FOTO JUMENTO
Pavilhão Carlos Lopres, Lisboa
JUMENTO DO DIA
Manuela Ferreira Leite
Evidenciando ter uma visão provinciana e ruralista do papel do primeiro-ministro Manuela Ferreira Leite critica Sócrates por se envolver na campanha eleitoral, na sua opinião o primeiro-ministro deveria estar a trabalhar em vez de participar numa campanha em que não é candidato.
Não é a primeira vez que Manuela Ferreira Leite mostra ter uma visão retrógrada da vida partidária, quando Sócrates encerrou o congresso do PS fez críticas idênticas porque o primeiro-ministro não estava em Bruxelas. Na opinião de Manuela Ferreira Leite o PS deveria estar em auto-gestão enquanto Sócrates fosse primeiro-ministro, o partido do poder deveria ser reduzido a uma ANP.
Só resta fazer uma pergunta a Manuela Ferreira Leite: tendo em conta o seu envolvimento na campanha para as europeias é candidata a deputada europeia?
NONHOS ARTIFICIAIS NOS JARDINS DA GULBENKIAN
Ainda que colocados em pequeno número e tardiamente são um sinal de que os responsáveis dos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian apostam no aumento da variedade e quantidade de aves naqueles jardins. Um dos mais completos e bem cuidados espaços verdes da cidade só tem a ganhar se concebido de forma global.
A instalação de ninhos e a colocação de poças que servem de bebedouros é um passo positivo, a par da redução do número de gatos vadios que se alimentavam da caça de aves. Esperemos que os responsáveis se preocupem igualmente com o desaparecimento de numerosos juvenis de patos-reais e alguns de galinha-de-água, sinal de que ainda poderão existir alguns predadores oportunistas nos jardins.
Esperemos que a Câmara Municipal de Lisboa siga o exemplo e os seus responsáveis percebam, que os espaços verdes da cidade devem promover a biodiversidade e a educação ambiental, não se limitando a zonas decorativas e espaços para concertos.
MIGUEL PORTAS, A COCA-COLA E A PEPSI-COLA
Miguel Portas decidiu comparar o PSD ao CDS recorrendo às marcas americanas, disse ele que "o PSD e o PS são como a Coca-Cola e a Pepsi-Cola, mais açúcar, menos açúcar e pimba". Bem, não percebi muito bem o que pretendeu dizer com o pimba mas a comparação lembrou-me logo a comparação entre os Miguel Portas e o irmão Paulo Portas, também diria que o Miguel e o Portas são como a Coca-Cola e a Pepsi-Cola, mais extrema-esquerda, mais extrema -direita e pimba. O Miguel que se interrogue agora com o que eu pretendo dizer com o pimba.
FERREIRA LEITE RECEIA ESTAR SOB ESCUTA
Está a fazer grandes progressos, há pouco tempo queixava-se de ninguém lhe dar ouvidos agora já receia que alguém tenha paciência para a escutar.
LEMBRAM-SE DO JOAQUIM COIMBRA
A fama do alto dirigente do PSD não veio apenas do facto de ter dado emprego a Marques Mendes numa das suas empresas, ou das referências que lhe foram feitas porOliveira e Costa, ou ainda do facto de se um dos donos do SOL, um jornal que se destacou no caso Freeport. Joaquim Coimbra já tinha sido notícia nos jornais quando Menezes denunciou um membro da comissão política do PSD que se demitiu quando propôs uma auditoria à supervisão da banca.
Vale a pena recordar uma notícia do Público de 21 de Dezembro de 2008:
«Joaquim Coimbra foi o elemento da Comissão Política do PSD que entrou em rota de colisão com Luís Filipe Menezes e pediu a demissão, quando o ex-líder social-democrata propôs uma comissão de inquérito à supervisão financeira da banca.
O anúncio é feito num comunicado do gabinete de imprensa de Luís Filipe Menezes, após a polémica gerada pelas suas declarações à RTPN feitas anteontem. Nessas declarações, o antigo líder do PSD revelou que vários membros da Comissão Política se demitiram na sequência da sua proposta “porque eram accionistas de referência do BPN e tinham medo que a supervisão bancária fosse tocar nos interesses, por ventura, de instituições financeiras que não estavam a funcionar de acordo com os padrões de transparência do Estado de Direito”.
Menezes recordou também que, nessa altura, foi alvo de “criticas ameaçadoras”, algumas das quais de “alguns ex-ministros que não queriam que avançasse a fiscalização à supervisão bancária”. Isso aconteceu quando “ainda não se falava no BPN, mas apenas do BCP e do papel do Banco de Portugal” no sector.
No comunicado divulgado hoje, Menezes reafirma que “foram públicas e notórias as críticas permanentes, duras, variadas e concertadas, muitas ilegítimas, de dezenas de agentes políticos social-democratas à anterior liderança”. Devido a esta questão, um dos elementos da sua Comissão Política Nacional apresentou a demissão, sabendo-se agora que foi Joaquim Coimbra.
A demissão “ficou congelada”, depois do demissionário ter sido “esclarecido sobre o verdadeiro enquadramento” da questão. Segundo Menezes, a demissão acabou, no entanto, por fazer com que Joaquim Coimbra “nunca mais tivesse participado em qualquer tipo de reunião ou iniciativa partidária”. O antigo líder do PSD esclarece ainda que, apesar desta demissão, "nada fez com que deixasse de considerar Joaquim Coimbra uma pessoa bem-intencionada e séria".
Relativamente às pressões que afirmou ter sofrido na altura, Menezes revelou que elas "atingiram as raias do imoral e insuportável", mas não partiram de nenhum membro da Comissão Política Nacional, do presidente do Congresso, da direcção do Grupo Parlamentar ou do secretário-geral, "que foram impecáveis no apoio e solidariedade com a decisão tomada".
"Todavia, as pressões e ameaças repetiram-se em várias circunstâncias, com particular ênfase quando esta temática (supervisão financeira) foi debatida e suscitou a iniciativa parlamentar conhecida", acrescenta a sua nota.
Segundo Menezes, entre essas ameaças e pressões de que foi alvo encontra-se a de "convocação imediata de Conselhos Nacionais ou Congressos, visando a destituição da direcção, a promoção de campanhas negras encomendadas a agências de comunicação visando a destruição da imagem pessoal e familiar do líder".
No comunicado enviado à Lusa, Menezes revela ainda que pretende abordar este assunto de forma "mais aprofundada", anunciando a publicação, em breve, de um livro onde "serão explicitadas as variadas vicissitudes de um consulado de oito meses de uma liderança reformadora, defensora intransigente da democracia participada e da transparência.»
Pois, é indigno relacionar altas personalidades do PSD com o caso BPN, é não é?
AVES DE LISBOA
Gaio [Garrulus glandarius]
Local: jardim da Fundação Calouste Gulbenkian
FLORES
Flor silvestre na Cidade Universitária
CAVACO TEM PREJUÍZO COM UMA CONTA NO BPN
«O Presidente da República, Cavaco Silva , e a sua filha Patrícia ainda têm conta no Banco Português de Negócios (BPN) e estão, segundo disse ontem ao CM uma fonte próxima da família, a ter "elevados prejuízos".» [Correio da Manhã]
Parecer:
No dia a seguir aos lucros terem sido notícia alguém amigo da família vem dizer que Cavaco tem prejuízo com uma conta no BPN. É uma pena.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se uma subscrição nacional para ajudar o Presidente e a filha.»
JOSÉ ALBERTO CARVALHO ACUSA A SENHORA MONIZ DE FAZER PÉSSIMO JORNALISMO
«José Alberto Carvallho, director de Informação da RTP, contactado pelo DN, reagiu à entrevista de Manuela Moura Guedes ao jornal i, em que a pivô do Jornal Nacional 6.ª Feira acusa Judite de Sousa e o próprio José Alberto Carvalho de terem sido impedidos pelo primeiro-ministro José Sóctares de dizerem a palavra "corrupto" durante a entrevista, feita a 22 de Abril.
"Eu não sei como, ou se, essa senhora negoceia as suas entrevistas, mas ela é que tem de explicar como chegou a essa conclusão. O que eu sei é que nunca na minha vida fui alvo de um comunicado como o da ERC ao meu trabalho. E o que eu sei também é que ela foi condenada de forma muito violenta pelo conselho deontológico", afirmou ao DN José Alberto Carvalho que acrescentou: "Eu não sou da mesma geração dela, nem me revejo na mesma profissão que ela exerce. Moura Guedes é um exemplo de péssimo jornalismo, se é que se pode chamar jornalismo ao que ela faz."» [Diário de Notícias]
Parecer:
Já é um elogio dizer que o que a dona Moniz faz é jornalismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à família Moniz.»
MAILLE