Ainda não está definida a equipa com que Manuela Ferreira Leite se vai apresentar aos militantes do PSD mas começa a ser mais ou menos claro que se arrisca a ficar conhecida pela “Turma dos Desertores”.
Desde logo Manuela Ferreira Leite que foi ministra das Finanças do desertor Durão Barroso, mais tarde desertou quando se realizaram as directas do PSD e só começou a levantar a voz muito recentemente, quando foi designado o novo presidente da Caixa Geral de Depósitos. Aliás, até os seus admiradores mais íntimos como, por exemplo, António Preto foram os primeiros a desertar para o lado de Santana Lopes quando este substituiu Barroso, deixando a sua mentora isolada a gritar contra o golpe de estado no PSD. Um golpe de estado que ela deixou consolidar-se quando não foi a votos e mal apareceu ao lado de Marques Mendes.
Como não podia deixar de ser vai ter ao lado os barrositas, os campeões da deserção no PSD, já que quando o antigo líder foi para Bruxelas cada um desertou para o seu lado, os que não desertaram, talvez por falta de melhor emprego, foram saneados por Pedro Santana Lopes.
António Borges é um desertor de fino recorte que se esforça por dar ares de estrela (cadente), de vez em quando aparece no firmamento político português, mas antes de dar a segunda entrevista já arranjou colocação melhor paga. Só não tem desertado da autarquia de Alter do Chão.
Espero bem que Manuela Ferreira Leite entregue a chave da sede da Buenos Aires ao cuidado de uma vizinha, corre um sério risco de no dia seguinte às legislativas não haver ninguém para abrir a porta. Enquanto lhes cheirar a palha darão tudo pelo PSD, mas na hora difícil vão deixar a Manuela Ferreira Leite sozinha a fazer o discurso.