domingo, agosto 16, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Coruche

JUMENTO DO DIA

Aguiar Branco

Confesso que nunca dei nada por este vice-presidente do PSD de Manuela Ferreira Leite, desde que foi ministro da Justiça de Pedro Santana Lopes deixei de ver o que poderia abonar a favor dele. Ainda assim , Aguiar Branco tinha vindo a construir uma imagem de low profile, o que em Portugal significa ser alguém pouco brilhante que consegue chegar à alta roda, com Manuela Ferreira Leite isso foi fácil, a líder do PSD tem uma paixão por gente intelectualmente fraca, ao rodear-se de gente fraquita sente-se como se calçasse saltos altos.

Mas sinceramente não esperava que Aguiar Branco desse início às hostilidades políticas recorrendo ao jogo sujo. Todavia, vejo nisso um sinal positivo, a escolha de António Preto para candidato a deputado destruiu a imagem de Ferreira Leite e o nervosismo instalou-se na liderança do PSD.

AVES DE LISBOA

Cisne no Parqu Eduardo VII

FLORES DE LISBOA

No Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian

COMIGO NA LISTA, NÃO MUDO

«Maria José Nogueira Pinto ainda não o disse mas presume-se que nas legislativas de 27 de Setembro irá votar no PSD, em Lisboa: ela própria faz parte da lista, onde ocupa o quarto lugar. Mas já disse que, dias depois, nas autárquicas de 11 de Outubro, irá votar no candidato do PS. Já Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém (eleito pelo PSD), disse que talvez vote no PS nas legislativas. Para, 15 dias depois, votar na lista do PSD que volta a recandidatá-lo para a Câmara de Santarém... O voto de ambos, ora no PS, ora no PSD, mudando tanto e em prazo tão curto de duas semanas, pode surpreender. Mas entre esses ziguezagueares há uma constância que me tranquiliza. Sim, Maria José Nogueira Pinto muda o seu voto em Outubro para o partido que combate aquele que a vai eleger em Setembro. Sim, Moita Flores começa logo em Setembro por apoiar o partido que é adversário daquele que o vai apoiar em Outubro. Mas, repito, há um momento em que qualquer dos dois vota de forma previsível. Uma, em Setembro, o outro, em Outubro, Maria José e Moita Flores votarão neles próprios. No dia em que um político até nisso variar, começarei a preocupar-me. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Ferreira Fernandes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MONARQUIA E REPÚBLICA

«Alguns bloggers do "31 da Armada" resolveram hastear a bandeira da Monarquia na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, de onde em 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República. Anteontem, dois deles - Henrique Burnay e Nuno Miguel Guedes, que por acaso conheço de O Independente - entregaram a bandeira de Lisboa (que na altura tinham removido) à PSP. Nada a objectar. Portugal precisa de imaginação. O pior é quando se levam a sério, como certa gente levou, esta espécie de "provocações". Porque, evidentemente, a ideia do "31 da Armada" não faz sentido, excepto como protesto cómico contra o actual regime, que se parece cada vez mais com o regime impotente e corrupto do "rotativismo" e do patético D. Manuel II.

O "31 da Armada" não pensou com certeza que a bandeira azul e branca, que pendurou na câmara, não representava a Monarquia. Representava a Monarquia da Carta e, com ela, o défice do Estado, a dívida externa (proporcionalmente a maior da Europa) e dois partidos sem legitimidade ou função (o Regenerador e o Progressista), que Portugal inteiro desprezava. Como o "31 da Armada" com certeza também não sabe que repetiu uma cerimónia por excelência revolucionária e republicana. Da Câmara de Paris (do Hôtel de Ville) é que desde 1789 se anunciaram à França (e ao mundo) os "triunfos", que se destinavam a inaugurar uma sociedade perfeita e a salvar o Homem com maiúscula. O radicalismo português copiou isto (era, de resto, todo ele uma cópia) e a farsa do "31 da Armada" copiou a farsa do radicalismo.

De qualquer maneira, para meu espanto, houve quem gravemente se perguntasse se o "5 de Outubro" não passava afinal de uma insurreição lisboeta e mesmo, ressuscitando uma velha e absurda tese, se a República não devia ser plebiscitada. O que não anuncia coisa boa para as comemorações do centenário, que se aproxima. A República de hoje não é a República Democrática (e terrorista) de Afonso Costa, interrompida durante meio século pela ditadura de Salazar e Marcelo Caetano. Confundir uma com a outra (como desconfio que vai acontecer) ou glorificar a primeira em putativo benefício da segunda só mostra ignorância (ou má-fé) e a falta do mais preliminar sentido histórico. Quanto à Monarquia, embora isso custe ao "31 da Armada" e ao meu amigo MEC, não dispensa um rei e um rei plausível (incluindo D. Manuel) é exactamente o que ela nunca teve. Ou tem» [Público assinantes]

Parecer:

Por Vasco Pulido Valente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O IDIOTA DO DIA

«Segundo dados do INE, a economia portuguesa recuperou 0,3 por cento no segundo trimestre do ano, em relação aos três meses anteriores, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 3,7 por cento em termos homólogos.

Os dados divulgados quinta-feira pela estimativa rápida do indicam que no primeiro trimestre do ano a economia inverteu a tendência de queda de três trimestres consecutivos, acompanhando assim a recuperação das duas maiores economias da Zona Euro, a Alemanha e a França.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Só mesmo o Alberto poderia considerar eleitoralistas os dados do INE.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

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