Esta foi uma semana de festa, nem Pacheco Pereira resistiu à tentação de escrever um artigo provocatório no Público, Manuela Ferreira Leite já se imagina a tomar banho com os netos na piscina de São Bento, Louçã sente-se o verdadeiro líder do proletariado depois de ultrapassar Jerónimo de Sousa, Mário Nogueira já se imagina a fazer o discurso de abertura da Festa do Avante, Portas prepara-se para conduzir novas batalhas navais ao largo da Figueira da Foz. Mas também há os que ficaram calados, neste capítulo o mais ruidoso foi Manuel Alegre, viu confirmada a sua estratégia de enfraquecer o seu partido transferindo votos para o BE, só que exagerou da dose, o seu poder pessoal vem da maioria do PS, com este partido fora do poder o poeta será um zero à esquerda na política, nem Louçã o convidar para uma bica.
Com tantos ganhadores foi difícil saber quem mais ganhou, se o PSD que ganhou uma vitória com os escassos votos que as sondagens há muito lhe dão ou se Paulo Portas que as sondagens mandava para um potencial aliado do MEP. Talvez, nem uns nem outros, o grande ganhador foi Cavaco Silva, viu o PS enfraquecido e a sua pré-campanha tem agora poucos obstáculos. A esquerda conservadora está eufórica, às desgraças resultantes da crise juntou um crescimento eleitoral, mas tem agora que enfrentar a realidade pois a sua estratégia apenas pode ter como resultado colocar a direita no poder.
O PSD está feliz mas faz contas à vida pois os que rejeitaram o seu projecto no passado e votaram em Sócrates recusaram-se a votar no PSD de Manuela Ferreira Leite, o efeito Rangel não os iludiu o que significa que quando tiverem pela frente a líder do partido em vez de se absterem poderão voltar a votar Sócrates. A alegria do PSD poderá não resistir até à próximas sondagens sérias.
No meio de tanta gente alegre encontramos um homem triste, sem razões para se sentir feliz, é Dias Loureiro, o país ficou a saber que o velho amigo de Cavaco Silva se arrisca a ter que solicitar a concessão do rendimento mínimo. Sem recursos, fora do Conselho de Estado e sem dinheiro Dias Loureiro arrisca-se ainda a ter que recorrer a apoio judicial se for constituído arguido no processo BPN.
Entretanto, Cavaco Silva prosseguiu na sua campanha eleitoral (parece que confundiu as próximas presidenciais com a primeira volta daquelas em que foi eleito) e aproveitou o facto de as comemorações do dia nacional ocorrerem em Santarém para homenagear aquele que em tempos condenou à miséria económica, pena para quem ousou correr riscos para entregar o poder ao povo, o mesmo povo que acabou por usar a democracia para eleger o jovem economista que fugia da política nos tempos da ditadura.
Com tantos ganhadores foi difícil saber quem mais ganhou, se o PSD que ganhou uma vitória com os escassos votos que as sondagens há muito lhe dão ou se Paulo Portas que as sondagens mandava para um potencial aliado do MEP. Talvez, nem uns nem outros, o grande ganhador foi Cavaco Silva, viu o PS enfraquecido e a sua pré-campanha tem agora poucos obstáculos. A esquerda conservadora está eufórica, às desgraças resultantes da crise juntou um crescimento eleitoral, mas tem agora que enfrentar a realidade pois a sua estratégia apenas pode ter como resultado colocar a direita no poder.
O PSD está feliz mas faz contas à vida pois os que rejeitaram o seu projecto no passado e votaram em Sócrates recusaram-se a votar no PSD de Manuela Ferreira Leite, o efeito Rangel não os iludiu o que significa que quando tiverem pela frente a líder do partido em vez de se absterem poderão voltar a votar Sócrates. A alegria do PSD poderá não resistir até à próximas sondagens sérias.
No meio de tanta gente alegre encontramos um homem triste, sem razões para se sentir feliz, é Dias Loureiro, o país ficou a saber que o velho amigo de Cavaco Silva se arrisca a ter que solicitar a concessão do rendimento mínimo. Sem recursos, fora do Conselho de Estado e sem dinheiro Dias Loureiro arrisca-se ainda a ter que recorrer a apoio judicial se for constituído arguido no processo BPN.
Entretanto, Cavaco Silva prosseguiu na sua campanha eleitoral (parece que confundiu as próximas presidenciais com a primeira volta daquelas em que foi eleito) e aproveitou o facto de as comemorações do dia nacional ocorrerem em Santarém para homenagear aquele que em tempos condenou à miséria económica, pena para quem ousou correr riscos para entregar o poder ao povo, o mesmo povo que acabou por usar a democracia para eleger o jovem economista que fugia da política nos tempos da ditadura.