉM CONVIDOU JERÓNIMO DE SOUSA PARA UMA COLIGAÇÃO?

«O líder comunista falava na Reitoria da Universidade de Lisboa, durante a apresentação do Programa Eleitoral do PCP para as eleições legislativas de 27 de Setembro, com o lema "Soluções para uma vida melhor".

Questionado mais que uma vez pelos jornalistas sobre se admitiria uma coligação com o PS, Jerónimo de Sousa começou por considerar que a hipótese é "um exercício interessante, mas meramente académico", recorrendo ao programa eleitoral do PS para ilustrar as razões da recusa de um eventual acordo. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Este Jerónimo de Sousa é ridículo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a competente gargalhada.»

O DUARTE PIO FICOU CONTENTE

«"Restaurar a legitimidade monárquica" é o objectivo assumido pelo blogue 31 da Armada, que hasteou na madrugada de ontem uma bandeira azul e branca na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, precisamente no mesmo local onde, há quase 99 anos, foi proclamada a instauração da República. Subindo - por uma escada de três metros - à varanda, os bloggers hastearam a bandeira monárquica e levaram consigo a bandeira do município, facto que levou a Câmara de Lisboa a referir, em comunicado, ter avançado já com "a apresentação da respectiva queixa" às entidades competentes» [Diário de Notícias]

Parecer:

Sentiu-se rei durante um par de horas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se mais uma gargalhada.»

FERREIRA LEITE DEFENDE ANTÓNIO PRETO

«A líder do PSD afirmou hoje que "não foi a única pessoa" a incluir António Preto nas listas de candidatos a deputados e defendeu que se o excluísse estaria a "antecipar-se" em relação à Justiça.Interrogada pelos jornalistas no final de um encontro com representantes das comunidades portuguesas sobre o facto de ter incluído nas listas alguém que está envolvido em processos judiciais, Manuela Ferreira Leite respondeu que António Preto é "alguém que é deputado" e que já é deputado "há mais de uma legislatura". » [Jornal de Negócios]

Parecer:

Compreende-se, António Preto é uma invenção política de Manuela Ferreira Leite.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo julgamento.»

AGRISS

WWF