Os políticos portugueses dão-se mal com a Web2 e não só ainda não entenderam o seu peso na formação e dinamismo da opinião pública como têm grande dificuldade e relutância em assumir o risco de apostar num espaço de liberdade que está longe da semi-clandestinidade com que inicialmente foi abordada. São raras as excepções de políticos que assumem o risco, um dos poucos políticos a apostar na Web2 foi Paulo Rangel.
A abordagem que Pacheco Pereira tem feito dos blogues diz bem como os políticos se dão mal com a possibilidade de qualquer cidadão se expressar para uma audiência maior do que a mesa de um café, enquanto a blogosfera esteve que reservada a políticos e jornalistas foi uma maravilha, quando se multiplicaram os blogues de cidadãos anónimos começámos a ouvir cobras e lagartos, multiplicaram-se as tentativas para criar códigos e regras de conduta.
Os nossos políticos são grandes defensores da liberdade de expressão na condição de lhes ser reservada a comunicação para as grandes massas, para o cidadão comum a liberdade de expressão deve limitar-se à mesa do café. Não admira que políticos como António Costa assuma publicamente o seu desprezo ou ódio aos blogues.
Para um político é fácil gerir as suas relações com uma dúzia de jornais, as relações entre eles e os jornalistas são verdadeiros negócios, dão-se informações e em troca beneficia-se da ausência de crítica. Com os blogues isso é impossível e numa classe política com muitos telhados de vidro o risco de um blogue denunciar o que um jornal abafou é muito grande.
Alguns políticos têm ensaiado algumas tentativas de participar na Web2 mas os resultados têm sido fracos, são poucos os blogues do género que são visitados e o que sucedeu com o blogue de Luís Filipe Menezes, onde foram colocados textos plagiados, revela bem a dificuldade dos nossos políticos dizerem algo que ultrapasse o banal. Outro exemplo é a página de Sócrates, aparentemente é uma tentativa de participar na Web2 mas não passa de uma página publicitária, esquece que os cidadãos têm opiniões e não são apenas espectadores e admiradores.
A Web2 portuguesa tem uma importância bem maior do que a que resulta da sua dimensão, é aí que encontramos as novas ideias, onde projectos políticos são estimulados ou destruídos, é, sem dúvida, um dos sectores mais dinâmicos da opinião pública. São cada vez mais os portugueses que para formarem a opinião se envolvem nos debates promovidos por blogues, ou outros meios da Web2.
A abordagem que Pacheco Pereira tem feito dos blogues diz bem como os políticos se dão mal com a possibilidade de qualquer cidadão se expressar para uma audiência maior do que a mesa de um café, enquanto a blogosfera esteve que reservada a políticos e jornalistas foi uma maravilha, quando se multiplicaram os blogues de cidadãos anónimos começámos a ouvir cobras e lagartos, multiplicaram-se as tentativas para criar códigos e regras de conduta.
Os nossos políticos são grandes defensores da liberdade de expressão na condição de lhes ser reservada a comunicação para as grandes massas, para o cidadão comum a liberdade de expressão deve limitar-se à mesa do café. Não admira que políticos como António Costa assuma publicamente o seu desprezo ou ódio aos blogues.
Para um político é fácil gerir as suas relações com uma dúzia de jornais, as relações entre eles e os jornalistas são verdadeiros negócios, dão-se informações e em troca beneficia-se da ausência de crítica. Com os blogues isso é impossível e numa classe política com muitos telhados de vidro o risco de um blogue denunciar o que um jornal abafou é muito grande.
Alguns políticos têm ensaiado algumas tentativas de participar na Web2 mas os resultados têm sido fracos, são poucos os blogues do género que são visitados e o que sucedeu com o blogue de Luís Filipe Menezes, onde foram colocados textos plagiados, revela bem a dificuldade dos nossos políticos dizerem algo que ultrapasse o banal. Outro exemplo é a página de Sócrates, aparentemente é uma tentativa de participar na Web2 mas não passa de uma página publicitária, esquece que os cidadãos têm opiniões e não são apenas espectadores e admiradores.
A Web2 portuguesa tem uma importância bem maior do que a que resulta da sua dimensão, é aí que encontramos as novas ideias, onde projectos políticos são estimulados ou destruídos, é, sem dúvida, um dos sectores mais dinâmicos da opinião pública. São cada vez mais os portugueses que para formarem a opinião se envolvem nos debates promovidos por blogues, ou outros meios da Web2.
Só que os nossos políticos estão convencidos de que ganham eleições, com golpes de bastidor, outdoors apelativos e a amabilidade da comunicação social. Além disso fogem do cidadão com opinião como o diabo foge da cruz, para os nossos políticos o cidadãos é um estúpido a quem está reservado o papel de ouvir e de votar. Mesmo sabendo que as eleições também se ganha e se perdem na Web2 os políticos têm medo de apostar neste domínio, ainda estão no tempo dos comícios e das arruadas onde ao cidadão comum cabe o papel de bater palmas e agitar bandeiras.
Os políticos não participam de forma consistente na Web2 por três razões: porque acham que os cidadãos são estúpidos, porque acham que os cidadãos devem continuar estúpidos e, acima de tudo, porque têm medo dos cidadãos.